[9] first sign

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Nayeon odiava Jiwon com todas as forças que corroíam a sua alma e o seu coração.

E quando ambos se casaram, ele mal olhou para ela, e Nayeon preferia que ele não olhasse, que ele não chegasse nem um metro perto dela, ela preferia que mil espadas perfurarem seu corpo a ter que se deitar com ele.

Mas pela graça dos deuses e das deusas, Park Jiwon de fato não se aproximou dela por meses, e isso só causava alívio ao seu coração que tanto sentia ódio e rancor por aquele alfa.

Aquela família massacrou a sua, invadiu o seu território ao Norte de Woodvale e por muito tempo ela achou que teriam matado até mesmo a pessoa mais importante da sua vida... seu irmão mais novo.

Não havia como Nayeon conseguir olhar nos olhos do alfa que foi forçado a ser seu marido... o homem que ela era obrigada a dividir o nome e o título de rainha. Um título que só causava repugnância a ela.

Desde que se casou com ele, não passou um único dia em que ela se sentisse segura naquele lugar, não passou um único dia em que ela não olhasse para a porta de seu quarto que era conectado ao dele, tremendo de medo, porque ele podia entrar e consumar aquele casamento por bem ou por mal, simplesmente porque ele podia.

Haviam se encontrado durante alguns jantares importantes, nos bailes e durante algumas comemorações. Ela segurava a mão dele e sorria para todos, porque foi isso o que aprendera desde muito nova: fingir estar bem, fingir estar feliz, fingir e fingir mais e mais.

Mas durante algumas dessas noites, Jiwon passou a olhá-la mais, passou a tocar suas mãos e seus braços e passou a emanar o seu cheiro e os seus feromônios com mais frequência.

Algo que os ômegas não podiam evitar era o instinto e a atração, e era raro que ela sentisse tanta atração por alguém, não era qualquer alfa que atingia tanto os seus instintos quanto aquele alfa odioso que era lindo e cruel como o pior dos demônios.

Sempre que Nayeon sentia os olhos aquilinos e devastadores dele sobre ela, a garota mantinha-se rígida ao seu lado, mantinha o máximo de compostura que conseguia. E por mais que seu tremor não fosse possível de ser escondido, ela realmente tentava escondê-lo.

Controlava os seus instintos, seus feromônios e seu cheiro, tentava ao máximo controlar as batidas de seu coração, porque tudo o que ela mais temia em sua vida era se apaixonar pelo homem que devastou a sua família e quase conseguiu matar seu irmão.

Aquilo seria imperdoável.

Nada no mundo traria mais dor a ela, do que se apaixonar por Park Jiwon.

Porém... tudo começou dois meses após o casamento, quando ela foi obrigada a dividir o quarto com ele.

Nayeon havia passado a tarde toda com os ômegas lordes e ladies mais proeminentes do reino, tomando chá com bolachas e bolo, conversando sobre seus alfas e sobre suas futuras sonhadas gravidezes. E ela sentiu-se extremamente melancólica com aquela conversa.

No final daquela tarde, não esperava que todas as suas camareiras tivessem levado seus pertences para os aposentos de Jiwon.

Não havia sido totalmente estranho, não era como se ela não tivesse notado que ele a olhava com mais atenção e o cheiro dele estivesse muito mais forte quando ela chegava por perto. Mas foi apavorante, se sentar naquela cama e esperá-lo chegar havia sido uma experiência completamente aterrorizante.

A ômega sabia muito bem que aquilo iria acabar ocorrendo mais cedo ou mais tarde, porque um rei precisava de herdeiros e por melhores que fossem os prostitutos e prostitutas que ele deveria se deitar todas as noites, um rei têm o interesse óbvio de ter filhos somente de seu cônjuge. Filhotes legítimos de uma união importante e real, que só poderia beneficiá-lo no futuro.

Woodvale • Jikook [abo]Onde histórias criam vida. Descubra agora