Capítulo 97 :

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PRISCILA

Flashback on.......

Folheio as páginas de um antigo álbum de família. As fotos são da época em que eu tinha aproximadamente 17 anos. Era aniversário de meu pai, nossa mansão estava cheia de seus amigos importantes. O pai do Arthur era um deles, visto que os dois são velhos amigos. Aliás, na maioria dos nossos eventos eu esperava ansiosa a chegada da família Picoli, na verdade, o único que me interessava era o Arthur.




Passo meus dedos pelo homem da minha vida, o Arthur. Na época ele devia ter 30 anos, já havia se tornado um advogado de sucesso, e nem me notava. Mas eu já alimentava naquela época sonhos de um dia me casar com ele. Me lembro que naquele dia tentei ser notada dando um banho de vinho tinto nele, mas só consegui levar uma bronca do meu pai, e um olhar assassino de sua então namorada. Ele sempre estava acompanhado de alguma piranha, cada evento era uma, e cada uma mais linda que a outra.




Olho para a loira biscate ao seu lado, e unho a foto com raiva. Penso na tal Carla e no ódio assassino que sinto por ela. Em nosso último encontro tive vontade de matá-la, e apesar de tê-la unhado inteira, a desgraçada acabou com meu cabelo, ela tirou tufos inteiros, e até pouco tempo eu ainda sentia dores em meu couro cabeludo. A porta do meu quarto abre e vejo minha mãe entrar. Fecho o álbum rapidamente e disfarço pegando o celular.



Lorena: Você não vai sair hoje, querida?




Priscila: Não, não estou com vontade, vou aproveitar para ler um caso que estamos analisando na promotoria.




Lorena: Você não está saindo com ninguém, Priscila? Achei que você estivesse saindo com aquele promotor bonitão!



Priscila: Quem? — pergunto sem interesse.





Lorena: O Doutor Fernandez! — Ela sorri maliciosa.





Priscila: Oh, mãe, o cara é barrigudo, careca e tem mau hálito! — Reviro meus olhos.




Lorena: Eu sei, mas é bom ter bons "amigos", querida! — Ela acaricia meus cabelos. — Não precisa transar com ele, apenas o seduza, assim quando você menos esperar, ela estará apaixonado por você! — A olho atônita.




Priscila: Ele é casado, mãe! — Me levanto de sobressalto.




Lorena: Seu pai também era, e daí? Ele se separou... — ela diz com naturalidade.




Priscila: Talvez por esse motivo nenhum dos meus meio irmãos queiram contato comigo, não é mesmo? Sou filha da piranha da secretária que trepava com o chefe! — bufo com raiva. — Me poupe dos seus conselhos, mãe.




Lorena: É por isso que você perdeu o Arthur, Priscila, e para a secretária piranha! — Ela sorri debochada. — Enquanto você fizer pose de princesa e puritana, esse cara não vai te querer, porque a secretária é melhor que você e ela conseguiu conquistá-lo!




Priscila: Cala a boca, mãe!!! Saia do meu quarto!!! — As lágrimas escorrem pelo meu rosto.




Lorena: Priscila, eu quero abrir seus olhos, me escute, seduza o Arthur, o leve para a cama, arrume um jeito de tirar fotos da cena, e envie a essa mulher, foi assim que acabei com o casamento do seu pai. Ele ficou bravo comigo durante um tempo, mas depois esqueceu — ela diz sem nenhum pingo de arrependimento. — A tire do seu caminho primeiro, ele está apaixonado por ela. — A interrompo nervosa.




Priscila: Ele não está apaixonado por ela!




Lorena: Está, eu sou uma mulher vivida e sei o que estou falando. Ele não vai desistir dela, a faça desistir dele!




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