Corte de Amor e Caos - Azriel

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Atenção! Esse capítulo contem gatilho (estupro e agressão)

Nada passava pela minha cabeça, nada além de ódio. Me transportaram até o outro lado do país, o castelo do Rei Kludd era extremamente escuro, tinha um ar pesado e todos os criados tinham uma expressão de cansaço.
Todos os outros que trouxeram foram para o lado oposto do meu. Entramos em um quarto, sem nada, apenas uma cadeira e uma janela com grades bem no alto do quarto.
_ Vou desfazer o feitiço e quero que você não reaja, não vai adiantar nada. Já está sob as nossas ordens, entendeu? _ Disse o general.
A redoma em que eu estava se desfez e ele agarrou meu braço me colocando sentada na cadeira, meu cajado ficou na mão dele. Ele me olhava de uma maneira estranha, desceu os olhos do meu rosto até minhas pernas nuas e parou nos meus pés.
Estava vestindo apenas uma camisola branca.
_ Você é bonita._ fiquei sem reação, não era um elogio normal, a maneira que ele falou meu deixou assustada.
_ Eu me chamo Jutt, sou general principal dos soldados do Rei Kludd. Como você se chama? _ ele continuou.
Eu não me dei ao trabalho de responder, pretendo sair daqui o mais rápido possível.
Quando ele percebeu que eu não falaria nada, se enfureceu. A mão dele fez um estalo tão forte no meu rosto que até ele se surpreendeu. Isso só me deixou mais puta.
_ Perguntei seu nome vadia!
_ Eglantiny._ respondi rápido
_ Ótimo! Não precisa ser só modo difícil se você colaborar. Quantos anos tem?
_ Estou completando 15 hoje.
_ É nova, mas parece que já sabe muita coisa. Sua mamãe te ensinou a lutar?_ não respondi, mas dessa vez ele não me bateu.
_ Aqui você serve ao Rei, será muito valiosa para gente na guerra.
_ Não vou mover um dedo para ajudar vocês nem ninguém nesta guerra! _ respondi e ele me bateu de novo eu caí da cadeira dessa vez.
_ Eu não falei que se você colaborar não vai ter que passar por isso?
Não esperei mais nenhum segundo para derrubar ele no chão com as pernas, peguei meu cajado das mãos dele e citei um feitiço de ataque. Corri até a porta e sai correndo, me defendendo dos outros soldados, o general já estava correndo atrás de mim enfurecido. Esse lugar tem muita gente e todos estavam dispostos a me capturar. Feitiço atrás de feitiço, eu os derrubei, quero sair daqui antes que fique pior. A voz da minha mãe ecoa na minha cabeça, ouço ela dizendo que eu não posso deixar que ninguém me faça fazer algo que não quero, não dou a mínima para essa guerra sem sentido que só nos atrasa e matam inocentes como a minha mãe. Ela era tão querida, eu a admirava tanto que jamais deixaria os causadores de sua morte me controlar. Lágrimas molham o meu rosto enquanto eu fujo, mais soldados em minha direção, eu já estou cansada e nem achei a saída ainda. No meio de mais um grupo deles, uma senhora caminhava junto, corro na direção dela, a mesma levanta a mão e cita um feitiço que eu desconheço completamente. Sou arremessada contra a parede e minhas costas ardem, não demoro para levantar e apontar o cajado contra eles, mas antes que eu faça qualquer coisa ela me paralisa, não consigo me mexer ou falar.
_ Menina tola._ela diz_ Tão jovem e tão teimosa, saiba que você é lenta e burra, a puta de sua mãe não lhe ensinou direito, mas não a culpo, talvez se ela não estivesse morta teria tempo de te corrigir.
O general aparece e pede desculpa para a velha a sua frente.
_ Não se preocupe general, eu sei lidar com crianças mimadas. Ponha essa menina de castigo por um tempo antes do treinamento, ela precisa aprender a obedecer.
Ele pegou o cajado e meu corpo começou a flutuar no ar, nós descemos e descemos sem parar, até o calabouço do castelo.
O feitiço se desfez quando ele me colocou numa cela, sem dizer nada, trancou as grades e saiu.
Eu sinceramente não sabia o que ia fazer a partir de agora, encostei no canto da cela e chorei, chorei alto e sem me importar de alguém ouviria, queria minha mãe, queria Lasky, queria minha casa e meu cajado, foi a única coisa que me sobrou dela, ela saberia o que fazer, já teria dado um jeito de me tirar daqui de qualquer maneira.
O jeito que aquela velha feiticeira falou dela me deixou com ódio.
Fiquei na cela, no canto, pensado no que fazer, no que minha mãe faria. Contei quantos soldados diferentes eu via, parei a conta no 44 quando senti que estava com fome, duvidava que eles me dariam algo para comer por causa da minha insolência.
Não sabia se era noite ou dia mas estava completamente esgotada, eu não devia ter dormido, não devia, queria não ter baixado a guarda. Estava tudo em silêncio quando eu ouvi o barulho da cela sendo aberta e um soldado de cabelos cumpridos entrou, eu levei um susto e corri para o outro canto da cela, era tão pequena que não adiantou nada, ele me pegou com facilidade e eu não consegui usar meus poderes, aquele lugar devia ter algum feitiço daquela velha que não permitia magia nos calabouços. Não consegui soltar um ruído quando ele me tocou, bruto e firme, estava tão assustada. Ele levantou minha camisola enquanto abria a calça, estava escuro, não consegui ver seu rosto, eu me tremia tanto que qualquer empurram não era nada para ele. Foi ali que ele tirou toda a minha inocência, eu chorava de dor e medo, parecia que não tinha fim, desmaie antes que ele terminasse. Acordei e ainda estava tudo escuro, não tinha mais ninguém na cela,mas eu ainda estava na mesma posição com a camisola acima da barriga, juntei o resto da minha força para por de volta no lugar, um pouco de sangue estava entre minhas pernas, os outros em volta pareciam saber, como se tivessem sentindo o cheiro. Me obriguei a ficar acordada até o amanhecer, me encolhi novamente, ouvi o barulho da cela novamente e outro homem estava em minha frente, dessa vez eu não só corri para os outros cantos como bati nele com toda força que me restava, ele ficou muito bravo com a minha atitude e com uma faca que eu não consegui ver quando ele pegou, esfaqueou minha barriga, gritei, mas só deixei ele mais bravo, e ninguém viria me socorrer. Aconteceu outras vezes com homens diferentes durante a noite, sangrando e muito fraca eu só me tornei um alvo fácil.