Capítulo 11

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De dentro do carrinho, Prhia retirou uma arma.

–Essa, meus queridos, são submetralhadoras, armas de disparos automáticos de curto alcance. – Com a arma em mãos, Prhia exibia-se. – Teremos várias delas espalhadas no mapa, está é apenas uma.

O guarda pegou a arma e a colocou novamente no carrinho.

–Temos os rifles, armas multifuncionais que podem servir tiros em longa ou curta distância. – A mulher se posicionou como se fosse atirar, e com um sorriso esperto, voltou a guardar a arma.

Me curvei para o lado na tentativa de ver a Hannah. Seu rosto tinha uma expressão de pânico, ela estava tremendo.

Aidan, um pouco atrás, prestava atenção em Prhia.

–Minha parte favorita. – Prhia não esperou o guarda tirar uma arma do carrinho e a apanhou por si mesma. – Os snipers. – Ela admirou a arma por um momento. – Se eu fosse vocês, não ficaria de passeio pela ilha, vocês não sabem a potência disso. – Ela levantou a arma acima da cabeça.

O rei olhava de soslaio para a plateia, procurando.

–Com essa arma, vocês poderão matar o coleguinha com 4 tiros em 2 segundos. – Ela começou a rir, como se tivesse contado a melhor piada do ano.

-Prhia! – O rei exclamou. – Continue!

A mulher fez um bico e suspirou.

–Vou deixar vocês descobrirem melhor quando pegarem uma nas mãos. – Ela passou a mão pelo vestido, desorientada.

A plateia não ousava dizer nada.

O guarda retirou outra arma do carrinho, quando o rei avistou, ele se arrumou no trono, foi sua vez de sorrir.

-Vejo que o rei se animou com a nossa queridinha. – Prhia passou a mão sobre a arma, como se ela fosse um bebê. –Lhes apresento a Tempestade, o nosso mais brilhante teste!

A arma branca exibia um núcleo azul brilhante.

–Conheçam Tempestade, uma arma de raios.

O salão enlouqueceu, soldados começaram a conversar, as pessoas tinham esquecido o medo, e agora, estavam fascinadas.

–Deixem-me terminar! Ou eu serei obrigada a usá-la?

–Mostre! Quero vê-la! – O homem ao meu lado voltou a cuspir.

–Seus bobinhos. – Ela riu com doçura. – Um disparo seria o suficiente para matar todos nessa sala.

Quando todos continuaram calados, ela prosseguiu.

–A potência dessa arma é extrema! Aqueles que não morrerem perderiam a audição. O melhor... – Ela movimentou a arma. – É que um raio dessa arma poderia alcançar dimensões gigantescas.

–Quantas estão disponíveis Prhia? – O rei parecia animado.

–Temos apenas 6 dessas ao total, 5 estarão espalhadas pela ilha.

–Como encontraremos as armas?

Prhia esboçou um sorriso animado.

–As armas estarão espalhadas por toda ilha, dentro das casas, abaixo das árvores, em campo aberto... Acontece que cada arma terá um número de cópias pelo mapa, essa, terá apenas 5.

–Onde está a de gelo! Eu ainda não a vi. – O rei estava quase de pé.

O Guarda tirou outra arma do carrinho, parecida com a Tempestade.

–Lhes apresento Nevasca, nosso segundo maior teste. Seu uso é um pouco diferente, você selecionara um oponente próximo a você, e o congelará.

Hannah estremeceu, senti um calafrio percorrer meu corpo.

–O que farão com o oponente congelado será da escolha de vocês, poderão simplesmente mata-lo, ou deixa-lo morrer congelado.

Algumas pessoas riram, e até a própria Prhia esboçou um sorriso.

–Dentre todas as habilidades, haverá uma chamada 'descongelamento' se um dos participantes forem congelados e conterem essa habilidade, o drone descongelará o participante na hora, porém, se não tiver esta habilidade, nada poderá ser feito.

Eu era uma entre cerca de 300 pessoas, qual a chance de eu receber está habilidade?

-Assim como a Tempestade, haverá apenas 5 destas armas no mapa.

Ela guardou a arma e retirou outra.

-Alguns dizem que essa é a arma mais forte de todas! – Uma arma extremamente grande foi tirada do carrinho. – Eu particularmente concordo. – A mulher riu. – Queridos, conheçam a Destruidora, nossa querida lança granadas, diferente da Tempestade, um disparo dela não só mataria todos como também destruiria o local todo.

É claro que a partir do momento em que ela disse 'mais forte' todos se sentiram determinados a encontrá-la.

-Terá apenas uma desta na ilha.

A 'plateia' se olhou, quem seria o sortudo? Seria possível matar alguém que estivesse com essa arma?

O rei comentou.

–Se tivéssemos mais desta, o jogo duraria alguns dias apenas, nossa intenção é que o jogo dure bastante.

Alguns caíram na realidade, que logo estaríamos todos no matando, pelo oque na verdade? Eu queria ser perdoada?

–Outra parte importante, vocês serão levados por aeronaves, quando chegarem na ilha iram saltar com nossos novos experimentos, os aparelhos voadores. – Outro guarda trouxe a Prhia um tipo de 'tabua' colorida, que subiu em cima e começou a levitar.

Não preciso dizer que todos piraram.

A mulher colocou os braços para trás do corpo, demonstrado que era boa, e nos deixando a sensação que era fácil.

–Sintam-se sortudos, quantas pessoas lá fora gostariam de presenciar este jogo? – Ela abaixou os braços para a cintura. – Vocês serão os primeiros a testarem!

–Quem garante que isso não vai parar de funcionar? – Uma mulher gritou.

–Primeiro! – Ela levantou um dedo. – Vocês usaram o aparelho apenas para determinar onde querem cair, para amortecer a queda usaram paraquedas. – Ela levantou outro dedo. – Segundo, essa é mesmo sua maior preocupação? – Suas sobrancelhas se franziram, debochadas.

–Vá se foder! – A mulher gritou e começou a se levantar. Os guardas se posicionaram armados, prontos para atirar.

–Não atirem. – O rei se levantou. – Já perdemos muitos jogadores. Deixem que morram no jogo.

A multidão se calou, o peso da realidade caindo sobre todos.

Dei uma última olhada para os rostos presentes no local, pessoas que morreriam violentamente, rostos que eu veria pela última vez.

Se eu fosse outra pessoa, poderia sentir pena por isso, mas seria eu a última a sobreviver e matar aquelas pessoas ferozmente.

AutodestruiçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora