My Dear Neighbour - Kim Jonghyun

Capítulo 14 - Get On your Knees

Obs: Capítulo com cenas +18.

— Não vai em convidar para entrar, Vivi? — Minho diz ainda dentro do carro, seu sorriso parecia ainda mais bonito do que eu me lembrava. Sinto meu coração afundar ainda mais dentro de mim.

— C-claro que sim. — Digo para o homem, que antes de sair de dentro do veículo, tira do banco de trás, uma caixa na cor vermelha, mas ele parece se dar conta que está chovendo e a chuva poderia danificar seja lá o que estivesse na caixa então opta por deixa-la no banco mesmo.

Eu estava a um ponto de vomitar de tão nervosa que estava. Vários sentimentos me atingindo de forma diferente. Eu tinha que ser honesta com ele, de uma vez por todas! E teria que ser naquele dia, sem mais rodeios. Por mais que eu e Minho não tivéssemos uma relação sórdida, nossos saímos por diversas vezes, nos envolvemos de várias formas e eu tinha por dever não criar mais ilusões. Por mais que me doesse ter que feri-lo dessa forma, logo ele que foi incrivelmente amoroso e afetuoso comigo quando mais precisei.

Minho interrompe meus pensamentos ao pegar-me totalmente de surpresa, beijando meus lábios em um selinho demorado. Em meio a chuva, ele segura meu rosto com uma mão e com a outra envolve minha cintura, me deixando colada a seu corpo musculoso. Fecho meus olhos apreciando o que provavelmente é o último beijo. repentinamente sinto que devo apreciar esse momento com ele, antes de...antes dele me odiar.

Desgrudo nossos lábios e o abraço com força, afundo minha cabeça em seu peito e ele beija meus cabelos levemente molhados ao mesmo tempo que me envolve da mesma forma que eu o faço.

— Também senti sua falta. — Sua voz aveludada fala baixo.

Permanecemos abraçados por alguns segundos, embaixo da chuva pois no meio do processo eu o abaixei, deixando a chuva nos molhar. Uma cena que seria um tanto fofa, se não fosse pelo o que viria a seguir.

— Vamos subir? — o chamo para meu apartamento e ele assente com a cabeça. Suas mãos buscam as minhas quando nos separamos do abraço.

Rapidamente passamos pela a guarita do prédio. Aceno para Senhor Peter, como faço sempre. Caminho lado a lado com Minho até o elevador para meu andar. Meus pensamentos não param de me rondar, penso em tudo que vou dizer e na forma que o farei. A cada palavra, sinto meu peito afundar-se e o nervosismo me envolver. O homem parece notar, vira-se para mim enquanto aguardamos que o elevador chegue.

— Aconteceu alguma coisa?

Digamos que irá, pensei.

— Não. — Sorrio sem graça antes de entramos na cabine metálica. Tateio o botão do sexto andar, apoio-me em um dos cantos da cabine, encarando Minho que parece desconfiado das minhas atitudes. O que não era de se espantar.

Ele encosta-se ao meu lado, deitando sua cabeça sobre a minha. Seu cheiro agradável adentrando minhas narinas é reconfortante e seria uma das coisas que eu mais sentiria falta quando se tratava do lindo e galanteador Choi Minho.

Poucos segundos são necessários até chegarmos ao destino indicado. Ao sair do elevador, o moreno segura minha mão, entrelaçando nossos dedos. Engulo em seco, continuando nosso caminho até a porta do meu apartamento. Busco a chave no bolso da minha bolsa, rapidamente seleciono a chave correta e destranco a porta.

— Entre! — Faço um sinal para que Minho venha comigo.

Sem pressa, ele atravessa a porta assim que eu passo pela a mesma, jogo minha bolsa sobre a mesa de centro e o casaco molhado coloco sobre o braço do sofá. Minho desfaz o cadarço das suas botas, as deixando na entrada. Mais uma vez me sinto extremamente receosa. Busco coragem para tomar alguma atitude antes que tente algo a mais comigo.