Girls' party

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(Caroline)

— Ela nunca vai superar? — Bonnie perguntou o óbvio.

— Katherine supera alguma coisa? — Ativei o alarme do carro depois da gente descer — Só de lembrar daquelas patas em cima do meu... argh!

— Ela talvez só quisesse te provocar.

— Ah, jura?! — Fui grosseira e me arrependi no mesmo instante — E Stefan... ai, como ele não percebeu? Somos vampiros, nossos sentidos são aguçados.

— Pois é, mas você está esquecendo que agora ela é o próprio diabo. Não que tenha mudado tanta coisa, mas vai saber que poderes adquiriu.

Demos somente alguns passos quando escutamos uma moto acelerar logo ao nosso lado e encostar. O susto foi o de menos. Me postei logo à frente de Bonnie, para a proteger assim que nos demos conta de quem era. Sei que tinha toda essa coisa de ele ter meio que se redimido, mas é sempre melhor prevenir.

— Lourinha. — Falou sorridente logo que tirou o capacete — Olha só, com uma presença inesperada. Digo, as duas são inesperadas, mas nunca imaginaria que Bonnie Bennett nos honraria com sua presença.

— Não temos tempo pra lidar com você agora, Kai. — Apertei a mão suada de Bonnie logo atrás de mim para tentar a acalmar.

— Ui, assim me magoa, Caroline. Achei que já fossemos amigos.

— Ha ha. — Forcei a risada.

— Caroline, quero ir embora. — Bonnie murmurou entredentes.

— Ah, qual é. Vai me dizer que pensou que viriam atrás da minha mulher e não daria de cara comigo. — Passou os dedos entre os cabelos castanhos pra ajeitar o que o capacete bagunçou, desceu da moto e andou os passos que seguiríamos até a mansão.

— Não tão cedo.

— Águas passadas, tá. Não vou ligar pra existência de vocês contanto que não mexam com os meus. — Abriu o portão e deu espaço para que passássemos, mesmo Bonnie ainda receosa.

— Com os seus... Você liga pra mais alguém além de S/N? — Não sei porque puxei assunto.

— Acredite ou não, tenho amiguinhos por aqui. A maior parte são meus cunhados, mas ainda sim...

Bonnie me olhou com uma careta. Pensei em defendê-lo por algum motivo inexplicável, mas bem... era o Kai.

— Cadê todo mundo?

— Ah, está tendo uma reunião do outro lado do complexo. Graças a Deus você está aqui, aquele maluco tá mais chato que o normal.

— Quem? — Fingi não saber a resposta para não deixá-lo se convencer de que concordo.

Apesar de que às vezes me pego imaginando se fosse real, mas são pensamentos burros, sei disso.

— Você sabe, seu outro namorado e do...

— O que essa coisinha tá fazendo aqui? — Rebekah surgiu com uma taça de champanhe.

Nunca pensei que fosse agradecer a Deus por isso.

— Ela ainda não disse. — Kai deu de ombros e seguiu para algum lugar — Pode lidar com elas por enquanto? Vou chamar S/N. Elas não gostam muito de mim, não sei o porquê.

— Então ande logo querido, porque também não vou muito com a cara das duas. — Analisou-nos da cabeça aos pés.

— É quase cômico imaginar vocês como uma grande família feliz, depois de tudo. — Bonnie comentou depois de estudar o modo como Rebekah tratou o herege e me lançou um olhar desconfiado.

Cara ou coroa?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora