↬𝐅𝐈𝐕𝐄

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❈≈ O deserto escaldante infinito

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≈ O deserto escaldante infinito

PASSEAVA MEUS ÁSPEROS DEDOS DEMORADAMENTE SOBRE as velhas páginas amareladas do grimório em minhas mãos. Coço meus olhos brevemente, na tentativa falha de espantar toda a tontura a náusea que a leitura daquelas runas e símbolos me causavam. Sua decodificação já não fazia sentido algum em minha cabeça há muito tempo, mas por pura teimosia e curiosidade, não desisti de buscar por quaisquer informações que fossem sobre feitiços rápidos de proteção, como escudos ou barreiras.

Um suspiro sôfrego foge de meus lábios ao perceber que não importa quanto tempo passasse tentando, minha mente não era capaz de absorver a maior parte das escrituras marcadas ali.

"É inútil tentar buscar algum sentido no caos." Essa frase brinca na minha mente. É como uma tatuagem que jamais poderia ser apagada. Como uma ferida antiga e dolorida que nunca vai cicatrizar. É um aviso.

— Você entende tudo que 'tá escrito aí? — Sinto meu coração vir até minha garganta e voltar quando uma figura se materializa ao meu lado, sem mais nem menos. Em meio a um pulinho assustado, levo minha mão esquerda em direção a meu peito, exibindo meu notório susto momentâneo.

Com os olhos arregalados, encaro a tal pessoa que possuiu a imensa ousadia de considerar uma boa ideia surgir repentinamente do meu lado. Não me surpreendo quando dou de cara com um Ace curioso, e que tinha em sua face, um largo sorriso sapeca, como se tivesse acabado de cumprir seu objetivo.

— Eu juro que da próxima vez que você aparecer assim, eu te acerto com isso! — Exclamo, erguendo o velho grimório em minha mão na sua direção.

— Ui! Que medo! — Ironiza, sentando-se ao meu lado. — Mas e aí? Não vai responder?

— Ah... — Lembro-me do questionamento feito pelo mais velho, instantes atrás. — É complicado, mas eu dou conta... Às vezes. — Murmuro a última parte, pensativa.

— 'Cê deve ter treinado bastante, né? Nem explode mais nada quando usa seus poderes. — Acompanho o mais velho em uma risada nostálgica.

— Desde que eu não me irrite, nada explode. — Garanto, desistindo de prosseguir com meus estudos frustrados.

— Mas você vive irritada. — Pondera, ainda sorridente.

— Shiu!

Com rápido aceno escarlate, selo o livro mediano em minhas mãos sem dificuldades, o depositando gentilmente sobre a mesa a nossa frente. Estávamos na cozinha, um dos melhores locais do navio, na minha nada humilde opinião. Sempre que queria paz e sossego, era só entrar ali, e pedir carinhosamente para Sanji manter todos de boca calada, e ele fazia. Simples e fácil.

— Esse pessoal é bem animado, né? — Comenta.

— Com um capitão que nem ele, impossível não ser.

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐈𝐓𝐂𝐇, Roronoa ZoroWhere stories live. Discover now