• A Y L A •
— Meu Deus, você não desgruda! -Alice reclama quando não a deixo levantar.
— Fica quieta. -Resmungo tentando mamar em paz. Ela ri e cobre meu corpo todo com o cobertor, solto um resmungo alto e empurro o tecido. — Para de ser chata.
— Eu tenho que levantar, querida.
— Problema seu, uai, te perguntei nada. -Dou de ombros voltando a mamar.
— OH, AYLA!
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— Cadê as crianças? -Alice pergunta entrando na cozinha e encontrando Seb de cara fechada.
— A Giulia é só dois anos mais nova que a gente, Alice. -Fala sem nos olhar. Encaro Alice que também me encara e arqueamos a sobrancelha direita ao mesmo tempo.
— Okay... mas ela ainda está no fundamental. -Dá de ombros e Seb respira fundo.
— Um ano atrás da gente, um ano mais nova que a Ayla. Não é uma grande diferença.
— Então tá... Ayla, querida, vem cá. -Alice estende a mão e eu a seguro enquanto ela me guia até a poltrona-cama da sala. Ela deita e me faz deitar também, com o corpo entre suas pernas. Lili abaixa a blusa deixando seu seio a mostra, já que estava sem sutiã. — Pode mamar, querida. Depois a gente lancha, já que está tarde demais para almoçar.
Sugo seu seio lentamente suspirando ao sentir o gosto do leite.
Tão bom...
— SEB, A CAMPAINHA ESTÁ TOCANDO! -Alice grita tampando meu ouvido.
— Então atende! -Ele fala alto o suficiente para que a gente ouça.
— Não dá, a Ayla está mamando. -Resmunga fazendo carinho no meu cabelo.
— Oh, bezerrinha! -Seb passa resmungando e abre a porta, dando a visão de Théo.
Ele não parece um bebê agora.
— Querido! O que está fazendo aqui? -Sebastian questiona preocupado, trazendo ele para dentro. O loiro suspira e olha para a gente, antes de voltar a olhar para o Seb.
— Esqueci a minha chupeta e o monitor da Giulia. -Ele diz baixinho porém de forma audível.
— Ah, claro! Vem, vou pegar pra você. Como ela está?
E eles vão embora.
Olho para Alice que encara a TV com o cenho franzido.
— O que foi, meu amor? -Pergunto acariciando seu rosto.
— Quem ligou a TV? -Pergunta assustada.
Olho para o controle em sua mão e solto uma risada baixa, voltando a mamar e deixando que ela descubra sozinha.
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— Eu não queria ter aula, está frio. -Lili choraminga me abraçando, deitada com a cabeça no meu peito. Seb está dirigindo o carro com um humor de puta enquanto verifica o celular a cada 2 segundos.
Ele descobriu que a Giulia está grávida no meio de uma discussão, não soube o que dizer, surtou, eles brigaram mais ainda, Seb se arrependeu e agora está chorando arrependido.
Alice está adorando as fofocas, e eu estou preocupada.
Giulia só tem quinze anos...
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— Ela não veio hoje. -Alice me conta em um sussurro.
Fofoqueira filha da puta.
— Sério? Por quê?! -Questiono surpresa, no mesmo tom de voz.
Que foi? Eu também sou uma fofoqueira filha da puta.
— Pelo que me contaram ela foi internada. A glicemia dela está muito descontrolada, e isso pode fazer ela e o bebê morrerem. Soube que ela vai ficar uma semana no hospital, e se não melhorar talvez fique mais de um mês lá. -Sussurra brincando com um marca-texto laranja na mão. — Uma garota da sala da minha irmã que disse. A garota se atrasou e quando saiu de casa viu uma ambulância parada na frente da casa deles. A mãe dela está atualizando ela, que está atualizando a Manu, que está me atualizando.
— Tadinha dela... Imagina só! Você tem quinze anos, é diabética e está grávida. Cruzes... -Resmungo ao sentir um arrepio por pensar no assunto.
— Pois é... Soube que o Théo também não veio. Deve estar com ela no hospital.
— Provavelmente. -Dou de ombros. — O Seb já sabe?
— Sabe que eu não sei? -Murmura inclinando a cabeça pro lado e encostando o dedo no queixo.
— Vixi... e sabe como está o estado de saúde atual dela? -Pergunto me apoiando no seu peito e ela me abraça forte, enquanto a neve cai em nossa volta, com a árvore em que estamos apoiadas nos protegendo dos flocos frios de neve.
— Não sei exatamente. Falaram pra mim que ela foi encaminhada desacordada para o hospital. -Diz acariciando meu rosto e deixando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
— Hm... Tomara que ela fique bem. -Murmuro quase dormindo com seu carinho.
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Deito no peito de Alice após pentear o cabelo e suspiro. Ela enlaça as pernas na minha cintura e beija minha cabeça apoiando a mão na minha barriga após ligar a TV em um desenho.
Bob esponja.
Lili se ajeita melhor nos travesseiros e, enquanto assistimos ao desenho, ela sobe a mão e desce novamente por baixo da blusa, tocando no meu peito. Ela acaricia de forma calma e quando olho para a mesma, a vejo concentrada na TV. Volto a olhar para a tela e suspiro deitando a cabeça no seu peito.
Suspiro sonolenta e viro de barriga para baixo, deitando com a cabeça no seu peito.
Abaixo sua camisa deixando seu peito a mostra e encubro-o com meus lábios, sugando com calma. Ela solta uma risada baixa e acaricia meus fios loiros, de forma extremamente relaxante.
— Está frio... -Reclama baixinho enquanto nos cobre com uma manta grossa. — Bebê, não dorme. Você tem que tomar um remédio daqui a pouco.
Resmungo algo e continuo mamando. Aly desce a mão passando-a por baixo da minha calça e encosta na minha bunda, deixando a mão descansar ali. De vez em quando ela dá uma apertadinha.
Ela, com o maior bundão que tem, é apaixonada pela minha pobre bundinha.
Vai entender...
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My (rejected) Princess
RomanceUma história onde Alice Bellini, filha dos considerados reis da França, é rejeitada pelo povo por conta de seu problema de déficit de atenção. Ayla Domingues, uma garota que perdeu os pais, vive sozinha desde os doze anos, até que encontra duas pes...