– Deixa ver se entendi! Então você é um tipo de sereia? Sereio? Deixa eu dar uma pesquisada... Qual o masculino de sereia? Tritão? morri e não sabia! – Dizia Jeovam ao olhar o seu celular na frente de Ban que no momento se vestia. Ambos estavam no quarto.
– Humanos costumam dar nome das coisas sem nem perguntar primeiro se aceitamos ou não. – Exclama Ban enquanto se direcionava ao espelho do quarto de Jeovan.
– Então... Você sabe o que é um espelho? – Pergunta Jeovan ao notar Ban ajeitando as madeixas molhadas enquanto sorria para o seu próprio reflexo.
– No oceano, a maioria dos barcos que afundam contém espelhos grandes que ficam intactos na água por anos. – Explica Ban sentando ao lado de Jeovan na cama que retorna a investigá-lo.
– ... Por que deixou o oceano Ban? – Pergunta Jeovan curioso.
– Queria explorar o mundo dos humanos, conhecer lugares novos, sentir o que minha mãe sentiu ao vir pra cá. O oceano é imenso, mais é perigoso. – Fala Ban pra Jeovan que abre um leve sorriso com sua falta de noção.
– Não se engane Ban, o mundo dos humanos é bem pior! Muito pior! – Avisa Jeovan.
Os dois ao mesmo tempo falam...
– Mas... Ambos tem o seu lado bom. – Os dois ao notarem seus mesmos pensamentos riem da situação envergonhados.
– Se você quer conhecer novos lugares, eu mero humano não posso te impedir, mas, devia ter cuidado com as pessoas na rua. Várias coisas também podem te fazer voltar a sua forma "normal"; A chuva, uma possível mangueira aberta do vizinho, entre outros ocorridos, devia ter um guia ao seu lado.
Ban fica vermelho. Deixa Jeovan dá mesma forma.
– E... Quanto tempo pretende ficar por aqui? – Pergunta Jeovan.
Ban estava feliz e curioso pelo apoio do humano gentil e um pouco estressado, logo não sabia o que pensar ou fazer depois de ter saído da água, o que faria a seguir.
– Eu... Não sei quanto tempo vou ficar! – Responde Ban.
– Talvez até meu pai notar que eu sumi. – Pensava o mesmo abaixando a cabeça.
– Hmm... Acho que não tem problema você ficar aqui em casa comigo... E com a minha mãe. Pode ficar hospedado no meu quarto ou no sofá, acho que pode ser divertido ter um amigo por perto! – Deduz Jeovan com um sorriso de lado se animando.
– Amigo? – Aquela simples palavra tinha mexido em algum lugar do corpo de Ban, ele só não sabia como identificar aquele sentimento.
*toc (X2)*
Alguém batia na porta da frente da casa. Uma voz feminina que acompanhava as batidas. A mãe de Jeovan tinha chegado no local.
– Filho? Ainda está em casa? Estou entrando com o Sr. Denver. – Avisa a mãe de Jeovan com a voz ressoada enquanto mexia na maçaneta da casa para entrar com o acompanhante. Jeovan em seu quarto logo pensa no que podia fazer para ajudar o novo amigo.
– Se ligue. A gente precisa de um plano pra fazer você ficar aqui, minha mãe trouxe um policial pra conversar com você, o nome dele é Denver, com certeza o policial vai perguntar da sua chegada na praia, seja o quê for, você não pode dizer que é um... Você sabe. Como eu te disse antes, as pessoas são perigosas se muitos souberem de você, você tá fudido! – Explica Jeovan ofegante olhando fundo nos olhos de Ban que inseria tudo em sua mente já confusa. Cada palavra era importante para não cometer erros.
Ban sai à frente do quarto com Jeovan logo atrás ambos estranhos chamando a atenção de Jéssica que logo estranhava os sorrisos estampados de seu filho e do garoto misterioso.
– Oxe... O que diabos Jeovan está aprontando? - Se perguntava a mãe logo dobrando os braços ao lado do policial.
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Acima Do Oceano [Concluído]
RomanceApós ser demitido do seu primeiro emprego, Jeovan um jovem baiano de 19 anos encontra enquanto andava pela praia um garoto perdido chamado Ban ao qual leva para sua casa. Após o convívio, ambos criam uma conexão especial que pode ser interrompida. P...