Louca

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Como eu consegui me enfiar nessa situação? Eu salto, quando o estrondo de um punho na porta ressoa através de mim.
— Droga, Camila! — Bang! — Camz, por favor.

Eu sou repetidamente sacudida para frente, pelas as batidas do punho de Lauren. Estou ferrada.
— Vá embora, por favor! — Eu grito.

Seu punho colide com a porta novamente.
— Não, foda. Camila!

Eu só tenho que sair. Ela não vai me conter em um lugar público. Eu preciso ir embora. Bloqueá-la... bloqueá-la para fora.
Há silêncio. Prendo a respiração. Ela se foi? Eu quero que ela tenha ido? Eu fico em silêncio por alguns minutos, os meus olhos dardejando em torno da pequena cabine, olhando constantemente para verificar se ela não está vindo por cima. Ela se foi. Eu, estupidamente relaxo contra a porta.

Em dois segundos, eu sou empurrada para frente e ela entra. Quando eu me viro, há menos de uma palma entre nós, e a primeira coisa que noto é sua respiração rápida, sua camisa preta se elevando com a ascensão e queda de seu peito. Eu fico olhando para seus jeans. Se eu olhar para o rosto bonito, estarei em desvantagem no mesmo instante.
— Camila, olhe para mim. — Ela exige duramente. Eu coloco as palmas das minhas mãos sobre meus ouvidos, abaixando-me no assento. Eu preciso bloquear tudo.— Camila, por que você está fazendo isso? — Ela pergunta.

Oh, quanto tempo eu terei que ficar sentada aqui e bloquear tudo? Eu começo a cantarolar na minha cabeça, enquanto eu olho para o chão. Sinto suas mãos se espalmarem sobre as minhas, em torno de meus pulsos, puxando minhas mãos longe dos meus ouvidos. Seu toque aquece minha pele. Por que ela acha que eu estou fazendo isso?
— Eu não quero fazer isso no banheiro de um bar, Camila.
— Então, não faça. — Eu tento recuperar a posse de minhas mãos, mas, como de costume, ela domina-me. — Por favor, deixe-me ir embora.

Ela lentamente se agacha na minha frente, ainda segurando meus pulsos.
— Nunca. — Ela sussurra.

As lágrimas em meus olhos transbordam, caindo no topo dos meus joelhos nus.
— Por que você está fazendo isso comigo?

Ela segura minha mandíbula, puxando-me para que eu não tenha escolha, a não ser olhá-la. Seus olhos estão vidrados.
— Fazendo o que?

Ah, a babaca. Sua desfaçatez não tem limites. Eu uso minha mão livre para secar, escovar as lágrimas de meu rosto, de repente fico horrorizada, mais uma vez, estou chorando em cima dela.
— Eu não quero resolver isso no banheiro de um bar, Camila.

— Você me persegue insistentemente, bombardeia meu celular com chamadas e mensagens. Depois me fodeu e me deixou insegura, sumindo nos últimos quatro dias. — Eu puxo minha outra mão de seu alcance. — Agora, aparece, atropelando toda a minha noite de recuperação.

Ela é a única que desvia o olhar agora, ela sente vergonha.
— Cuidado com a boca. — Ela murmura.

Cuidado com a minha boca? Depois de tudo isso, ela me diz para cuidar da minha boca? Ela é impossível!
— Foda-se, Lauren. — Eu cuspo.

Sua cabeça se abaixa.
— Olha a boca!

Eu olho para ela em choque, e ela franze a testa para mim, sua carranca, formando uma linha profunda. Eu não posso lidar com isso. Eu tive quatro dias para por meus encontros com esta mulher abaixo, caralho! Recuperar-me dessa experiência. Eu estava bem a caminho para o esquecimento dela – tipo isso. Por
que ela está aqui refrescando a minha memória? Eu sabia que deveria ter ficado longe. Eu poderia me chutar.
Levanto-me em frente a ela, deixando-a agachada, mas ela me alcança e segura atrás das minhas pernas nuas. O medo de seu toque evocativo é completamente garantido.

Eu fico imediatamente em guarda. O calor que emana de suas palmas está se espalhando como fogo selvagem através do meu sangue, e não há maneira de me livrar dela. O banheiro está atrás de mim e ela está bloqueando a porta.
— Deixe-me ir, Lauren. — Eu sussurro, com toda a firmeza que minhas trêmulas cordas vocais permitem.

Ela olha para mim.
— Não.

— Você parecia muito bem controlada na terça-feira.

Ela empurra-se até os pés, deslizando as mãos até as costas das minhas pernas como ela faz. Ela acende um estrondo vicioso entre as minhas pernas.
— Eu estava louca. — Ela diz calmamente quando paira sobre mim.

— Você ainda está com raiva. Você sabia que eu estaria aqui? — Eu pergunto. Ela olha para mim, mas não responde. — Você sabia que eu estaria aqui, não é? — Eu a empurro.

— Normani. — Ela cede, completamente sem vergonha.

— Normani?

Seu rosto está sem emoção, olhando em linha reta.
— Ela ligou para Dinah.

— Ela não me disse! — Eu choro de desespero. A vaca desonesta! Eu não posso acreditar que ela fez isso comigo. Haverá algumas palavras sérias para serem ditas quando eu colocar as minhas mãos sobre ela.

— Eu vou te beijar agora. — É esse tom, e eu sei que estou condenada. — Você tem sorte, porque se eu a tivesse em qualquer outro lugar, você estaria recebendo uma lembrança... bem... justa... agora.

Eu suspiro, porque ela está a um passo a frente, o que é necessário para fechar a lacuna entre nós.

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