Ao me deparar com Jonghyun me separo de Minho, o afastando com minhas mãos. O rapaz moreno não entende minha reação, Jonghyun nos encara ainda parado na porta de entrada.
— Sã e salva, hyung. — Diz Minho batendo em seu ombro, Jonghyun lança um olhar sarcástico para Minho, mas não olha para mim.
— Não sou nenhuma criança, Ok? — Digo e Minho ri. Jjong também, mas ele parece abalado. O que estava acontecendo aqui?
—Eu sei. Então meu dever estar cumprindo. — Minho bate continência, em seguida dá um beijo em minha testa. — Até mais, Vivi.
—Quem disse que pode me chamar de Vivi? —Questiono colocando as mãos na cintura.
— Não vai entrar Minho?— Jonghyun quebra o silêncio e o clima bom entre nós.
—Não, não. Ainda tenho coisas a fazer. Depois nos falamos Jjong-ssi. — Minho abraça Jonghyun que dá umas tapinhas em suas costas.
Após abraçar o amigo, o garoto alto e moreno caminha em direção ao elevador, mas antes de ir para no meio do caminho.
—Meu número está no bolso da sua calça antes que pergunte. — Diz todo cheio de si apontando para mim e eu não consigo evitar sorrir e acenar para ele que corre para entrar no elevador quando chega. Ele entra e as portas se fecham, e eu estou ali parada. Sem ter coragem de olhar para o homem atrás de mim.
Preferia não ter me virado. Jonghyun estava encostado à porta ainda, seu olhar parece distante. Pela a primeira vez não carregava um sorriso no rosto quando me vê, pelo contrário, sua expressão é indecifrável. Encaramo-nos por alguns segundos, noto que minha bolsa está em sua mão.
– Como achou minha bolsa? — Quebro aquela barreira silenciosa entre nós.
—Você deixou no bar da Boate. Achei prudente trazer comigo visto que eu não sabia onde você estava. — Ele me responde frio. Entrega-me a bolsa e dá de costas entrando no apartamento. Eu venho atrás.
Até estava com saudade do meu lugarzinho. Não era tão grande e bem decorado quanto o ap de Mark e Key, mas eu gostava dali. Fecho a porta atrás de mim e procuro por Jonghyun que sumiu da minha vista. Noto papéis e cartas em cima do sofá, seu notebook na mesa de centro também com papéis e algumas partituras. Tento controlar minha curiosidade para saber o que seria aquela papelada.
Tiro minhas botas dos pés e as deixo próximo à entrada onde tinha também um chinelo de Jonghyun. Caminho ate o sofá e coloco minha bolsa, Jjong surge da cozinha com um copo de suco que eu não consigo identificar do que seja.
—Me desculpe pelos os papéis, vou tira-los dai. — Sua voz é comedida, como se ele estivesse escondendo seus reais sentimentos.
— Não se preocupe. Tem alguma carta para mim? — Pergunto apontando para as cartas.
—São só algumas contas e algumas correspondências para mim. — Ele dá um gole no seu suco e tenta não olhar para mim. Sua frieza estava me matando. O que eu fiz?
— Ok. — Afasto alguns papéis e me sento no sofá, ele encosta-se ao balcão que divide a sala da cozinha. Tento puxar assunto e descobrir por que ele foi embora da balada. — Por que você foi embora? Tipo, do nada?
Ele ri, mas sua risada parece quase de escárnio. Olha para cima e põe as mãos na sua bermuda que complementava com sua camisa de mangas longa branca.
—Não estava a fim de estar ali. Simples. — Sua expressão ainda parece bem longe dali, perdido em seus próprios pensamentos. Ele não estava facilitando. Estava magoado comigo? Era isso?
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My Dear Neighbour - Kim Jonghyun
FanfictionEla, desiludida com o amor. Ele, romântico irrefutável. O que o destino reserva para eles? Dividir um apartamento! Mas quem vai cair na tentação é ceder aos encantos do outro primeiro? Parece que morar a dois será mais difícil do que você pode imagi...