TORTURA

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Hadassa

Fui do sonho ao pesadelo e só quero entender a razão de tanta falta de sorte na minha vida.
Tudo isso depois que aquele alien cruzou meu caminho; minha vida tem sido só ladeira abaixo e ao que parece, a ladeira é sem fim.
Não precisa ser expert para saber que a merda toda deu errada e aquele canalha gostoso não conseguiu me salvar.
Porque aqui estou eu, despertando num lugar estranho e mais que isso; alguém decidiu fuder com a minha vida de vez.

Sim, porque acordei com algo gelado sendo passado em meu corpo.
E com o que me deparo?!
Sim, estou totalmente pelada e tem três elfas me limpando com panos úmidos por toda parte.
Minha primeira reação foi pular pra longe delas e catar o primeiro objeto pesado que chegou ao meu alcance.
A essa altura do campeonato, eu não queria mais saber se era homem ou mulher, se chegasse perto de mim com segundas intenções, não me receberia passiva.
Esse inferno já deu o que tinha que dar.

— É inútil lutar, fêmea! — uma delas fala na minha língua. — Quanto mais você resistir, mas ele vai ter interesse em te domar.

— E eu lá sou bicho pra ser domada?!

Nesse momento crucial, um guarda desavisado entra no quarto, provavelmente atraído pelo barulho que eu estava fazendo; sem prévio aviso, acerto o grandalhão na nuca e ele cai mole no chão.
Para meu azar, o problema aqui não são esses machos.
Uma das mulheres me agarra por trás e segura meus braços com tanta força, que meus ossos doem.

— Você ficou louca?! Me solta sua vaca!

— Se continuar com isso, vou mandá-la quebrada para o rei.

A vadia diz e me empurra no chão.
Maldição! Bati meu ombro e a dor me fez arfar.
Nisso, vejo uma das outras pôr o elfo no ombro como se tivesse levantado uma criança e o levar para fora. Quando ela ela retorna, há um brilho estranho em seu olhar.
Droga!
Essas desgraçadas são irmãs do Hulk?!

— O rei quer uma noite especial com essa fêmea! — Ela me olha de cima abaixo e lambe os lábios — Você é mesmo deliciosa!

Puta merda!
Sou erguida pela brutamontes que me derrubou e seu sorriso malicioso me deixa de cabelo em pé.

— Eu avisei para ficar quieta! — Ela diz e encara a terceira elfa com uma roupa nas mãos — Traga o traje especial!

O que diabos será isso?!
Ela vai e volta na velocidade da luz e só me resta choramingar ao ver o que ela trouxe.
Uma calcinha em renda preta que não cobre porra nenhuma, mesmo parecendo um shortinho.
Uma micro saia rodada e transparente, que certamente não me permitiria inclinar sem mostrar tudo.
E uma longa faixa preta tipo cetim e uma delicada corrente.

— Não vou vestir isso nem morta!

— Você não tem escolha!

Duas delas me seguram e quando tento espernear, levo uma bofetada tão forte que até meu cérebro gira na cabeça.
Merda! Se eu continuar me comportando assim, essas maníacas vão acabar comigo.
Não vejo outra saída, senão aceitar que vistam os trapos em mim.
Só agora entendi para que a corrente serve.
Há dois grampos em suas pontas e estes são presos em meus mamilos.
Quase gritei quando aquilo me apertou.

Inferno!
Depois a faixa é enrolada, cobrindo o que dá dos meus peitos e dá uma volta em minha cintura e é presa com um nó em forma de laço nas minhas costas.
Meu cabelo é preso num rabo de cavalo e elas passam coisas no meu rosto; imagino que maquiagem.
Pra finalizar, uma essência perfumada e um salto alto.
Porra! Nem prostituta se veste assim.
Elas que não me dêem oportunidade ou mato essas vacas sem piedade.

— Espero que o rei me deixe brincar com você depois! — a elfa que arrastou o alien pra fora me diz, dando uma palmada em minha bunda. — Se prepara, a mão do rei é mais pesada que a minha.

Sem Deixar Vestígios: Contos AlienígenasWhere stories live. Discover now