Vou te vestir

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— Olhe para mim. — Ela ordena suavemente. Eu levanto minha cabeça para olhar para ela, suspirando feliz quando ela procura meus olhos. Ela mexe os quadris de novo e dá um beijo na ponta do meu nariz.
— Linda. — Ela diz simplesmente, puxando a minha cabeça e empurrando-me para ela assim que meu rosto descansa em seu ombro. Eu poderia ficar assim para sempre.

Sinto minhas costas se afastando da parede fria e eu estou sendo levada para fora com Laur ainda enterrada dentro de mim, pulsando e se contorcendo.
Ela desliza para fora e me coloca no balcão, segurando as mãos de cada lado do meu rosto e inclinando-se para me beijar, seus lábios demonstram uma exposição de total afeto.
— Eu não machuquei você, não é? — Ela pergunta e sua linha de expressão aparecendo em sua testa.

Eu observo o local. Quero colocá-la em meus braços, então eu faço. Eu envolvo o meu corpo inteiro em torno dela, braços e pernas, e me agarro a ela como se minha vida dependesse disso. Ela enterra o rosto no meu pescoço e acaricia minhas costas. É a sensação mais calma que eu já senti. Eu não posso nem reunir a energia para me se sentir culpada.
Quem é Keana?
Continuamos entrelaçadas, um pacote de braços e pernas, respirações pesadas e abraçadas por uma era. Eu quero ficar exatamente onde estou. Podemos - é o seu banheiro.
Eu não posso acreditar que ela ficou com a cobertura.
Depois de algum tempo, ela se inclina para trás, passando seus dedos no meu rosto.
— Eu não usei preservativo. — diz ela com arrependimento genuíno em seus olhos. — Eu sinto muito, eu fiquei tão empolgada. Você faz controle de natalidade, certo?
— Sim, mas a pílula não me protege de doenças sexualmente transmissíveis. — Eu sou uma porca demente. Esta mulher é uma Deusa do sexo.

Tenho pavor de pensar com quantas mulheres ela dormiu. Ela sorri para mim.
— Camila, eu sempre usei camisinha. — Ela se inclina para frente, beijando minha testa. —Exceto com você.

Hein?
—Por quê?

Ela se afasta um pouco e morde seu lábio inferior.
— Eu não vejo direito quando estou perto de você. — Ela coloca a cueca e as calças e, em seguida chega perto de mim para pegar uma toalha na prateleira. Estou prestes a protestar, mas então eu me lembro... é dela.
Tudo aqui é dela, exceto eu.

Bem, não de acordo com ela, mas isso foi apenas um orgasmo iminente para falar. Os momentos de paixão podem fazer você dizer algumas coisas engraçadas. Ela não vê em linha reta? Isso faz duas de nós.

Ela abre a torneira, passando o pano por baixo e retorna parando diante de mim. Eu me sinto exposta, sentada aqui completamente nua. Este não é um terreno seguro. Eu fecho minhas pernas para me esconder, de repente desconfortável com o meu estado de nudez, mas ela olha para mim, um olhar perplexo em seu rosto bonito quando ela faz beicinho, atinge entre as minhas pernas e passa a toalha suavemente.
— Melhor. — Ela resmunga, erguendo os braços do meu colo e colocando-os em seus ombros.

Ela repousa o pano quente e úmido no interior da minha coxa e começa a passar de cima e para baixo, limpando os restos dela de minha pele. É um ato terno e extremamente íntimo. Eu vejo seu rosto, fascinada, notando o aumento de uma linha na sua testa quando ela se concentra com seu procedimento de limpeza. Ela olha para mim, seus olhos verdes suaves e cintilantes.
— Eu quero colocar você em um chuveiro e adorar cada centímetro seu, mas isso vai ter que ser feito em outra hora. Por agora, é de qualquer jeito. — Ela se inclina e me beija, demorando-se brevemente. Eu não acho que jamais poderia prever beijos afetuosos. Seus lábios são tão macios, seu cheiro divino.
— Vamos mocinha. Vou te vestir. — Ela levanta-me do balcão e me ajuda a colocar minha calcinha, vestido e o fecha. Meu corpo inteiro convulsiona quando ela passa seus lábios na minha nuca, sua boca é quente e suave. Arrepiando o pelo do no meu pescoço. Eu não acho que ela ainda esteja fora do meu sistema - não, não está. Isso é uma notícia ruim.
Eu pego sua camisa azul do chão e agito antes de entregar para ela.
— Não havia realmente nenhuma necessidade de estragar tudo, né? — Ela me dá um sorriso quando puxa a camisa, fechando os botões e colocando-a dentro de sua calça azul marinho.
— Seu casaco está... — Eu de repente lembro que joguei no chão do quarto.
— Oh.— eu sussurro, e arregalo os meus olhos.
— Sim. Oh. — Ela arqueia a sobrancelha quando pega o cinto, fazendo-me recuar, ela sorri. — Ok, você está pronta para enfrentar a música, mocinha? — Ela ergue sua mão para mim, e eu a pego sem pensar. A mulher é um ímã.
— Eu diria que muito alto, não é?

Eu bocejo para ela que me dá um completo sorriso deslumbrante. Eu balanço minha cabeça, rapidamente olhando no espelho. Oh, eu estou ferrada.
Meus lábios estão manchados de rosa, meu cabelo está para cima, com fios aleatórios em todo o lugar, e eu estou amarrotada. Eu preciso de cinco minutos para poder sair.

— Você está perfeita. — Ela me tranqüiliza como se estivesse sentindo o pânico crescente em mim.

Perfeita? Perfeita não seria uma palavra que eu usaria. Eu usaria completamente fodida! Ela puxa-me para a porta, abre-a e segue para fora, desprovida de cautela, enquanto eu sou mais cautelosa. E se os nossos visitantes ainda andam por aí? Vejo o paletó ainda esparramado no chão, ela pega quando nós passamos.

Quando chego à escada curva, de repente eu registro minha mão ainda na sua. Eu tento tirar de suas mãos, mas ela aperta mais, me dando uma carranca. Merda! Ela tem que me deixar ir. Meu chefe e colegas estão aqui. Eu não posso andar por aí, de mãos dadas, com uma estranha.
Bem, ela não é muito estranha para mim agora, mas isso não vem ao caso. Tento libertar minha mão de novo, mas ela se recusa a largar.
— Laur, solte a minha mão.
— Não. — Ela diz curto e firme, e sem sequer olhar para mim.

Eu paro, de repente, a meio caminho descendo as escadas e olho para a sala abaixo. Ninguém está olhando para nós, graças a Deus, mas não vai demorar muito para alguém repara em nós. Lauren se vira, olhando para mim de alguns degraus abaixo.
— Laur, você não pode esperar que eu desfile por aqui segurando sua mão. Isso não é justo. Por favor, deixe-me ir.

Ela olha para as nossas mãos juntas, suspensa entre nossos corpos.
— Eu não vou deixar você ir. — ela murmura mal humorada. — Se eu deixar você ir, você pode esquecer como se sente.
— Você pode mudar sua mente.

Não há absolutamente nenhuma chance de me esquecer como nos sentimos carne em carne, mas isso não é a parte de sua declaração de que está me incomodando.
— Mudar minha mente sobre o que? — Eu pergunto totalmente perplexa.
— Sobre mim. — Diz ela simplesmente.

O que tem ela? Minha mente não foi feita sobre qualquer coisa, então não há nada a mudar. Preciso focar minha atenção em convencê-la a liberar minha mão antes que alguém nos veja. Eu vou apresentar esse comentário, assim como eu tenho apresentado a outros comentários estranhos que ela fez lá em cima.

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