Capítulo 121 :

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CARLA

Como todos os dias, me levanto com o estômago embrulhado. Agora eu sempre acordo estragada, pareço àqueles alcoólatras que bebem demais, e no dia seguinte estão acabados. Sigo para o banheiro apressada, e me viro do avesso no vaso sanitário. Depois de alguns minutos, estou de banho tomado, colocando uma roupa, mas uma nova tontura me faz voltar para a cama.




Estou péssima! Acho que abusei ontem, comi muitas porcarias com a Carol. Finalmente consigo terminar de me vestir, pego minha bolsa e sigo para o corredor dos quartos, abro a porta e dou de cara com o Arthur.




Carla: Bom dia! — falo sem graça, meu bom humor foi embora e só sobraram náuseas e mal-estar.




Arthur: Bom dia! — Ele olha para mim rapidamente, parece aborrecido comigo, mas logo segue pelo corredor.




Sigo vagarosamente, a sensação de torpor aumenta, me amparo na parede, coloco minha mão na testa e espero passar. Estou de olhos fechados, e então sinto braços ao redor do meu corpo.



Arthur: O que você está sentindo, Carla? — Sua voz grossa e poderosa invade meus ouvidos.




Carla: Um mal-estar, uma vontade de desmaiar. — O mal-estar piora, minhas mãos ficam úmidas e geladas. — Arthur, eu preciso me deitar. — Já estou quase desfalecendo quando seus braços me levantam do chão e me deitam rapidamente.




Arthur: Respira fundo, Carla! — Sua voz vem até mim baixa.




Tento fazer o que ele disse, puxo o ar uma, duas, três vezes, e então começo a voltar vagarosamente de meu quase desmaio. Sinto sua mão acariciando meu rosto, meu cabelo...




Arthur: Você está melhor, Carla? — Abro meus olhos e encontro os dele, ele parece preocupado.




Carla: Melhorei um pouco! — minha voz sai fraca, ainda sinto um pouco de fraqueza.



Arthur: Você comeu direito ontem? — Ele enruga sua testa.




Carla: Mais ou menos — sussurro. — Tenho sentido muitos enjoos, está meio difícil comer.




Ele me encara por alguns segundos e então me beija, profundo, apaixonado. Sinto um torpor, mas agora é de amor. Finalmente paramos de nos beijar, o abraço forte, preciso dele, de sua força, de sua segurança. Não sou mais nada sem o Arthur. Aí eu lembro que preciso contar pra ele que estou grávida de trigêmeos.




Carla: Oh, Thur, eu preciso tanto de você! — falo me sentindo frágil, insegura, talvez por causa da gravidez.




Arthur: Carlinha, nunca mais faça o que fez ontem! Eu quase morri de preocupação e de raiva de você — ele diz com sua cara de bravo.




Carla: Eu me senti usada ontem! Você transou comigo e depois me descartou, como se eu fosse uma puta! — Meus olhos enchem de lágrimas.




Arthur: Não é verdade. Eu amo você, Carla! Eu nunca te trataria desta forma, eu só estou magoado com você, caramba! — Ele se afasta um pouco, esfrega seu rosto.



Carla: Eu também estou magoada com você. Você me chamou de golpista, mas eu te amo acima de tudo, quero me acertar com você, só por isso ainda estou aqui! Se você acha que preciso de você para ter meus bebês, você está enganado, eu sei me virar sozinha, não morrerei de fome — falo com a voz embargada.





Arthur: Você disse bebês? No plural? — Ele me pergunta pálido, olhando para minha barriga. Parece que vai desmaiar!






Carla: Arthur, eu estou grávida de trigêmeos — digo com a voz embargada. Ele se levanta e se afasta de mim como se eu tivesse uma doença contagiosa.





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