Cap 5

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Xiao entregou a chave do seu
carro para o manobrista e consertou
mais uma vez a gravata com as mãos. Conseguir entrar naquele
evento foi mais fácil do que pensara.
Catherine possuía um convite e
pareceu contente em cedê-lo para
seu filho mais velho, o que Xiao
estranhou a princípio; a mãe não
costumava perder um evento que
fosse quando ele ainda morava com
ela. Mas isso já fazia um termpo.

Adentrou o salão da mansão em que a festa estava sendo realizada
e chamou a atenção das mulheres
próximas à porta. Xiao já
estava acostumado com aquele
fato rotineiro e ignorou as figuras
femininas. Vislumbrando o evento
com todas as pompas, e ilustrado com
as mais altas figuras da sociedade, o
Xiao constatou, com uma ponta
de tristeza, que, de algum modo, ainda se encaixava ali.

Lembrou-se nostalgicamente do dia
em que fora admitido no FBI. Mesmo
estampando quase uma careta de dor, Catherine o parabenizou e disse que apesar do emprego de classe média, a figura de bem nascido do filho sempre se sobreporia em Xiao.
Foi o comentário mais infeliz da noite, mas ele quase entedia o lado da mãe. Ela não era do tipo de mulher que menosprezava as pessoas com menor poder aquisitivo, tanto que se casara com Matthew. O que Catherine
não compreendia era por que o filho
decidiu desempenhar um trabalho
daquele tipo quando tinha condições
muito superiores. Seu lugar não era
correndo atrás de bandidos com uma
arma na mão.

Ou talvez, e apenas talvez, ela
encarasse o trabalho do filho como
uma forma nova de martírio para
lembrá-la constantemente do marido.

Os olhos treinados do agente
passaram a avaliar rapidamente
todas os homes do local, sabendo
exatamente quemn desejava encontrar. E no momento em que seus olhos pousaram na figura masculina procurada, Xiao pôde pensar apenas em uma palavra: lindo.

Seu mafioso encontrava-se de costas, o que não representou um problema, já que Xiao jamais o confundiria.
Os cabelos negros. O terno moldava-se ao corpo bem esculpido dele, e ele pôde admirar mais uma vez aquelas curvas. Os olhos do Xiao praticamente o fuzilavam pelas costas, e ele percebeu que que Yibo começava a sentir-se incomnodado. Admirou os sentidos de perseguição do homem enquanto ele virava a cabeça levemente para trás, escrutinando o salão com seus olhos gélidos.

Ele não entendia como aquele homem conseguia mexer desse modo com seus sentidos. Mas tal fato não importaria quando ele estivesse atrás das grades e ele famoso em seu departamento.

Deixou que um pequeno sorriso
habitasse seus lábios e resolveu seguir os passos dele até uma porta para a imensa sacada que adornava um dos lados do salão, pegando uma taça com uma bebida qualquer durante o percurso. Encostou-se ao vão da porta e observou Yibo, que se
encontrava concentrado falando ao
celular, não notando a sua presença.

- Nunca duvidei, por que começaria
agora? - Xiao assustou-se com
a voz do Yibo. Ele falava quase
em tom de respeito. - Mesmo assim,
eu quero que me di... - Ele fora
nitidamente cortado pela voz no outro lado da linha. As sobrancelhas de Xiao juntaram-se enquanto ele observava a figura masculina. Quem, possivelmente, teria aquele poder sobre ele? - É claro que eu já estou aqui! - exclamou. Seu tom era raivoso, mas não extravasava o que ele realmente sentia. Os dedos angulosos do Yibo foram até o cabelo preto e ele o jogou para trás. Xiao engoliu em seco. Aquele movimento era sexy demais, vendo Yibo coça o pescoço de maneira irritada, Xiao pareceu querer toca aquela pele. É ele tinha a necessidade de sentir aquela textura em suas mãos.

Uma parte dentro de si dizia que aquilo era errado, e que ele deveria manter as suas mãos longe do criminoso. Mas decidiu que não valeria a pena ficar calculando os prós e contras. O que ele queria no momento era apenas satisfazer
aquela necessidade. Aproximou-se de Yibo com passos cuidadosos, para não chamar a sua atenção.

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