Capítulo 2

1.1K 129 16
                                    

AYLA DOMINGUES

Balanço minhas pernas no ar enquanto copio a matéria de biologia.

— Liberados. -O professor avisa assim que o sinal bate. Guardo meu material e me levanto. Finalmente: saída!

Saio da sala indo direto para a saída.

— Está chovendo. -Soph mumura vindo de mãos dadas com Aisha.

— Que droga. -Resmungo lembrando que não trouxe meu guarda-chuva. Está caindo o mundo.

— Você quer carona? -Aisha pergunta gentil. Nego com a cabeça sabendo que elas moram muito longe de mim.

— Não precisa, muito obrigada. -Agradeço com um sorriso pequeno, ela assente abraçando Soph de lado.

— Vamos, gente, nossos pais estão esperando. -Lorena chega apressada e puxa as duas para o lado de fora.

Suspiro e coloco o capuz, saindo da escola. Resmungo sentindo a chuva extremente gelada cair em minha pele.

Só 15 minutos.

Caminho apressadamente e choramingo sentindo frio. Mas que merda!

— Ei! -Ouço um grito, porém continuo meu caminho.
— AYLA!

Paro ao ouvir meu nome e olho para o lado, vendo um carro preto. Sebastian está dirigindo ele.

— Entra aqui, garota. Tá frio. -Ele fala abrindo a porta, nego com a cabeça confusa.

— Óbvio que não. Eu não quero ser sequestrada, assassinada ou estrangulada, muito obrigada.

Ele ri me encarando.

— Vem logo, Domingues. Ai está frio e você vai ficar doente nessa chuva. -Ele insiste, reviro os olhos e me preparo para negar, mas nesse mesmo instante um trovão soa alto e a chuva cai com mais brutalidade. Bufo e ando até o carro.

— Só não separa meu corpo em vários pedaços para distribuir ele pela cidade, por favor. -Peço entrando no banco de trás. Arqueio a sobrancelha ao ver Alice dormir encolhida com uma coberta ao meu lado.

— Ela fica resfriada com facilidade, então tem que ficar bem aquecida. Releva. -Ele explica dando partida com o carro. — Onde você mora?

Digo o endereço e ele resmunga pesquisando.

— Todas as entradas para seu bairro estão fechadas por causa do alagamento. -Ele fala, solto um grunhido e reviro os olhos.

— Que merda! Pode me deixar por aqui, eu vou sozinha mesmo.

— Nada disso. Vai pra minha casa com a gente e esperar a chuva passar. -Afirma me fazendo arregalar os olhos.

— Não..!?

— Vai logo, cara, que coisa chata. -Alice resmunga me assustando.

— Você não estava dormindo? -Pergunto com a mão no peito, ela abre os olhos e suspira me olhando.

— Você me acordou. -Reclama se cobrindo mais. Em pouco tempo ela volta a dormir.

Como ela consegue dormir tão rápido?!

Dou de ombros e encosto minha cabeça no vidro da janela.

My (rejected) PrincessOnde histórias criam vida. Descubra agora