Bom Deus!

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O homem é enorme, e eu sei que estou parada aqui de boca aberta pra ele. Eu estou de repente um pouco apreensiva, pensando em algum centro de controle de máfia, e procuro no meu cerebro tentando lembrar se eu transferi meu alarme de estupro à minha nova bolsa.
— Srta. Cabello? — Ele pronuncia lentamente.
Fico tensa sob sua presença maciça, colocando a mão em um gesto de nervoso.

— Oi. — Eu murmurro, minha voz misturada com toda a apreensão que eu realmente sinto.

— Por aqui. — Ele fala naturalmente, dando um aceno afiado de sua cabeça e virando-me para caminhar de volta para a Mansão.

Eu delibero sobre isso, mas o lado ousado e perigoso em mim é curioso sobre o que tem além dessas portas. Ele não é mordomo. Pego minha bolsa, fecho a porta do carro e verifico o meu alarme antiestupro enquanto ando em direção à casa, apenas para descobrir que eu deixei na minha outra bolsa. Eu continuo de qualquer maneira. Pura curiosidade está me fazendo subir os degraus e ultrapasso o limiar em um hall de uma entrada enorme. Eu olho ao redor da grande área, e eu estou imediatamente impressionada, como é grande, posicionada centralmente a escadaria curva que leva até ao primeiro andar.
Meus temores se confirmam: este lugar é impecável.

A decoração é opulenta, exburante e muito intimidante. Azuis profundos, azul acinzentado e com tons dourados e madeira em cor original, juntamente com um rico piso em parquet de mogno, torna o lugar impressionante e maciçamente extravagante. É exatamente como eu esperava que fosse e nem de longe o meu estilo de design. Mas, novamente, olhando em volta, o porquê de que qualquer designer de interiores estaria aqui se tornando mais e mais confuso. Simon disse que me pediu pessoalmente, então eu estaria inclinada a pensar que eles querem modernizar o lugar, mas que teria sido antes de eu ter um vislumbre do exterior e agora o interior também.

A decoração combina com o edificio com o equilibrio histórico. E está em perfeitas condições. Por que diabos eu estou aqui?
O cara grande parte para a direita, deixando-me a afundar atrás dele. Meus saltos bronze clicam sobre o piso em parquet quando ele me leva passando por uma escadaria central, em direção à parte de trás da Mansão.
Eu ouço o barulho de conversa e olho para a minha direita, notando que muitas pessoas estão sentadas em várias mesas comendo, bebendo e batendo papo. Os garçons estão servindo alimentos e bebidas, e as vozes distintas de The Rat Pack estão ronronando no fundo. Eu franzo a testa, mas então eu tenho um click. É um hotel — um hotel rural chique. Meus ombros cedem um pouco de alívio ao chegar a essa conclusão, mas ainda não explica o porquê de estar aqui.
Passamos por alguns banheiros e, em seguida, um bar. Alguns homens estão sentados em banquetas ao balcão contando piadas e brincando com uma jovem, que aparentemente, voltou do banheiro com papel higênico preso no seu calcanhar. Ela dá um tapinha de brincadeira no principal instigador no ombro, repreendendo-o ao rir junto com eles.

Isto tudo começa a fazer sentido para mim. Eu quero dizer algo para a montanha do homem que me leva, só Deus sabe onde, mas ele não olhou para trás uma única vez para verificar se o estou seguindo. Embora, o tilintar dos meus saltos lhe dizem que eu estou. Ele não diz muito, e eu suspeito que ele não me responderia se eu lhe perguntasse.

Passamos por mais duas portas fechadas. A julgar pelo tilintar das panelas, eu assumo que uma delas é a cozinha. Então, ele me leva para uma sala de verão — um espaço íntegro, com uma luz incrivelmente generosa que é seccionado em áreas de estar individuais pelo posicionamento do sofá, poltronas e mesas grandes. Portas duplas de dobrar do chão ao teto abrangem o local completamente, levando a um pátio com pisos de pedras e uma área de gramado vasto. É realmente muito inspiradora. Eu interiormente suspiro quando vejo um prédio de vidro e uma piscina. É incrivel. Tremo só de pensar o quanto a diária custa. Tem que ser cinco estrelas — provavelmente mais.

Uma vez que passei pela sala de verão, estou indo por um corredor até que o cara grande para em frente de uma porta de madeira com panéis.
— Escritório da Sra. Jauregui. — Ele faz barulho, batendo à porta, supreendentemente suave dado o seu tamanho gigantesco.

— A gerente? — eu pergunto.

— A proprietária. — ele responde, abrindo a porta e caminhando para dentro. — Entre.

Eu hesito no limiar, observando os passos do cara grande na sala à minha frente. Eu finalmente forço meus pés em ação, movendo-me para a sala, olhando ao redor, o ambiente do escritório da Sra. Jauregui é igualmente luxuoso.
— Sra. Jauregui, A Srta. Cabello, para a "reunião rococó" — O homem big anuncia.

— Perfeito. Obrigada, John.

Estou sentada de maneira quase reverente, minhas costas em linha reta. O Alerta ligado ao máximo.

Não consigo vê-la, ela está obscurecida pela estrutura maciça do homem grande, mas essa voz rouca me mantém congelada no lugar. Agora vejo que, certamente não está vindo de alguém que fuma charutos, que esteja acima do peso ou usando uma jaqueta de couro.

O homem grande, ou John como eu já o conheço, caminha para o lado, me dando o meu primeiro vislumbre da Sra. Lauren Jauregui.

Oh! Bom Deus!

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