Capítulo 138 :

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ARTHUR

Me deito junto a Carla, mas o sono não vem, o incidente no cruzamento me assustou demais. O impacto, caso aquele carro nos acertasse, poderia ter consequências que não gosto de pensar. Me aconchego mais ao corpo da Carla, acaricio sua barriga, nossos filhos, e um gelado percorre minha espinha e me causa um arrepio pelo corpo.




Sim, um acidente como esse poderia matá-la, o carro acertaria do seu lado, foi por pouco, muito pouco. Foi apenas o tempo de eu frear e virar o volante bruscamente, o tirando da rota do carro que vinha com toda a velocidade em nossa direção, parecendo querer nos acertar. Engulo minha saliva, um mal-estar no peito, um medo grande, um mau pressentimento.




Tenho certeza que olhei para todos os lados, sou cuidadoso quando dirijo, não abuso da velocidade, principalmente agora que ando com a Carla no carro. Aquele carro apareceu do nada, como que estivesse esperando por nós. Eu sei, isso é loucura, mas estou assombrado com o ocorrido. Ninguém em seu juízo perfeito dirige daquele jeito em ruas tranquilas de um bairro onde só existem prédios residenciais. Nunca passei por um incidente como esse.




Beijo os cabelos da minha deusa, um sentimento forte no peito, um amor que me inunda por dentro, a Carla passou a ser minha vida, e eu não suportaria se algo de ruim acontecesse a ela. Fecho os olhos, e tento acalmar meu coração. Nada acontecerá a ela e aos nossos bebês, redobrarei meus cuidados, e apenas para acalmar meu coração, evitarei nossas saídas noturnas, ela está prestes a ganhar os bebês, precisamos ficar mais em casa, é isso!

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Me levanto antes da Carla, sigo para o banheiro, tomo um banho demorado, me sinto como se não tivesse dormido nada. A tensão do incidente me deixou agitado, minha mente ferveu a noite inteira, revivendo o momento, mas não foi só isso. Fecho os olhos, tive um sonho horrível, um acidente, a Carla, os bebês... Existem sonhos que a gente não quer lembrar, quer deletar do cérebro, e este é um. Fiquei impressionado e preocupado, e isso se refletiu em meu sono, sonhei muito, sonhei com acidente.




A porta do banheiro abre, e a Carla entra, descabelada, mal-humorada, e com uma cara que dá medo. Sim, só amando muito para suportar os meandros de um relacionamento, de um casamento, mas eu amo desse jeito, e não me importo de vê-la em suas diversas facetas.




Arthur: Bom dia, Carlinha! — Ela resmunga escovando os dentes. — Estou achando que você está de mau humor, será que estou certo? — Brinco com ela, quanto mais a irrito, mas nervosa ela fica, e isso é bem engraçado.




Ela termina de escovar os dentes, tira sua camisola e entra no box. Nenhuma palavra, ela está "atacada" hoje!




Carla: Nem um beijinho no seu maridinho? — Puxo seu rosto para ela me olhar, mas seu olhar não é dos melhores.



Carla: Me deixe alguns minutos calada, Thur! — finalmente ela responde.




Arthur: Puts, Carlinha, por um momento achei que você havia engolido sua língua! — Dou risada sozinho, ela só girou os olhos. Termino meu banho. — Bom, como você não quer conversar comigo, vou sair do box. — Finjo estar magoado, então ela me puxa para junto dela.




Carla: Só um beijinho de bom dia! — ela diz com um meio sorriso no rosto. Seguro seu rosto entre minhas mãos e dou um beijo demorado nela. Volto a olhá-la.




Arthur: E aí, melhorou o humor? — Brinco.




Carla: Um pouco. — Ela entra embaixo da ducha. — Dormir mal, você e esses bebês não me deixaram dormir direito — ela reclama.




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