Sem vergonha

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Balançando a cabeça, apenas muito ligeiramente, ela beija meu nariz, meu rosto, minha testa e volta para a minha boca.
— Eu preciso ter você Camz. Diga que eu posso ter tudo de você.

Tudo de mim? O que ela quer dizer com tudo de mim? Mente? Alma? Mas ela não quer dizer isso, não é? Não, ela quer todo o meu corpo. E agora, a minha consciência me falhou completamente. Eu preciso tirar esta mulher fora do meu sistema. Ela precisa me tirar de seu sistema.
—Tenha-me. —Eu digo baixinho contra seus lábios.
—Oh, eu vou.

Ela mantém os lábios firmemente contra o meu, e envolve um braço em volta da minha cintura e outro na minha cabeça.
Ela me levanta e carrega para o outro lado do quarto, aprofundando o beijo, e me encosta contra uma parede. Nossas línguas dançam juntas descontroladamente, minhas mãos se movem para baixo, nas suas costas. Eu quero um contato mais próximo. Eu pego a frente de seu paletó e começo a puxá-la fora de seus ombros, forçando-a acabar com sua espera por mim. Ela mantém nossos lábios juntos, recuando um pouco para me dar espaço para tirar o paletó de seu corpo. Eu o jogo no chão, pego sua camisa e perco toda a minha
consciência anterior de não me envolver. Já está muito esquecida. Eu tenho que tê-la.

Nossos corpos se esmagam juntos e ela me empurra contra a parede, devorando minha boca.
— Porra, Camila. — Ela diz através de respirações estranguladas. — Você me deixa louca.

Ela mexe os quadris, empurrando sua ereção em mim, tirando um pequeno grito de meus lábios. Eu coloco minhas mãos em seu cabelo, gemendo com um convite. Esta é a hora de esquecer o passado.

Meu corpo entrou em velocidade máxima e o botão de parada está perdido em algum lugar na terra da luxúria. Eu sinto suas palmas na frente das minhas coxas, meu vestido levantado por seus punhos que estão puxando para cima da minha cintura em um puxão rápido.

Seus quadris mexem de novo e eu choramingo. Eu preciso demais. Cristo, não sei como resisti tanto. Ela morde o lábio inferior e me libera, levanta seu rosto e me olha diretamente nos olhos. Ela mexe novamente os quadris, bem mais duro contra o meu núcleo.
Minha cabeça cai para trás e eu dou um profundo gemido, dando-lhe acesso aberto a minha garganta, que ela tira proveito, lambendo e sugando. Eu poderia chorar de tanto prazer. Mas então, eu ouço vozes vindas do lado de fora do quarto, e a realidade desaba em torno de mim.

O que estou fazendo? Estou na suíte master do apartamento da cobertura, com o meu vestido na minha cintura e com Lauren sugando o meu pescoço. Há várias pessoas nas escadas. Alguém pode entrar a qualquer momento.
— Lauren. —Eu digo, tentando chamar sua atenção.
— Lauren, as pessoas estão vindo, você tem que parar. — Eu me remexo um pouco, fazendo com que a ereção pare de encostar no ponto certo. Eu tento bater minha cabeça contra a parede para tentar deter a pontada de prazer que ela causa.

Ela geme longo e baixo.
—Eu não vou deixar você ir, não agora.
— Precisamos parar.
—Não. —Ela range os dentes.

Oh, estou pegando fogo. Qualquer um poderia entrar por aquela porta.
— Nós podemos fazer isso mais tarde. — Eu tento acalmá-la. Eu preciso tirá-la de perto de mim.
— Isso te deixa muito tempo para mudar de ideia. — Ela morde o meu pescoço.
— Eu não vou mudar de ideia. — Eu agarro sua mandíbula, puxando seu rosto para o meu e então estamos nariz com nariz. Eu a olho diretamente em suas piscinas verdes. —Eu não vou mudar de ideia.

Ela examina os meus olhos, procurando a garantia de que ela precisa, mas eu não poderia ser mais resoluta. Eu quero isso. Sim, eu poderia ter tempo para avaliar a situação, mas agora, eu tenho certeza que vou querer isso.
Ela é apenas uma mulher muito tentadora para resistir, e Deus, eu tentei.
Ela me beija fortemente nos lábios e se afasta.
— Desculpe, eu não posso arriscar. — Ela me leva em seus braços em direção ao banheiro.
—O quê? Eles vão querer ver lá também.
Ela não pode estar falando sério?
— Vou trancar a porta. Não grite. — Ela olha para mim com um pequeno sorriso.

