Arco 1 - Capítulo 13

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Harry acordou desorientado e com enxaqueca, sua cabeça latejava e ele não tinha forças para abrir os olhos. Ele permaneceu deitado no colchão e se atentou ao seu redor, para evitar ser pego desprevenido por Marge. Ele começou sentindo a textura do colchão, parecia bem mais confortável e quente do que antes, também parecia haver um cobertor sobre ele, o que era novidade. Harry se concentrou para levantar sua mão, e a usou para agarrar os lençóis sobre ele.

Percebendo que realmente havia um pano sobre ele, e que ele não parecia estar deitado no lugar de costume, Harry se forçou a abrir um de seus olhos e examinou o lugar. Era um quarto estranho, ele nunca esteve ali antes. Harry abriu os dois olhos assustado e sentou-se de repente na cama, sua cabeça girou e ele sentiu como se fosse vomitar, mas o medo e a adrenalina o deixaram estático.

Devagar, ele desceu da cama e com dificuldade caminhou até um canto do quarto, ali havia um espelho. Harry observou seu reflexo e percebeu que os hematomas em seu corpo e rosto haviam sumido, além disso, uma pequena runa negra havia surgido em seu antebraço esquerdo. Harry examinou a runa, mas não pôde decifrar o que ela significava, ele ainda não havia começado a estudar sobre runas antigas ou nada do tipo.

Mais calmo do que antes, Harry deixou seu reflexo para examinar o cômodo em que estava. Era um quarto comum, porém grande e bastante confortável, não haviam fotos ou nada que desse personalidade ao local, então era de se presumir que fosse um quarto de visitas. Ele caminhou pelo local por alguns momentos, e quando achou que era suficiente, foi até a única outra porta do lugar além da que dava para o banheiro.

Girando a maçaneta, ele saiu para um longo corredor, novamente sem fotos, mas com alguns artefatos mágicos nas paredes e em mesinhas espalhadas pelo local. Os artefatos emanavam magia das trevas, e os pelos da nuca de Harry se eriçavam ao deixar sua magia em contato com a dos objetos. Um mago da luz, provavelmente, teria dificuldades de andar por aquele corredor sem se sentir enjoado, já um mago das trevas ficaria extático com o sabor da magia.

Harry, que era totalmente neutro, estava apenas levemente arrepiado, não era uma sensação ruim, mas também não exatamente boa, simplesmente... era algo. Ele resolveu não questionar muito os efeitos da magia das trevas em si mesmo, e simplesmente seguiu em frente no corredor. Ele foi cuidadoso em todos os seus movimentos, sempre olhando bem onde encostava e escutando atentamente a todos os sons do ambiente.

Chegando ao fim do corredor, ele percebeu que estava chegando a uma sala de estar, o fogo da lareira estava aceso, e era possível ouvir o estalo da madeira em chamas. Harry se pôs contra a parede, e com cuidado, examinou o local; observando os sofás, as várias estantes de livros, a mesa de centro cheia de papéis, livros e um jogo de chá, havia a lareira que emanava luz e calor ao lugar. E não menos importante, havia um homem alto e belo no centro de tudo isso, sentado em uma poltrona perto da lareira, lendo um livro.

Harry sabia que já havia visto aquele homem antes, mas ele não conseguia se lembrar onde. O rosto lhe era familiar, a pele clara, o cabelo ondulado e escuro, o rosto aristocrático, mas apenas quando o homem levantou os olhos do livro e olhou para ele, Harry percebeu quem era.

- Voldemort. - ele cumprimentou o homem de olhos escarlate.

- Apollo. - Voldemort cumprimentou de volta e fechou seu livro. Ele se levantou com leveza e caminhou até o menino - Está se sentindo melhor? Sua magia estava quase esgotada, e você estava severamente machucado.

- Eu sei, me sinto melhor agora. Só que... eu não me lembro de nada do que aconteceu depois que eu apaguei de manhã, me lembro de estar limpando o corredor da casa de Marge, e então... acordei aqui.

- Você não lembra de nada? - Voldemort perguntou arqueando uma sobrancelha. O menino respondeu acenando a cabeça negativamente - Bem, depois que você apagou, sua magia assumiu seu lugar e seu corpo entrou em um modo automático de luta. Quando cheguei à casa daquela trouxa para te buscar, você a estava torturando e não me respondia quando eu o chamava, era como se estivesse em transe. Precisei tirar sua visão da mulher e chamá-lo por seu nome escolhido para que me ouvisse.

Lorde ApolloOnde histórias criam vida. Descubra agora