Capítulo 117 :

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Acordo do meu cochilo, Arthur abre a porta do passageiro e fala secamente:




Arthur: Você vai sozinha ou preciso te carregar? — Empurro-o com raiva, desço do carro e lembro que estou descalça.




Carla: Merda! — esbravejo. Resolvo caminhar assim mesmo, mas ele me pega no colo.




Arthur: Esse chão é muito sujo! — ele diz em um sussurro.




Enquanto ele caminha comigo, passo meus braços timidamente pelo se pescoço, ele me olha de relance, mas sua expressão é impassível, fria e distante. A porta do elevador abre em sua casa, ele me coloca no chão, o Dummy vem feliz me receber, mas ele me chama enérgico.



Arthur: Suba comigo! — seu tom de voz sai áspero.




O acompanho como um autômato. Finalmente chegamos ao andar de cima, ele para em frente a uma porta e a abre.



Arthur: Aqui será o seu quarto. A Josalice já trouxe suas coisas para cá.




O olho com tristeza. É assim que ele me quer aqui, como uma hóspede?



Carla: E se eu não quiser ficar? — Ele me olha longamente.




Arthur: Você não tem para onde ir, não percebeu que sua mãe se livrou de tudo que é seu? É aqui que você irá ficar, Carla, arque com as consequências dos seus atos.  — Ele passa por mim, deixando apenas o rastro do seu perfume que tanto adoro.




Passado alguns minutos de entorpecimento, resolvo entrar no quarto, ou prisão. Parece que ele arrumou uma aliada poderosa para se vingar de mim, minha mãe. Me surpreendo com a delicadeza do ambiente. Uma colcha de matelassê rosa enfeita a cama, tem um jarro de flores do campo sobre uma mesinha lateral e um perfume delicado exala das roupas de cama. Passo meus dedos pela colcha, e então vejo uma bandeja com meu café da manhã.




Carla: É uma prisão de primeira classe! — falo para mim mesma.




Tiro a temperatura do bule, ainda está quente, parece até que ele avisou a Jô que estava chegando com sua prisioneira. Como não tem muito o que se fazer, resolvo tomar um café da manhã, e por fim, me deito nos lençóis branquinhos e cheirosos. Eu sei que nem tudo é perfeito, mas só dele ter me buscado, me causa certa alegria. Pode demorar, mas eu sei que ele irá me perdoar. Sorrio com essa constatação e adormeço.





Para meu primeiro dia de prisão até que não está tão ruim. Finalmente me levanto, sigo para o banheiro, tomo um banho demorado, admiro minha barriga inexistente, e depois de me trocar, resolvo descobrir o que o Arthur está fazendo. O procuro pela casa e nada. Por fim me sento na área externa e tomo um pouco de sol na companhia do Dummy.




Não vou mentir e dizer que está tudo bem. Não está, mas preciso me redimir do que fiz, da minha atitude, e só por isso estou me comportando e esperando com paciência que ele volte sei lá de onde. Finalmente meu saco enche e resolvo entrar. Ouço barulho na cozinha, sigo vagarosamente e então o vejo entretido fazendo uma salada.



Carla: Oi! Onde você estava? — Ele me olha sobre o ombro.




Arthur: No escritório! — ele diz secamente. Verdade, esse foi o único lugar que não olhei.




Carla: Quer ajuda? — pergunto mansa como um cordeiro.



Arthur: Não, estou fazendo meu almoço. Como aqui não é hotel, você precisa mexer seu traseiro e preparar a sua comida!



O Advogado Irresistível 🤤Where stories live. Discover now