Arco 1 - Capítulo 3

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Hagrid agarrou o ombro de Harry e o empurrou até a fila mais próxima, eles ficaram esperando por cerca de 30 minutos até chegar sua vez. Quando chegaram ao caixa, o duende continuou os ignorando enquanto escrevia em um pergaminho, Hagrid limpou a garganta duas vezes para conseguir a atenção do ser. O duende os olhou dos pés a cabeça e fez uma carranca mostrando levemente seus pontudos dentes.

- Como posso ajudá-los?

- Bom dia! Viemos sacar algum dinheiro do cofre do Sr. Harry Potter.
O duende se curvou por cima do balcão e encarou o mago mais jovem com uma sobrancelha arqueada, ele se sentou novamente e perguntou - O senhor tem a chave?

- Tenho em algum lugar - disse Hagrid e começou a esvaziar os bolsos em cima do balcão, tirando pilhas e pilhas de inutilidades, o duende franziu o nariz e Harry se viu fazendo o mesmo. - Achei! - exclamou Hagrid finalmente, mostrando uma chave de ouro.
O duende examinou-a cuidadosamente enquanto Harry franzia o cenho pensativo.

'Por que Hagrid tem a chave para o meu cofre? Isso não deveria estar com ele ou qualquer outra pessoa além de mim, ou meus pais...' ele foi tirado de seus pensamentos pelo caixa falando novamente

- Parece estar em ordem.

- E tenho aqui, também, uma carta do professor Dumbledore - falou Hagrid com ar importante e tirando-a do bolso do casaco, e entregando ao duende, que a leu com atenção.

- Muito bem! Vou mandar alguém levá-los aos dois cofres. Griphook! - o caixa entregou a carta de volta para Hagrid.

E enquanto o gigante guardava a carta e também recolhia todo o seu lixo, quer dizer, objetos dispostos sobre o balcão, Harry sussurrou para o duende:

- Você sabe por que Hagrid tem minha chave? - ele perguntou e o duende arqueou uma sobrancelha fazendo uma carranca, mas logo se aproximou de Harry e sussurrou de volta.

- A chave é sua. Você deveria saber disso.

- Mas eu não sabia. Eu não sabia sobre nada do mundo bruxo até o começo de julho, quando recebi minha carta de Hogwarts. - isso pegou o duende de surpresa, o ser arregalou os olhos levemente, de uma maneira quase cômica em seu rosto apavorante.

Antes que o caixa pudesse responder algo mais, Hagrid terminou de guardar suas coisas e foi até Griphook, Harry o seguindo. O duende guia os levou até uma espécie de caverna gigante, subterrânea com várias tochas nas paredes, havia uma espécie de carrinho de mina nos trilhos que aparentavam circular o lugar. Os três entraram no carrinho e seguiram em alta velocidade até um dos cofres, a viagem era parecida com o Díabus e Harry achou eletrizante, mas podia ver o gigante mais uma vez se segurando para não vomitar.

- Duas viagens dessas seguidas não dá pra mim... - o homem falou curvado, com uma mão no joelho e outra procurando apoio contra uma das colunas de pedra.

Griphook os pediu licença e então colocou a chave dourado em uma porta, ele a girou e a se porta abriu, subindo uma grande quantidade de poeira, 'Com certeza não é aberta há anos, pelo menos uma década' Harry pensou. O garoto se aproximou da entrada de seu cofre, mas antes de entrar, se virou para o meio-gigante e falou:

- Hagrid, por que não vai logo para o seu cofre? Eu não vou demorar aqui.

- Eu não sei-

- Assim poderíamos terminar logo nossos assuntos em Gringotes, e aproveitar o resto do dia para fazermos compras.

O mago mais velho pensou por algum tempo, mas logo concordou com as razões de Harry e foi com o duende para o carrinho mais uma vez. Os dois aceleraram em direção ao outro lado da caverna até estarem fora de vista.

Lorde ApolloOnde histórias criam vida. Descubra agora