¤G I U L I A¤
Balanço minhas pernas no ar enquanto observo Théo e Seb conversarem sobre a nossa rotina a partir de agora.
Escola, saúde, médico, dormir, medir glicemia todo dia, escola, médico, saúde, médico de novo...
Meu corpo está doendo por motivos desconhecidos e eu estou morrendo de sono.
Théo está sugando uma chupeta enquanto observa Seb explicar algumas coisas.
Bocejo e coço os olhos, chamando a atenção dos dois.
- Princesa! Por que não disse que estava cansada? -Sebastian pergunta preocupado, se aproximando e me pegando no colo. - Vamos tomar banho e ir dormir, hm?
- Me dá ela, eu dou banho nela. -Théo pede acariciando minhas costas.
- Eu dou, não se preocupa. Posso, Giulia? -Seb pergunta me ajeitando no colo, eu assinto sentindo minha cabeça doer. Ficamos uma hora no carro hoje. Eu dormi o tempo todo e mesmo assim acordei tonta e enjoada.
Odeio andar de carro.
- Vem, neném. Vou dar banho em você também, está quase dormindo em pé. -Fala com Théo.
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Abraço o corpo de Théo sentindo Seb ensaboar minhas costas e ombros.
Bocejo novamente e me aconchego melhor no abraço do meu bebê.
Seb enxagua meu corpo e beija minha cabeça. Théo suspira deitando na banheira, comigo em seu colo. Meu neném está exausto.
- Cadê a sua chupeta, meu amor? -Questiono acariciando sua bochecha, ele dá de ombros me abraçando mais forte. - Sabe onde está, Seb?
- Ele deixou na bancada da pia. Quer que eu lave pra você usar, neném?
Théo murmura um "uhum" fechando os olhos, e Seb vai fazer o favor pra gente.
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Sebastian desliga a luz e ajeita o cobertor que estou dividindo com o meu namorado.
- Boa noite, meus anjinhos. -Sussurra depositando um beijo na minha testa e na de Théo, que está encolhidinho na cama, me abraçando com a cabeça no meu peito. Ele dormiu antes mesmo de mamar, de tanto sono.
— Vai dormir aonde? -Pergunto baixinho, sentindo meus olhos pesarem.
— Vou colocar um colchão no chão.
— Mas a cama é grande...
— Como assim, querida? -Pergunta acariciando minha bochecha.
— Dorme com a gente. -Peço quase desmaiando de sono e dor na barriga. Maldita gravidez. — Por favor.
Seb suspira me encarando e meu coração se quece ao ter seu olhar sob mim.
— Claro, meu amor. -Sussurra subindo na cama do meu lado. Ele abraça minha cintura, me deixando bem apertadinha, de forma confortável, entre ele e Théo. — Boa noite.
— Boa noite.
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S E B A S T I A NObservo Giulia e Théo dormirem e suspiro. Afasto o corpo de Giu do meu e me levanto tentando não fazer barulho. Théo está mamando de forma extremamente fofa e Giu com o corpo encolhido abraçado ao de Théo.
Entro no banheiro para escovar os dentes e tomar banho, e logo que saio ouço o som de passos. Abro a porta do banheiro e vejo Giulia de pé arrumando a mochila dela.
— Bom dia, querida. O que está fazendo? -Pergunto me aproximando para dar um beijo na sua bochecha, ela sorri levemente e me abraça.
O que eu estranho, claro. Ela não é de dar a iniciativa.
— Ei, está tudo bem? -Questiono e ela não responde, apenas se encolhe mais nos meus braços, escondendo o rosto no meu peito.
Sinto meu peito molhar, já que estava sem camisa, e suspiro pegando ela no colo.
— Querida, o que aconteceu? -A preocupação começa a me dominar, ao ver ela encolhida quietinha no meu colo, apenas deixando as lágrimas rolarem.
Vejo Théo se levantar e pegar algo. Logo ele deixa uma chupeta na boca da loira.
Olho confuso para o mesmo e ele dá de ombros.
— Ela não costuma usar. Quando éramos mais novos, qualquer sinal de choro nossa mãe enfiava logo a chupeta na nossa boca. Aos poucos eu fui desenvolvimento infantilismo, tendo o costume de usar sempre. Ela não, porém gosta de usar quando se sente mal. É o modo dela de diminuir essa "fraqueza" que ela sente. É bem raro ela usar, assim como é raro ela chorar. -Explica com uma calma impressionante, enquanto acaricia o rosto da loirinha.
— Entendo. -Murmuro me sentando na cama, e ajeitando a pequena no meu colo. Ela suspira e fecha os olhos.
Ver ela assim é de quebrar o coração.
— Sabe o porquê dela estar assim? -Pergunto ajeitando o cabelo dela.
— Hoje faz três anos que o papai morreu. -Diz e percebo seu corpo estremecer. O puxo para perto de mim e pego uma chupeta na cômoda, deixando em seus lábios. Abraço ele forte, junto de Giulia, e deixo eles ficarem quietinhos sabendo que têm meu apoio.
Sabendo que nunca estarão sozinhos.
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My (rejected) Princess
RomanceUma história onde Alice Bellini, filha dos considerados reis da França, é rejeitada pelo povo por conta de seu problema de déficit de atenção. Ayla Domingues, uma garota que perdeu os pais, vive sozinha desde os doze anos, até que encontra duas pes...