↬ 𝐓𝐖𝐎

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❈≈ A nova mugiwara

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❈≈ A nova mugiwara

QUANDO O VOVÔ ME LEVOU PARA A ILHA DAWN – mais especificamente, para a vila foosha–, ele levou como agregado o seu neto biológico tagarela e escandaloso. O pequeno passou a viagem toda me seguindo, tentando arrancar qualquer mísera palavra que fosse de minha boca, ou alguma expressão de minha face infantil e ranzinza. Bom, ele falhou. No entanto, quando chegamos ao nosso destino, me lembro de um longo e alto suspiro derrotado fugir de meus lábios malcriados, e em um tom baixo, me apresentei brevemente.

Ao me ouvir, seu rosto ligeiramente cabisbaixo se iluminou completamente, e um sorriso largo e ofuscante surgiu, seguido de uma fala agitada:

"Meu nome é Monkey D. Luffy, e eu vou ser o rei dos piratas!"

A determinação em sua voz me intrigou profundamente, fazendo meus redondos olhos azuis oceano se arregalarem em pura admiração, mesclado a algo que se assemelhava a simpatia. Mas não durou muito tempo, já que em menos de cinco segundos, Garp surgiu sabe-se lá de onde, esmurrando a pequena cabeça de Luffy, e me fazendo voltar a mesma pose mal-humorada de outrora.

Agora, anos depois, o olhar dele continua o mesmo. Seu objetivo continua o mesmo, e vê-lo aqui, apenas comprova a teoria de que ele está a cada dia mais perto de cumprir o que determinou para si mesmo.

Com estes pensamentos em mente, percebo que ainda estava com os joelhos ralados contra o chão, encarando o garoto recém chegado no ambiente, enquanto tentava formular alguma palavra que não fosse desconexa ou estranha, mas o choque de rever ele era grande demais. Agradeço mentalmente quando ele me poupa de tomar a iniciativa, aproximando-se a passos relaxados de onde estávamos, assim entrando na roda de curiosos que cercavam a luta que ocorrera instantes atrás.

— Eai! — Disse o garoto mais velho, vindo em minha direção, desviando de todas as pessoas que soltavam diversos sons amedrontados por sua presença, e parando ao meu lado, apenas recebendo meu olhar interrogativo como resposta a sua saudação informal. — 'Cê já conheceu o Zoro, né?

Um resmungo por parte do esverdeado se tornou audível, assim como o som de suas espadas se acoplando na bainha, novamente.

— Meio que sim... — Murmuro, ainda atônita.

— Levanta aí, vai. — Disse, estendendo sua mão em minha direção, e esperando pacientemente minha resposta ao ato. — Será que 'cê sabe onde tem um lugar dos bons 'pra conseguir comida nessa ilha? 'Tô morrendo de fome.

Pondero por vários instantes, até finalmente tomar iniciativa, e firmar minha mão na sua, e com seu auxílio, erguer meu corpo bambo no solo levemente arenoso.

— Quanto tempo. — Ignoro por bel-prazer sua pergunta anterior, mas finalmente lhe dirijo uma palavra decente, ao perceber que meus pensamentos racionais e emocionais já estavam dispersos.

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐈𝐓𝐂𝐇, Roronoa ZoroOnde histórias criam vida. Descubra agora