Cara ou coroa?

Afogue-se em suas mentiras

(Kol)

— Eu não teria te ligado se não tivesse feito de tudo. Você é uma das melhores amigas dela, preciso de ajuda.

— Kol, você perguntou o que aconteceu? Nunca vi S/N nesse estado, quando se frustra age de forma explosiva e não deprimida.

— Perguntei, Bex, tudo o que recebo são murmúrios baixos de que se me contar vai ser pior. Ela chegou aquele dia e está no quarto desde então, estou tendo de obriga-la a comer, pois nem isso está fazendo.

— Ela não foi envenenada não, né? Talvez enfetiçada?

— Não, ela me deixou checar depois que ameacei de a levar de volta para Nova Orleans. Disse que não pode demonstrar fraqueza aí, contudo também precisa de tempo para melhorar. Só que ela não diz melhorar o que, e isso está me matando.

— Kol, você precisa encontrar um jeito de a ajudar, eu não posso sair daqui agora. Veja se... humpf... — Bufou e revirou os olhos antes de dizer — ...Caroline sabe de algo. É a minha substituta barata para quando não estamos juntas, mas tente não ficar dando sopa por aí para Cade te encontrar.

— Caroline meio que ainda acha que ela está desligada, não vai querer vir.

— Pois então diga a verdade. S/N não estaria assim se sua humanidade não tivesse voltado. Sem contar que Caroline ainda ajudaria mesmo com ela desligada, elas têm um... vínculo. — Pronunciou as palavras com uma careta, como se deixassem um gosto amargo na própria boca.

— Você tem o número dela?

— Que tipo de pergunta estúpida é essa? Claro que não!... NIK! — Gritou ainda com a câmera do celular enquadrando o rosto — NIK, VENHA AQUI!

— O que é tão importante para precisar alertar todo o French Quarter, Rebekah? — Mesmo sem o ver, era possível identificar o quão incomodado estava pelo tom de voz.

— Dê o maldito número da Caroline para o Kol!

— Quê? — Tomou o celular das mãos da nossa irmã e encarou minha alma através da tela — Por quê?

— Eu preciso dela aqui, oras. Ou melhor, precisamos!

— Como assim?

— Mas que diabos, Klaus! S/N está na cama e preciso da Caroline para animar minha noiva.

— Porra nenhuma! Não está mais dando conta da própria mulher?

— Puta merda, Nik! A S/N tá deprimida, Kol quer chamar a Forbes para tentar tirá-la do quarto. Você sabe o que são amigos? — Bex respondeu tão frustrada quanto eu.

— Oh... Ah. Sejam mais específicos, vocês têm umas fantasias bizarras. — Pensou um pouco e me interrompeu hora que abri a boca — Se você citar o Stefan eu mando Freya me teletransportar aí do teu lado e deixarei sua garota depressiva de verdade com você no caixão! Enfim... por que ela está assim? Quando está aborrecida, costuma quebrar pescoços, e não chorar como uma garotinha. É uma das coisas que até gosto nela. Feitiço?

— Não é o que parece, só se for artimanha de Arcadius. A última vez que saiu foi com a Caroline, mas ela a hipnotizou para só saber que está ligada quando estiverem juntas.

— Por que não disse antes? É só a fazer chegar aí na mansão, ela já vai lembrar, Kol. — Rebekah falou ainda sem aparecer.

— Pois é, mas como eu, Kol Mikaelson, vou chamar ela sem parecer que é uma armadilha?

— Quebre o pescoço dela e a arraste, então.

— O que é isso, Rebekah? E os modos? Conheço Caroline o bastante para saber que se disser que S/N precisa de ajuda, ela irá. Seu coração é puro, mesmo chateada com os amigos, não pensa duas vezes em se arriscar por eles. — Klaus pronunciou com um brilho no olhar.