Finalmente você a tem em couro?

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Lauren me leva até o hall de entrada. Parece que esta noite está movimentada, com risos e conversas vindo do restaurante e do bar. Nós contornamos ambos, indo direto para o escritório de Lauren.
Estou aliviada. Evitando certa pessoa com sua língua ácida, que está no topo da minha lista, para não ver esta noite.

Quando passamos pela sala de jogos, alguns grupos de pessoas estão reunidas, relaxando nos sofás com bebidas na mão. Não ignoro o fato de que, todas as conversas param, assim que nos veem passando .
Os homens levantam suas bebidas, e as mulheres alisam o cabelo, endireitam as costas e abrem sorrisos de gesso ridículos, em seus rostos. Os sorrisos logo desaparecem quando elas dirigem seus olhares para mim, totalmente vestida de couro, sendo puxada para trás. Sinto-me examinada. Eu estou colocando minhas apostas de que a Mansão não é a preferência de todas as mulheres, simplesmente por causa da acomodação de luxo nos arredores.
—Boa noite. — Lauren acena quando passamos rapidamente.

Um coro de saudações inunda meus ouvidos, todos os homens, cumprimentam-me com um sorriso ou um aceno de cabeça, porém, todas as mulheres cravam seus olhos em mim. Eu me sinto como a inimiga pública número um. Qual é o problema delas?
— Lauren. — eu ouço o resmungo baixo da voz de Big John à frente. Eu passo meus olhos uma vez mais na multidão de mulheres furiosas, dando-me um olhar de raiva, e viro para encontrar John saindo do escritório de Lauren. Ele acena para mim, e eu me vejo acenando de volta.

Qual o papel que ele exerce aqui? Ele parece a máfia personificada.
—Algum problema? — Laur pergunta, levando-me para seu escritório.

John segue e fecha a porta atrás de si.
— Um pequeno problema na sala comum, agora resolvido. — Sua voz profunda é monótona. — Alguém estava um pouco animado.

Eu franzo a testa, olhando para Lauren. O que é uma sala comum? Eu vejo Laur balançar levemente a cabeça para John, antes de virar os olhos cautelosos para mim.
— Está tudo bem, eu vou estar na suíte de vigilância. — Ele se vira e vai embora.

— O que é uma sala comum? — Eu não posso esconder o interesse no meu tom. Eu nunca ouvi falar de tal coisa.

Ela puxa-me pela gola da minha jaqueta de couro, e tira a minha bolsa, tomando minha boca possessivamente, distraindo-me completamente da minha pergunta.
— Eu gosto de você de couro. — ela brinca retirando o casaco, empurrando-o para baixo dos meus braços lentamente e arremessando-o no sofá. — Mas eu te amo em renda.

Ela abre o zíper da calça de couro, enquanto esfrega meu nariz com o dela.
— Sempre com rendas.

Eu vejo suas mãos trabalharem o fecho, meu pulso acelerado.
— Eu pensei que você tivesse trabalho a fazer. —Eu sussurro.

Ela me pega, me leva até sua mesa grande e me coloca na ponta. Ambas as botas são removidas e jogadas no sofá, ela se abaixa e se inclina para frente para que nossos rostos estejam próximos.
Suas piscinas verdes de luxúria estão penetrando mim.
— Isso pode esperar. — Ela serpenteia o braço em volta da minha cintura e me coloca na superfície da mesa. — Você me deixa louca, baby. — Diz ela, estendendo a mão e desabotoando minha camisa branca e, logo, ela está entre minhas coxas abertas.

— Você me deixa louca. — Eu sussuro, arqueando as costas quando seu toque quente desliza meu osso do peito.

Ela sorri para mim sombriamente.
— Então, nós fomos feitas uma para a outra. — Ela puxa o bojo do meu sutiã para baixo, correndo os dedos sobre os meus mamilos, o que provoca arrepios de prazer ao longo do meu corpo.

Nossos olhos se conectam e travam.
— Provavelmente. — eu concordo.

