Lorde Apollo

Arco 1 - Capítulo 10

* ESSE CAPÍTULO CONTÉM CENAS EXPLÍCITAS DE TORTURA. FIQUEM AVISADOS *

Depois de meses de pesquisa, ele finalmente descobriu uma solução. Com um grito de alegria, o homem correu para um espelho e tirou seu turbante. Ele sentiu seu mestre acordar, e com entusiasmo anunciou:

- Mestre, finalmente descobri como recuperar seu corpo sem precisarmos ir atrás de suas Horcruxes. Podemos fazer o ritual na semana que vem, quando houver uma lua cheia para aumentar o poder da magia. Iremos utilizar a pedra filosofal como base de sua ressurreição.

- Esplêndido Quirrell. Você foi um servo leal por todo esse tempo, e irei recompensá-lo quando recuperar meu corpo.

- Obrigado milorde!

Voldemort estava realmente contente, depois de quase 11 anos vivendo como um espírito vagante, ele finalmente teria um corpo físico e apenas seu. O garoto realmente estava cumprindo sua promessa, quando conseguisse um novo corpo, ele iria ajudar o garoto em seu caminho para se tornar um grande lorde.

Enquanto isso, no outro lado da Grã-Bretanha, Harry usava toda a sua força de vontade para não explodir e matar aquela mulher. 'Como uma única pessoa pode ser dez vezes pior do que os três Dursleys juntos?' Era o que ele pensava enquanto sentia sua bochecha formigando depois de ser atingida com força pela mão de Marge.

- Você é inútil! Não sabe nem fazer comida direito! Se eu não respeitasse tanto sua tia, teria te jogado no meio da rua para morar na sarjeta! - ela gritou para o menino que olhava para o chão.

- Eu preferiria morar na rua do que continuar aqui...

- O QUE VOCÊ DISSE?!

Antes que o menino pudesse perceber, Marge lançou um soco contra a sua mandíbula que o deixou tonto, mas Harry só viu tudo ficar preto depois que a mulher bateu com sua cabeça contra a parede. O jovem mago acordou algumas horas depois, sua cabeça latejava, e ele podia sentir a horrível sensação de sangue seco na sua nuca.

A incrível habilidade de regeneração de Harry não o abandonou em nenhum momento durante sua estadia com Marge. O garoto se encontrava em um fino colchão no porão da casa, a luz da lua que passava pelas pequenas janelas era a única coisa que o deixava enxergar seu arredor. Harry levantou lentamente e sentiu seu estômago roncar, com um suspiro, ele se forçou a ficar de pé e subiu as escadas do porão para a sala.

Assim que saiu do porão, deu de cara com os cachorros de Marge, mas depois de enfrentar um cérbero, não foi difícil pôr os animais para dormir. Se arrastando até a cozinha, Harry conseguiu roubar algo para comer e sobreviver a mais um dia. As férias com Marge estavam sendo terríveis, e a única coisa que o impedia de matar a mulher, era saber que precisava manter seu histórico limpo para permanecer na escola e para seu padrinho conseguir sua guarda assim que fosse solto.

Harry não conseguiu nenhuma notícia do mundo bruxo, nem mesmo seus amigos lhe enviaram cartas, o que foi bastante inesperado. Mas o menino não perdeu as esperanças de que seria tirado daquela casa logo, logo. Ele rezava para lady Hecate toda noite, pedindo para que ela não o deixasse perder toda a fé na humanidade e para que alguém se lembrasse dele.

Alguns dias depois, Harry se encontrava mais uma vez no porão. Ele admirava a bela lua cheia, enquanto se perguntava se valia a pena tentar levantar para pegar comida, estando com o tornozelo quebrado. Quando de repente, uma dor mil vezes pior que as punições de Vernon e Marge juntos recaiu sobre Harry, e antes que ele pudesse gritar, o mundo ao seu redor despareceu.

Depois da escuridão, veio uma luz cegante, Harry abriu os olhos e suspirou aliviado ao ver uma infinita branquidão ao seu redor. Ainda sentindo seu corpo latejar suavemente, o garoto olhou para todos os lados procurando alguém, mas quando não a encontrou chamou em voz alta: