↬𝐓𝐄𝐍

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❈≈ Skypiea, a ilha no céu

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≈ Skypiea, a ilha no céu

A CONFUSÃO E O PAVOR ME CONSOMEM QUANDO olho para o lado e noto que o lugar que eu estava não era nada parecido com o exíguo quarto que dividia com Nami e Robin. No entanto, não preciso nem de mais dois segundos ali para perceber que não era nada desconhecido por mim. O tom gelo e sombrio, uma porta de metal pequena, a cama solitária no canto do cômodo-não-tão-grande, as cobertas em tons neutros muito bem arrumadas, e uma única pelúcia disposta sobre o travesseiro.

Minha respiração se torna irregular. Levanto minhas mãos para levá-las ao meu rosto, mas até isso sou impedida. Minhas mãos não são assim, tão... pequenas. Os dedinhos pequenos e roliços não acobertavam os calos bem destacados marcados neles, assim como os curativos dispostos em cada canto da palma. Cada ferida dessas... Cada uma...

De forma completamente trêmula, apalpo o meu pequeno suposto corpo, notando que aquelas mesmas malditas roupas ainda estavam lá. A calça e a camisa moletom cinza eram confortáveis, mas que emocionalmente pesavam como concreto.

— Merda... — Murmuro, atônita. — Merda, merda, merda, merda!

Isso é um sonho, óbvio.

Não acredito que dormi.

Não acredito que falhei na única coisa que eu deveria ter feito com perfeição.

De novo não...

O som do metal reforçado da porta sendo empurrada me causou arrepios dos pés à cabeça. O tremor, que antes estava presente apenas em meus braços e mãos, agora se alastrava por todo meu corpo. Eu queria tanto fugir daqui, mas além do lugar não ter saída alguma que não fosse a porta, meu corpo não se mexia.

Eu não conseguia...

— Bom dia, garota. — A figura mediana que passava pela porta mantinha em seu encalço uma dúzia de figuras bem maiores. — Acordou agora?

Era um homem. Um homem que, apesar de portar um capacete que cobria toda sua face, não me causava temor algum. Um dos únicos homens daquele lugar que eu sabia que nunca me causaria mal diretamente, mesmo se quisesse. Isso me trazia um micro sentimento de alívio que jurava ser impossível de se sentir em meus sonhos atuais.

— Shaka... — Minha voz saiu por um fio. Sentia meus olhos arderem. Eu tanto queria chorar, mas me recuso a ceder a fraqueza, mesmo que em um sonho.

— Eu assumo daqui. — Avisou Shaka aos homens que estavam logo atrás, e logo depois fechou a porta, nos isolando naquele cômodo. — Como está a sua mão?

Não consegui responder nada, e acho que nem queria. Percebendo que não ia dizer nada, Shaka se aproximou a passos mansos, deixando algumas coisas em cima da cama.

— Posso? — Ele questiona enquanto fita minha mão esquerda. Não digo nada, o que parece ter soado como uma permissão, e então o mais alto pega meu pulso delicadamente, analisando cada centímetro da minha palma. — Está doendo ainda?

𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐈𝐓𝐂𝐇, Roronoa ZoroWhere stories live. Discover now