My Dear Neighbour - Kim Jonghyun

Capítulo 29 - False God

(Música desse capítulo)

21 de janeiro.

Levemente retiro os fios molhados da testa de Jonghyun, meu toque frio o faz suspirar enquanto dorme profundamente. Meu queixo repousa sobre seu peitoral firme e descoberto, as batidas do meu coração são quase audíveis à medida que contemplo a presença do homem ali ao meu lado. Era tão bom estar ali com ele daquela forma; sem roupa, descansando após o sexo de reconciliação.

Só conseguia pensar no quanto Jjong tinha tomado um papel tão importante na minha vida, a maneira como meu coração afundava se estamos afastados e a forma que ele preenche u o vazio do meu coração. Estar longe durante esse tempo em que ele esteve na Coréia só me serviu para mostrar que eu queria tê-lo ao meu lado por um bastante tempo.

Ele dorme tão despreocupadamente que me arrisco a sair de seus braços devagar, na tentativa de não interromper seu sono. Com jeitinho, consigo deslizar para a beira da cama, Jonghyun se movimenta, mas logo se vira para o outro lado e permanece dormindo.

Procuro meu roupão que fora jogado no chão durante o caminho para a cama, busco também uma toalha para ir ao banheiro tomar um banho rápido. E após pegar o que precisava, busco meu celular na mesa de cabeceira, checo as horas e passavam das 02:00 da manhã. Passo a mão sobre meu rosto e vou rumo ao banheiro.

(...)

Após o banho, meu corpo tinha despertado e nenhum sinal de sono se fazia presente. Para não acordar meu namorado, vou para sala ainda com a toalha enrolada em meus cabelos e com meu roupão de cetim cor de rosa, sento-me sobre o sofá; estendo minhas pernas sobre a mesa de centro e decido verificar minhas redes sociais.

Ao desbloquear a tela, noto que tinham algumas mensagens não lidas e então toco sobre o aplicativo de mensagens para visualizar.

A mais recente era de Minho. As outras era de Tracy, Matthew e por último Kibum.

Ver a mensagem de Minho me deixa um pouco receosa. As coisas entre nós estavam digamos que, "estranhas", desde o ano novo. Naquele dia em especifico toda a situação foi esquisita, mas não permiti que me beijasse naquela noite.

Veja, eu amava Jonghyun.

Amava muito mesmo.

Porém naquela ocasião, Minho fez algo despertar algo em mim. Um sentimento de confusão fez surgir o questionamento: será que eu amava Jonghyun o bastante? Digo, será que eu deveria estar sentindo o que eu estava por Minho, uma vez que eu amo meu namorado?

Estava pensativa sobre isso desde então. Não havia contado para absolutamente ninguém sobre o ocorrido no ano novo, porém durantes os dias que sucederam esse momento eu pensei bastante sobre isso.

De vez em quando eu me pegava pensando na forma como Minho me olhava naquela noite, o quão próximo ele estava de mim e como eu tinha desejado provar seus lábios mais uma vez. Uma pequena parte de mim desejava ter permitido que ele me beijasse, sem ao menos me importar com as consequências depois.

Uma pequena parte.

Tinha evitado pensar sobre essas suposições. E desde que Jonghyun tinha voltado de viagem, esses pensamentos tinham se dissipado por um momento. Entretanto, naquela mesma noite antes de sair do meu quarto, Minho deixou claro:

— Nós não acabamos aqui, Victoria. Eu sei disso.

Disse antes de fechar a porta do quarto na casa de Kibum. Aquela frase ecoava na minha cabeça de vez em quando. Ele parecia tão seguro e demonstrava bastante certeza do que falava.