Capítulo 2

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-Vocês acham que eu sou idiota? – Olhei para eles com descaso.

-Você aceitou a oferta quando a fizemos. – O homem grande e caolho cruzou os braços.

-Eu aceitei a proposta, mas vocês se recusam a pagar, querem o que? Que eu dê a pedra de presentinho para vocês?

-Já disse que quando minhas mãos tocarem a pedra eu pagarei o que falta. – Ele esticou a mão.

-Você enlouqueceu? Eu quase morri tentando pegar essa droga de joia e vocês não pagaram nem a garantia que eu havia imposto. –Coloquei a joia próxima ao rosto do homem.

-Não sabíamos se você ia voltar viva. – O homem que estava encostado na parede, que não tinha dito nada até agora, tomou a vez.

-É por isso que eu pedi que pagassem antes, se eu estivesse morta, pelo menos teria morrido com a grana. – Gesticulei como se aquilo fosse óbvio.

-Vai entregar a droga da joia ou não? – O grandalhão se aproximou.

-Pode voltar aí, meu amigo, essa joia vale mais que a vida de todos aqui, não vou entregar ela por essa merreca que você está dando.

-Você garantiu que traria ela. – Um homem pequeno que estava atrás dos outros foi para frente do grupo.

-E eu trouxe, vocês acham que eu vou mesmo dar essa pedra em troca de 2 milhões? Ela vale no mínimo 8 milhões, vocês estão entedendo? 8 MILHÕES.

-Não esqueça que a gente tem que repartir entre a gente, garota. – O caolho colocou o braço na frente do baixinho, o mandando recuar.

-Vocês vendem essa merda facilmente por 10, e eu ainda vou ganhar essa mixaria? Nada feito. – Coloquei a joia no casaco e cruzei os braços.

-Pega a joia dela logo, chefe. – Um homem com cabelos longos colocou a mão sobre o ombro do caolho.

-Se eu fosse você, não faria isso. –Rodopiei uma adaga na mão.

-Quanto você quer? 3? 4? – O chefe perguntou, sem paciência.

-Não quero nada, por que vou ficar com ela. – Apontei a adaga na direção dele. – Nada feito. – Dei as costas e fui para a saída.

-Você não vai sair daqui sem nos estregar a joia. – O cabeludo proferiu.

Me virei em sua direção.

-Vai fazer o que? Me matar?

-Homens. – O grandão ordenou. – Peguem a joia dela. Se você se comportar. – Ele se direcionou a mim. –Deixo você com seus 2 Milhões.

Eu ri como se ele tivesse contado uma piada muito boa.

-Venham, rapazes, vamos dançar. – Me posicionei na defensiva.

O primeiro a se aproximar tentou me dar um soco que foi facilmente counterado com um chute bem no rosto, o cabeludo se jogou com a intenção de esfaquear as minhas costas, mas dei uma rasteira que o fez cair, derrubando o homem que estava próximo dele.

O baixinho retirou uma pistola da cintura, e antes que pudesse atirar, eu lancei uma adaga que perfurou seu pescoço. Nesse curto instante, um homem de cabelos brancos, que não era tão velho, se lançou nas minhas costas, ele me derrubou no chão, e antes de me dar um soco, eu joguei meu corpo para frente dando uma chave de braço nele. Com um soco ele apagou.

Rapidamente, dois homens vinham do fundo do barracão, subi nas caixas improvisadas e do alto dei um chute no ar, que causou o efeito dominó, derrubando um logo atrás do outro.

O caolho levantou a mão para o alto.

-Parem! – Ele olhou para o baixinho que estava morto e retornou o olhar para mim com desdém. – Deixem ela ir.

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