Woodvale • Jikook [abo]

[15] you are mine and i am yours

Jeon encarou firmemente o bilhete em suas mãos.

"Passada a sua quinzena com Park Jimin, como prometido entre as duas partes, espero meu estimado irmão de volta ao Sul intacto, onde o mesmo deve permanecer junto ao seu marido e filho. Caso o contrário, entenderei como aprisionamento de refém. Como combinado anteriormente, libere a ponte para meus soldados.

Mas caso o queira tanto assim, há muito o que você pode me oferecer em troca. Acontece que meu doce irmãozinho é caro, saiba que pedirei muito em troca dele. Pense com cuidado.

Park Jiwon, O Verdadeiro Rei do Sul."

Assim que terminou de ler, Jungkook amassou o pequeno bilhete em sua mão, mas de nenhuma maneira o jogaria fora.

Samwell, que rígido ao lado da lareira como uma muralha, com suas duas mãos às costas, apenas observou a ação do Rei do Norte em silêncio antes de dizer:

—Sua majestade estava correto com suas suspeitas anteriores, soldados do Sul se instalaram em uma aldeia diante da fronteira. —Disse, observando o olhar escuro do alfa lúpus olhando para ele. —Mas há uma bandeira branca estendida, e o próprio Kim Taehyung informou ao nosso mensageiro que ele está disposto a conversar com sua alteza em seus próprios termos.

O olhar sombrio de Jungkook se tornou em uma risada sinistra e incrédula.

—Conversar? —Ele arqueou as sobrancelhas escuras e levantou sua espada lendária, ceifadora de almas, a lâmina brilhou sob as luzes dos candelabros. —Amanhã antes do amanhecer eu terei sua cabeça na ponta da minha espada!

—Senhor, acha mesmo uma boa ideia ir em busca da cabeça de alguém importante em meio a uma reunião cheia de aliados? —Sam perguntou, receoso. —O castelo está cheio.

Os olhos do alfa queimaram sobre seu subordinado.

—Kim Taehyung está em meu território, os termos são meus, e nos meus termos sou eu quem decido que arrancarei a sua cabeça antes do amanhecer! —Afirmou com uma verocidade que não deixava dúvidas ou questionamentos. —Reúna vinte dos meus melhores homens e mande todos se prepararem!

Sabendo que não teria como rebater mais o seu rei, Sam apenas assentiu e se curvou respeitosamente, retirando-se da sala.

Jungkook jamais admitira seus verdadeiros pecados mortais. Aqueles pecados que o tornavam tão humano, tão real como qualquer um de seus subordinados, a verdade sobre o seu ciúme e sua indignação misturadas em vários sentimentos horríveis corroendo seu peito. Ele queria matar Park Jiwon. Queria matar Kim Taehyung. Queria matar todos que fossem uma ameaça para tudo o que desejava tão profundamente ter com Park Jimin.

Não havia como fugir do seu destino, e não havia como desistir do que ele queria. Tão pouco se importava com o quão cruel podia ser os seus propósitos, ele sabia melhor do que qualquer um que não era um herói e sequer tinha a pretensão de ser. Seu lobo sabia quem eram seus inimigos.

O rei do Norte passou boa parte da noite concluindo algumas transações políticas em sua sala escura, e então, um soldado veio até ele informar que após o brunch, o príncipe Park e o ômega Lee haviam entrado em um ridículo confronto físico e verbal, resultando em tapas e arranhões que pararam o salão de festas inteiro com seus gritos.

"Mas que porra..." Ele pensou, revirando os olhos totalmente frustrado. Enquanto andava pelo salão observando a multidão em polvorosa, ele só conseguia pensar que haviam muitas coisas estúpidas no mundo, mas aquilo era demais para ele aguentar.

Jungkook estava preocupado com um milhão de coisas. Tinha uma guerra para vencer e seu filhote nas mãos de inimigos, nada poderia soar mais tolo aos seus ouvidos do que aquela briga infantil.