Arco 1 - Capítulo 14

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Sirius e Remus aparataram direto para o Largo Grimmauld, № 12, logo após se despedirem de seu afilhado e do amigo dele.

Os dois observavam a grande casa dos Blacks, e Remus apertou o ombro de seu amado enquanto Sirius tentava relaxar sua postura ao olhar sua velha casa. Ele lembrava de quando foi expulso por sua mãe pela sua sexualidade e por ter "desonrado a antiga e nobre casa dos Black" com seus pensamentos a favor de trouxas e nascidos-trouxas.

Respirando fundo, o homem de cabelos longos e pretos, tão parecidos com os de seu afilhado, caminhou até a porta de entrada do lugar. E ao colocar sua mão na maçaneta, ele liberou parte de sua magia para que a casa o reconhecesse. Eles não precisaram esperar muito para que a porta se abrisse e a aura do lugar os cumprimentasse.

A casa era um lugar vivo, assim como Hogwarts, a casa Black havia acolhido gerações e gerações de bruxos dessa família e já possuía certos aspectos que se assemelhavam aos dos antigos moradores. Eles entraram em silêncio e com cuidado, evitando todo e qualquer barulho com medo de que algo pudesse perturbar a aura do lugar.

Passando pelos cômodos da entrada, eles logo notaram que precisariam urgentemente fazer uma limpeza. O lugar estava cheio de artefatos das trevas tanto quanto coberto de poeira, os móveis eram velhos e precisavam de reparos. Era visível que a casa estivera abandonada desde a morte da mãe de Sirius, Walburga Black, que continuou morando sozinha na casa mesmo depois da morte de seu marido e seu filho mais novo, Regulus Black.

Para Sirius aquele lugar parecia assombrado, não só pelas terríveis lembranças que tinha de lá, mas também por sua mãe que morrera nesta mesma casa. Ele quase sentia como se pudesse virar um corredor e dar de cara com a horrenda visão de Walburga com raiva de algo que ele fez, ou como se ele pudesse derrubar algo sem querer e escutar os dolorosamente agudos gritos da mulher atrás de si.

Apenas para se convencer de que estava errado e que a casa estava completamente vazia, Sirius respirou fundo e pegou um valioso vaso que sua mãe deixava sobre uma das mesas da sala de estar. Aquele era o preferido da mulher, ela quase matara Sirius quando o homem era apenas uma criança e sem querer esbarrou no objeto, seu pai precisou protegê-lo das garras de Walburga.

Pegando o vaso decidido, ele girou o objeto nas mãos percebendo cada detalhe do mesmo. Era horrível, tinha pequenas flores de ouro espalhadas por todas as faces do objeto e de fundo era de uma cor azul royal.

Sirius então respirou fundo mais uma vez, e percebendo que estava livre e não escutaria mais as asneiras de sua mãe, soltou objeto de uma vez, que caiu no chão se estilhaçado e causando um barulho altíssimo, assustando Remus que estava examinando o resto do cômodo.

- Siry! O que foi isso?! Você está bem?

- Estou ótimo Rem- - ele não conseguiu terminar a frase e o leve sorriso que tinha no rosto se esvaiu quando escutou um grito feminino muito familiar vindo do corredor. Sirius arregalou os olhos e foi até onde ouvira a voz de sua mãe.

- QUEM OUSA INVADIR A ANTIGA E NOBRE CASA DOS BLACKS?! MALDITOS SANGUES-RUINS NOJENTOS! SAIAM DA MINHA CASA!

A voz de Walburga era alta e ecoava por todo o lugar, Sirius teve medo de que sua mãe ainda estivesse viva e por um segundo se arrependeu de ter quebrado o maldito vaso, mas logo se acalmou mais uma vez ao chegar à fonte da voz e perceber que era apenas um quadro na parede. Ele se aproximou do quadro e viu o rosto jovem de sua mãe que não via há tantos anos. Walburga parou de gritar e esbugalhou os olhos ao perceber quem estava na sua frente.

- Orion? - a mulher perguntou esperançosa, uma cópia de seu marido estava parada a sua frente, mas não poderia ser Orion, ele havia morrido antes dela, então quem...

Lorde ApolloWhere stories live. Discover now