Eu realmente quero ter sido feita para ela.
— Oh, não há provavelmente pra nós. — Ela conecta seu antebraço sob a minha cintura e me puxa para cima da mesa, descansando sua boca na minha garganta. Circulando sua língua, ela trabalha o seu caminho até o meu osso do maxilar. Eu passo meus dedos por seu cabelo macio e exalo um pulmão cheio de ar satisfeito. Perfeito. Estamos sendo amigáveis.

A porta do escritório se abre, e Lauren se coloca na minha frente em seu peito protetor e, provavelmente, para me esconder também.
— Oh, desculpe.

— Pelo amor de Deus. Foda, Keana! Bata na porta! — Ela grita.

Eu estou secretamente encantada com o tom que ela falou com ela. Eu poderia estar meio nua e deitada sobre a mesa, mas Laur está escondendo-me muito bem. Ela não me deixa virar, para ver, enquanto ela muda um pouco e pode lançar para Keana um olhar sujo. Eu pego um vislumbre dela na porta. Ela está usando um vestido vermelho para combinar com seus lábios, seu rosto azedo.
— Finalmente você a tem em couro, então? — Ela diz com um sorriso malicioso, virando sobre os calcanhares e saindo. A porta fecha com um estrondo, e Lauren revira os olhos em frustração. Eu acho que eu nunca odiei alguém, tanto assim.

— O que ela quis dizer? — Eu pergunto, sentindo como se eu fosse o alvo de uma piada particular.

— Nada, ignore-a. Ela está tentando ser engraçada. — Ela resmunga. Seu humor mudou drasticamente.

Bem, eu não a acho nem um pouco engraçada, mas sua resposta, abrupta me faz pensar duas vezes antes de forçá-la. Porra, eu quero que ela termine o que começou.
Estou sendo levantada da mesa e colocondo meus pés no chão. Puxando o meu sutiã de volta sobre meus seios, ela começa a abotoar minha camisa e sai de entre as minhas pernas.

Eu olho para ela em confusão. Ela vai buscar a minha bolsa no chão, colocando minhas botas em meus pés para eu calçar. Eu começo colocando minha camisa, tentando me tornar mais apresentável, e vejo como Lauren senta em uma cadeira de couro marrom, enorme, uma cadeira giratória. Ela fica tranquila. Apoia os cotovelos nos braços e coloca seus dedos em frente de seus lábios, ela me olha pensativa enquanto eu termino de me arrumar.
— O quê? — Eu pergunto. Ela parece perdida em pensamentos.

O que ela está pensando?
— Nada. Você está com fome?

Eu dou de ombros.
— Mais ou menos.

Um sorriso aparece no canto de sua boca.
— Mais ou menos. — Ela repete. — O bife está bom. Você quer? — Eu concordo. Sim, eu poderia comer um bife pequeno. Ela pega o telefone do escritório e disca alguns números.
— Camila gostaria de um bife, — Ela coloca o telefone no ombro. — Como você gosta do seu bife?

— Médio, por favor.
Ela retorna para o telefone.

— Médio, com batatas e uma salada. — Ela olha para mim com as sobrancelhas levantadas.

Concordo com a cabeça novamente.
— No meu escritório... e traga um pouco de vinho... Zinfandel. Isso é tudo... sim... obrigado. — Ela desliga o telefone e disca novamente. — John... sim... Eu estou pronta quando você estiver. — Ela desliga antes de ligar novamente. — Keana... bem, não se preocupe. Traga-me os últimos números de atendimento. — Ela coloca o telefone novamente. — Sente-se. —Ela aponta para o sofá na janela.

Ok, eu estou ficando com aquela sensação desconfortável de novo, meu desvanecimento rápido do pequeno apetite. Droga, eu odeio vir aqui.
— Eu posso ir se você está ocupada.

Ela franze a testa, lançando-me um olhar interrogativo.
— Não, sente-se.

Eu me levo até o sofá para sentar no couro macio e marrom. Eu me sinto como uma peça de reposição, desconfortável e estranha.
Sem ter muito o que fazer, eu olho os gestos de Lauren, através de várias pilhas de papel, assinando aqui e ali. Ela está completamente absorta no que está fazendo. Ela olha para cima, de vez em quando, dando um sorriso tranquilizador, mas faz pouco para aliviar meu desconforto. Eu quero ir embora.

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