love at first bite | vhope

ornery, scandalous and evil

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Oieeeeeeeeee

Eu, pessoalmente, achei esse capítulo bem bom! Acho que vocês vão gostar, ou odiar, os dois são bem possíveis kkkkk

Avisos de conteúdo: Violência e sangue (bastante), descrição de relacionamento abusivo.

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Esfumei mais a sombra em meu olho e embaixo dele, me apoiando com uma mão só na pia em frente ao espelho, percebendo a cor escura se espalhar em minha pálpebra deixando meus olhos mais chamativos, felinos, hipnotizantes.

A cor de chocolate de minhas íris havia sido substituída por um tom mel, quase cristalino, e que, se eu quisesse o bastante, facilmente se tornava vermelho. Um tom que, somado à maquiagem escura ao seu redor, me deixava muito mais atraente - mas não era como se eu precisasse de maquiagem pra isso.

Meus cabelos platinados e retocados estavam em um mullet que eu havia deixado crescer, minhas ondas loiras hidratadas naturalmente - não importa o quanto eu constantemente continuasse o descolorindo, meu cabelo não estragava - emolduravam meu rosto e minha pele impecavelmente limpa, sem sinal de nenhum poro aberto.

Apliquei um gloss transparente, deixando os de cores para lá, já que meus lábios estavam naturalmente vermelhos sem que eu precisasse fazer nada. Perfumes? Também havia deixado de lado, o cheiro doce que eu já tinha havia se tornado ainda mais intenso e eu sentia, eu o sentia exalando de mim como um poder, um feitiço, trazendo qualquer um para perto - o quão perto eu quisesse.

Passei as mãos pelas minhas mechas uma última vez e estalei os lábios à frente do espelho, me achando lindo. Me achando invencível. Porque eu era.

Me afastei para ver meu reflexo e checar minha roupa. Calça apertada de vinil preto e brilhoso, um body preto de gola alta aberto dos dos dois lados da minha cintura exibindo minha pele pálida, apertadíssimo em meu corpo, mangas frouxas que terminavam em tiras de tecido perto de minhas mãos, com unhas pintadas em preto. Uma bota com cano alto e um pequeno salto.

O banheiro vazio em que eu estava era maior do que a minha própria casa – bem, minha antiga casa. As paredes eram em mármore preto, lustres enormes iluminando uma grande área com as cabines. Os espelhos mais pareciam paredes de tão grandes e aquele era o tipo de lugar no qual eu nunca imaginei que estaria.

Mas bem, eu havia mudado. Então os lugares que eu frequentava haviam mudado também.

Me olhei no espelho uma última vez, com um sorriso de lado, inclinando a cabeça e admirando minha própria imagem, me virei me empinando, endireitando depois as mangas de minha roupa.

Hoje seria fácil.

Me apoiei de costas na pia do banheiro e tirei meu celular do bolso para ver notificações de mensagens com o nome de Dimitri na tela.