Capítulo 76 :

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CARLA

É estranho acordar e saber que não tenho mais um emprego. Sinto uma tristeza tão grande! Penso em me vestir e ir até seu escritório, mas não estou em condições. Me sinto péssima, não estou bem para pegar um ônibus, metrô, parece que fui atropelada por um caminhão. Passei a manhã toda deitada, só saí do quarto para beber água. Estou cochilando, quando ouço a voz da minha avó.





Helena: Oi, meu bem, sua mãe me disse que você não está muito bem! — ela diz da porta. — Você está sentindo enjoos? — A olha surpresa com a pergunta.




Carla: Não, vovó. Mas, já estou melhor. — Me sento na cama.




Helena: Eu passava muito mal quando estava grávida de sua mãe. — Arregalo meus olhos.




Carla: Vovó, eu não estou grávida, são cólicas — falo enfática.




Helena: Não precisa esconder isso da sua avó, eu imaginava que isso iria acontecer, do jeito que vocês dois passaram aquela noite...  — Ela revira seus olhos. — Ele irá se casar com você, não? Se não casar, acabo com a raça dele! Sou velha, mas ainda guardo a arma de seu avô, vou resolver isso na bala, minha neta, deixe comigo!




Coloco minha mão na cabeça. Meu Deus, é muita confusão para a vida de uma mulher só. Deve ser por isso que nunca tive muita sorte no amor, essas três não deixam.




Carla: Vovó, esquece isso, não estou grávida! — Me levanto e sigo para o banheiro. — Acho que depois dessa história, vou vomitar de verdade.





Termino de me vestir e me olho no espelho. Coloquei apenas uma calça jeans e uma blusinha de malha branca. Se existe algo de bom em tudo isso, é que emagreci, constato ao sentir a calça dançando um pouco em meus quadris e coxas. Pego um blazer preto e o coloco para disfarçar meus seios, respiro fundo e sigo para o elevador.




Carla: Tchau, mãe, até mais tarde — falo da porta.




Mara: Você não esqueceu de colocar o seu remédio na bolsa, Carla? — ela diz preocupada.




Carla: Não, estou levando o kit primeiros socorros. — Tento fazer um pouco de humor.





Mara: Vá com Deus, meu amor. — Aceno do corredor e entro no elevador.




Levei quase duas horas para chegar ao escritório do Arthur, entro na recepção e não consigo disfarçar o ódio que sinto pela Karen. Ela também não gosta de mim, então apenas ignoramos uma a outra. Sigo até o departamento de Recursos Humanos, cumprimento alguns advogados que encontro no caminho. Paro no balcão de atendimento, o gerente se levanta rapidamente e vem ao meu encontro. Parece até que ele estava esperando por mim.




Carla: Olá, boa tarde! — falo um pouco nervosa. — Eu já conversei com o Doutor Arthur sobre isso, eu gostaria apenas de entregar minha carta de demissão. — Entrego para ele o envelope.




Ferreira: Ah, claro! — ele diz estranho. — Só um momento, Carla, me aguarde um minuto.  — Ele segue até sua mesa, pega seu telefone e faz uma ligação.




Ele deve estar avisando o Arthur, meu coração dispara, eu não quero vê-lo, preciso ir embora. Aguardo ansiosa seu retorno.




Ferreira: Você me acompanha, Carla? Preciso conversar com você sobre seu desligamento. — Ele pega em meu braço e me encaminha ao longo do corredor, abre uma sala e entramos. — Sente-se, Carla. Você quer beber alguma coisa, chá, café, suco?




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