Arco 1 - Capítulo 12

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Assim que Voldemort voltou para a casa de Quirrell, ele foi direto para onde o garoto dormia e o examinou. Harry ainda estava profundamente adormecido, quase toda a sua magia havia sido drenada em sua constante luta para se manter vivo na casa de Marge. Voldemort deixou o menino o mais confortável possível, tendo em vista que ele permaneceria apagado por mais algumas horas, e depois foi até a lareira para ir via Flu à mansão Malfoy.

Chegando à mansão, o Lorde das Trevas não esperou muito antes de seguir direto até o escritório do patriarca da família. Lucius quase teve um infarto ao ouvir a porta de seu escritório sendo aberta com força, ele levantou os olhos rapidamente e viu a imponente figura de seu lorde, fumegando de raiva, o julgando. O loiro se levantou de supetão e correu para ficar ajoelhado de frente para Voldemort, o homem de olhos vermelhos assistiu as ações do outro em silêncio e com uma expressão impassível.

- Milorde, o-q... o que o senhor faz aqui? - Malfoy perguntou com a cabeça baixa.

- Um passarinho me contou que você pretendia dar uma de minhas possessões em sua guarda para a menina dos Weasleys. Pode me explicar sobre isso, Lucius?

- Mi-milorde, quem lhe contou isso?!

- Isso não vem ao caso Lucius. Me responda, você ia entregar meu diário para a garota, sim ou não?

- Milorde, eu tinha um plano, um motivo. Arthur tem planejado revistar minha casa há algum tempo, se encontrassem o diário eles iriam-

- Quieto! - Voldemort gritou impaciente e viu o loiro ficar ainda mais tenso do que antes - Você não tem a mínima ideia do que era aquele diário, não é? Tem sorte de que ele não guarda mais o que continha antes, se não, você estaria morto no momento em que entrei por aquela porta. - Lucius engoliu em seco - Apenas me entregue logo o diário e eu vou poupá-lo de uma morte dolorosa.

- Sim milorde, você é muito misericordioso! - Lucius balbuciou enquanto corria para sua mesa.

O loiro pegou sua varinha e começou a pronunciar um pequeno ritual de proteção em uma das gavetas, quebrando o selo que protegia o conteúdo de dentro da mesma. Ele abriu o compartimento, e com cuidado, retirou um pequeno livro de dentro dele. A capa de couro preto gasto e o nome "Tom Marvolo Riddle" em letras douradas, trouxe uma onda de nostalgia ao Lorde das Trevas.

Voldemort pegou seu antigo diário com certa reverência e foleou as páginas em branco. Ele nunca teve tempo para escrever no pequeno livro, mas tinha certeza que um certo garoto adoraria escrever suas aventuras no diário.

Fechando o livro e o guardando no bolso, Voldemort se virou para sair, mas antes, se virou uma última vez para seu anfitrião:

- Lucius?

- Sim, milorde?

- Uma pequena lição, para aprender a nunca dar aos outros o que não é seu - Voldemort levantou sua varinha contra o loiro, que arregalou os olhos sabendo o que viria a seguir - Crucio.

Malfoy caiu ao chão gritando, Voldemort segurou a maldição por poucos segundos e logo soltou e saiu do cômodo. Enquanto saia para o corredor, Voldemort viu uma pequena cabeça loira platinada o observando da curva de um corredor, o homem arqueou uma sobrancelha, mas seguiu em direção a saída da mansão. Porém, antes que pudesse sair, um pequeno corpo se pôs em seu caminho, e mais uma vez, Voldemort olhou na direção do menino que parecia aterrorizado, mas decidido.

- Pequeno Draco, por que está no meu caminho?

- Hm. Hmmm... - o menino não se atrevia a olhar para cima, ele segurava uma carta fortemente entre suas mãos. Draco respirou fundo e estendeu a carta para o homem - Apo- Hm, Harry não respondeu nenhuma de minhas cartas, nem as dos Weasleys ou as de Neville. Estamos preocupados com ele, então... Eu sei que ele planejava trazê-lo de volta, e vejo que conseguiu, se você ainda estiver em contato com ele, por favor, entregue minha carta e diga a ele que seus amigos estão com saudades.

Lorde ApolloWhere stories live. Discover now