Estou chocada, mas eu dou risada.
— Você não tem vergonha.
— Não. Meu pau está dolorido desde sexta-feira passada, eu finalmente vou ter você em meus braços. Eu não vou a lugar nenhum sem você.

Ela chuta a porta atrás de si, colocando-me entre a pia de mármore antes de voltar a fechar a porta. Meu vestido ainda está levantado em volta da minha cintura, pernas e calcinhas completamente exposta.
Eu olho ao redor do ambiente grande que eu estou tão familiarizada, meus olhos vão até o mármore gigantesco, dominando o centro do banheiro. Eu sorrio me lembrando do trauma de ter que organizar um guindaste para levantá-lo pelas janelas. Foi um pesadelo, mas ficou espetacular. Dois chuveiros em aberto na parede de trás são compostos de um piso que vai até teto de vidro e azulejos bege, e as placas que eu tive que colocar é de mármore italiano cor creme, com duas pias e torneiras que saem como uma cachoeira. A espessura, o espelho de ouro, emoldurado esculpido abrange toda a largura da unidade com um ângulo na janela. É realmente um luxo de trabalho.

Eu ouço um clique, me tirando de minha admiração do meu trabalho e puxando os olhos para a porta, onde Laur está me observando de perto. Logo ela vem em minha direção, lentamente começa a desabotoar sua camisa. Eu a vejo tão perto de mim, com a boca aberta e os olhos fixos. A antecipação faz o meu estômago revirar e fecho e aperto minhas coxas. Esta mulher é absolutamente deslumbrante.

Com o último botão de sua camisa desabotoado, ela fica diante de mim com a camisa aberta. Eu não resisto e chego mais perto e passo o meu dedo no centro de seu peito bronzeado. Ela olha para baixo para seguir o caminho, colocando as mãos em cada lado do meu quadril, empurrando o seu pênis entre as minhas coxas.
Ela olha para mim, seus lábios abertos, um brilho em seus olhos e rugas leves no canto suavizando a intensidade habitual deles.
— Você não pode escapar agora.—Ela brinca.
— Eu não quero.
—Bom.— ela fala, e eu desvio meu olhar para seus lábios adoráveis.

Eu passo os dedos do seu peito e vou subindo até chegar ao seu pescoço e meu dedo para em seu lábio inferior. Ela abre a boca e morde meu dedo, brincando. Eu sorrio, continuo e coloco minha mão em seu cabelo.
— Eu gosto do seu vestido. —ela olha para a minha frente.

Eu sigo o seu olhar para o material embolado em volta da minha cintura.
—Obrigada.
—É um pouco restritivo.— ela puxa um pedaço de material.
— É. — Eu concordo. E isso tudo está me matando. Quero arrancar o vestido!
— Vamos removê-lo? — ela ergue uma sobrancelha para mim, os cantos de sua boca se contraindo.

Eu sorrio.
— Se você quiser.
— Ou talvez, nós podemos deixá-lo? — ela se abre num sorriso e coloca suas mãos para cima.

Eu me derreto toda em vaidade.
Ela desliza suas mãos nas minhas costas.
— Mas, quero conhecer primeiro o que está sob este lindo vestido. — ela segura o zíper respirando no meu ouvido.
— E é muito superior ao do vestido. — ela sussurra, puxando-o para baixo lentamente, me provocando. Estou ofegante e desesperada.
—Eu acho que nós vamos nos livrar dele.

Ela me levanta de cima do balcão, e me coloca em pé antes de puxar o meu vestido longe do meu corpo e deixá-lo cair no chão. Ela chuta para o lado, sem tirar os olhos de mim.
Eu faço uma carranca para ela.
— Eu gosto desse vestido. — Eu consigo não olhar o vestido. Ela poderia ter rasgado e limpado as janelas com ele que eu não me importaria.
— Eu vou comprar um novo. — Ela dá de ombros e me coloca de volta no balcão, retomando a posição entre as minhas coxas. Ela pressiona seu corpo contra mim e agarra minha bunda, me puxando em direção a ela, então estamos juntas e trancadas. Ela move seus quadris enquanto olha para mim.

Mi MujerWhere stories live. Discover now