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Noah Urrea
Los Angeles,  04 de dezembro de 2021

Algo se mexeu nos meus braços despertando-me do sono que anteriormente me envolvia. Abri os olhos e reparei na claridade que invadia o quarto, olhei para o lado e percebi que os movimentos que me acordaram vinham de Sina.

A loira estava acordada, os seus olhos encaravam o meu rosto que apreciava os movimentos que ela fazia com as suas unhas pelo meu peito desnudo. Ela sorriu quando percebeu que eu já não dormia, e foi impossível não sorrir de volta.

- Bom dia, Noah – a sua voz estava rouca e os seus cabelos estavam espalhados pela almofada.

- Bom dia – a minha voz soou no mesmo tom de voz que a dela. Aproximei os nossos rostos e juntei os nossos lábios num beijo calmo.

Era estranho acordar ao lado de alguém após dois anos de solidão, mas era um estranho bom. Parecia que já a conhecia às vários anos, quando ainda tinha apenas passado alguns meses desde que ela tinha entrado na minha vida.

- Acho que devia ir embora – Sina disse quando nos afastámos.

- Fica – pedi e peguei no meu telemóvel para ver as horas, não era muito tarde e como era sábado não me importei de ficar mais alguns minutos na cama.

- Não sei se será boa ideia. As pessoas vão fazer perguntas e vamos levantar ondas se alguém perceber que dormi aqui – Sina tinha um ponto, as revistas cor de rosa continuavam em cima de nós depois da fotos tiradas na cidade londrina serem publicadas.

- A nossa vida só a nós diz respeito – disse-lhe – Não te preocupes com o que os outros vão dizer e pensar, vamos aproveitar que estamos muito bem aqui. Os dois.

Não deixei que Sina dissesse mais nada, subi sob o seu corpo e obriguei-a a ficar deitada de barriga para cima. Aproximei novamente os nossos rostos e beijei a sua boca, passeado as minhas mãos pelo seu corpo que continuava apenas coberto com a minha t-shirt. Desci as mãos até encontrar a sua zona húmida e deixei que os meus dedos tocassem o local. Mesmo sem muitos toques conseguia ver o prazer que ela sentia, pela forma como mexia as ancas para ter mais contacto com os meus dedos.

- O que queres, Deinert? – a minha voz saiu rouca, não vou negar que também estava envolvido pelo prazer.

- Tu – foi a sua resposta e rapidamente os meus lábios capturaram os seus, ao mesmo tempo que entrei dentro dela. Deixei que o prazer nos consumisse aos dois e Sina entrelaçou as suas pernas na minha cintura, permitindo-me ir mais fundo. Rapidamente senti a sua musculatura contrair-se em torno de mim, e nenhum de nós durou muito mais até atingir o clímax.

Caí na cama e controlei a minha respiração, puxei o seu corpo para o meu e passeei os meus dedos pelo seu braço que rodeava a minha cintura. A sua respiração pesada embatia no meu pescoço e causava cócegas no local.

- Precisamos de um banho e depois disso tenho de ir à farmácia – informei-a porque já era a segunda vez que não usávamos proteção.

Sina anuiu com a cabeça e levantou-se, saí da cama atrás dela, mas antes que chegasse à porta da casa de banho o som do choro da minha filha invadiu a casa. Senti-me mal, ainda não tinha pensado nela desde que tinha acordado.

- Vou ver o que ela precisa – disse e peguei numas calcas de fato de treino para vestir – Toma banho, que eu peço a alguém para te vir trazer algo para vestir.

Saí do quarto sem esperar que ela me respondesse. Em rápidas passadas estava no quarto da minha filha, que se encontrava sentada na cama e lágrimas continuavam a cair em forma de cascata pelo seu rosto.

The Secretary - NOARTWhere stories live. Discover now