Cap 39

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Boa leitura ❤️

Fred retirou os sapatos, jogando-os em qualquer canto da sala do seu apartamento. Massageou a palma dos pés doloridos e jogou-se no sofá, respirando profundamente.

Mesmo que ele não fosse diretamente ligado a Ronald Curry. Um agente do FBI morto, mexia de certa forma com todos os agente, quase como se fosse pessoal, afinal, poderia ter acontecido com qualquer um.

Fred sentiu um calafrio e passou as mãos pelos braços, espantando a sensação. Pegou o controle remoto que controlava o aquecedor, aumentando-o.

Xiao também foi vítima de um atentado. Um atentado diferente e não convencional, na opinião do agente Lewis. Por que tinham o mantido em cativeiro por tanto tempo sem fazer perguntas, ou qualquer outra coisa? Por que eles tinham se dado ao trabalho de libertá-lo com vida e, sobretudo, quem eram "eles"?

Desde pequeno Fred era importunado pela curiosidade. Entretanto, no caso de Xiao, ele se obrigaria a deixar aquilo de lado. Por enquanto. Sorriu ao pensar no homem, e no beijo que trocaram. Tudo o que Fred mais queria agora era retomar o relacionamento que ele e o Xiao possuíram anos atrás.

E era o que faria.

Esticou-se no sofá, espreguiçando. A morte de Ronald Curry serviria para alguma coisa. Era de mau tom falar dessa maneira, mas, a morte de um agente deixaria as missões mais lentas, em modo de espera durante os próximos dias. Tempo de sobra para se dedicar a algumas questões pessoais. 

Fred não conteve o sorriso que escapou por seus lábios. Amanhã ele faria uma visitinha ao apartamento de Xiao.

________

Yibo pulou da cama assim que ouviu o barulho que denunciava que o box havia sido fechado e o chuveiro, ligado. Não foi tão difícil convencer o federal de que eles deveriam tomar banhos separados. Ele simplesmente argumentou que gostaria de sair daquele apartamento o mais rápido possível. Que não se sentia confortável
estando exposto quando ainda não tinha um plano de ataque para a máfia russa. O Agente cedeu quase instantaneamente, concordando. Exatamente como Yibo pensou que ele reagiria. Mas ele não fora de todo honesto.

O mafioso atravessou o corredor para encontrar o objeto que necessitava no chão da sala. A lâmina afiada, jogada de qualquer maneira sobre o carpete, reluziu diante dos seus olhos, e Yibo se apressou para pegá-la. Em seguida voltou silenciosamente para o quarto, entrando no closet e trancando a porta. 

Suspirou pesadamente. Yibo possuía a consciência de que tinha feito o federal acreditar que não haveriam mais segredos e, o fato de que estava prestes a esconder mais uma coisa dele, fazia com que um estranho aperto despontasse na boca de seu estômago. Entretanto, Yibo precisava lidar com Diogo.

As prioridades estavam muito claras em sua cabeça agora e resolver aquele assunto ocupava o topo da lista. O que ele faria não era nada demais, no final das contas, nada que o federal não aprovaria, ao menos. Não era como se ele estivesse tomando uma decisão como a da última vez.

A única coisa que Wang Yibo  faria era deixar claro para Diogo quem ditava as regras.   Determinado, o mafioso abriu a última porta do seu armário, deparando-se com os casacos de frio dependurados. Tateou, à procura do dispositivo que revelava o fundo falso, afastando as roupas dali, achou e o destravou, o fundo de seu armário se transformou em uma porta corrediça. Deparou-se com seis caixas divididas em duas pilhas. Fechou os olhos, concentrando-se, tentando compilar todos os arquivos e se lembrar da ordem deles. Por final, Yibo puxou a primeira caixa da segunda pilha, certo de que o conteúdo que precisava estaria dentro dela.

Utilizando a faca que trouxera, o mafioso retirou o lacre da caixa, abrindo-a em seguida. Suas mãos ágeis foram de encontro às pastas pardas, passando uma por uma rapidamente, até que encontrou o arquivo de que precisava, a etiqueta assomando-se diante de seus olhos.

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