CAPÍTULO 34 - PARK JIMIN

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Caso achem algum erro, indiquem nos comentários do trecho para que eu possa concertar. Obrigado e boa leitura!!!

[...]

Assim que Jeongguk começou a subir as escadas que levariam até a sala de Dong il, sabia que estava ferrado.

O cheiro de conflito, disputa de poder e fúria poderia ser sentido há vários metros de distância, e provavelmente todos os empregados ômegas haviam sido instruídos para que se mantivessem distantes daquela área do castelo até que as coisas se amenizassem.

O aroma de um alfa lúpus, impondo sua presença, sempre seria um desafio para Jeongguk. Sua natureza implicava para que também se impusesse sobre a situação, disputando pelo poder do território. Entretanto, se quisesse permanecer hospedado em Leoch, controlar sua presença era um dos mínimos requisitos necessários.

Dessa forma, subiu as escadas com a respiração acelerada e procurando dedicar sua atenção somente ao machucado saturado na lateral de seu corpo. Ainda doía, embora Taehyung houvesse feito um belo trabalho. E pensar em Taehyung também funcionava como uma maneira de manter a cabeça no lugar.

Quando chegou ao final das escadas, acompanhado por Hye, que também parecia estar tendo dificuldades em lidar com aquele aroma conflituoso (mesmo sendo um beta), Jeongguk pôde escutar vozes raivosas vindo de dentro da sala.

Hye abriu a porta com as mãos um pouco trêmulas, permitindo que entrassem.

Junhyeok estava lá dentro. Em pé, no meio da sala, com o rosto avermelhado pela ira e parecendo abismado demais para que conseguisse formular alguma frase plausível para a situação. Vestia-se com o kilt dos Lee e usava um casaco preto sobre a camisa de linho.

Junto dele, Dong il também estava de pé, mesmo que com as pernas atrofiadas pela doença que carregava. A presença dele encobria o cômodo. E Junhyeok também deveria estar se esforçando muito para que mantivesse a mente sã, evitando um novo conflito entre irmãos.

- Você voltará para sua própria casa amanhã de manhã. – disse Dong il; a voz densa e carregada. Olhava para Junhyeok como se já não o conhecesse mais. – Irá visitar o túmulo de sua esposa e permanecerá em sua propriedade até eu mandar que volte para Leoch. Não o quero mais aqui.

Junhyeok comprimiu os lábios e seus olhos se tornaram escuros.

- Está me exilando. – falou. Não era uma pergunta. Houve uma pausa, deixando a sala silenciosa, e Junhyeok pareceu estar digerindo aquela informação. – Por quanto tempo?

Um sorriso cruel tomou conta dos lábios de Dong il.

- Até você voltar a ter bom senso. – disse, calmo. – É claro, se você ainda for capaz disso.

Embora, pelo seu tom de voz, Dong il aparentasse se encontrar completamente sob controle, a maneira como sua mandíbula estava contraída e seu aroma, impregnado na sala, demonstrava o contrário.

Jeongguk permaneceu afastado, próximo da parede perto da porta. Hye ficou ao seu lado, ambos com os corações acelerados e sem saber ao certo como interpretar aquela discussão.

- Está me pedindo para fazer o que não posso. – Junhyeok falou, e a tensão no ar poderia ser cortada por uma navalha.

- Não estou pedindo para você fazer nada, seu idiota. Eu estou mandando.

Novamente, mais uma pausa veio. E Junhyeok tinha o rosto completamente avermelhado quando continuou:

- Eu não vou rejeitar Park Jimin.

Aquilo foi o suficiente para que Dong il desistisse de manter a calma.

- Nem o marido dele o rejeitou, e veja o que esse ômega fez com ele! – exclamou.

SÉCULOS - TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora