meus amigos

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Após o café da manhã, Jeovan e Ban saem de casa finalmente pelo meio-dia para dar uma volta no bairro. Jeovan como guia procurava lugares legais para mostrar ao garoto dos mares que ao passar do tempo em que andavam sem direção se impressionava com qualquer coisa ao seu redor como; Pessoas, lojas diferenciadas com cores chamativas, comidas a amostra na frente das vitrines dos restaurantes e lanchonetes que alí se tinham.

– Ban, acho que pra sua segurança nós precisamos de algumas regras. – Umas regras foram anotadas há uma caderneta que Jeovan tinha no bolso, ambos os dois sentam há um banco numa praça pública para anotar e revisar as regras.

As regras eram as seguintes:
• Ban não pode tomar coisas que contenham água para não voltar a sua forma original.

• Ban não pode tomar banho pelo mesmo motivo sem pedir primeiro ao seu cuidador para vigiar caso estejam acompanhados de outras pessoas.

• Não conversar com estranhos que não sejam conhecidos de Jeovan. OBS: Isso serve principalmente para pescadores.

• Ban não pode sair de casa sem Jeovan por perto por risco de chuva repentina o que leva ao primeiro tópico.

– Então eu não posso fazer nada sem você por perto? – Pergunta Ban olhando pra Jeovan que revira o olhar nervoso.

– Não é bem assim tá, não me interpreta mal, só acho que não pode sair por aí sem alguém pra te olhar. Eu confio em você, mais não confio na mãe natureza, qualquer hora pode chover e com isso você voltaria a ter aquela cauda, você sem as pernas caíria no chão chamando a atenção de todo mundo principalmente de pescadores que te botariam numa panela ou te venderiam pra ganhar uma bufunfa gorda. – A explicação de Jeovan era bem convincente fazendo Ban entender o seu lado sem questionar, até porque Ban não tinha tanta confiança para sair sem ter certos medos seus o segurando.

– JEOVAN!

Gritava alguém de longe chamando a atenção de Jeovan e principalmente de Ban que via alguém se aproximar em pulos de alegria em direção de seu amigo, uma garota de cabelos castanhos e encaracolados para ser mais específico.

– Eu não te vejo desde hoje cedo Elena. – Jeovan estava feliz ao ver sua melhor amiga.

– Sim, mal saiu do restaurante e tá fazendo falta... Quem é ele? – Elena finalmente nota a presença de Ban que fingia demência de sua existência olhando para o céu para evitar olhares estranhos.

– Oh... Me esqueci de apresentar. Elena esse é Ban. Ele tá passando um tempo na minha casa. Ban, essa é Elena Laurie ela e eu somos amigos desde o primeiro ano do ensino médio. – Apresenta Jeovan os dois.

Ambos se entreolham um pouco desconfortáveis. Acabam deixando o desconforto de lado ao verem Jeovan sorrir animado esperando os dois se comprimentarem

– Oi Ban! – Comprimenta Elena estendendo a mão.

– Oi Elena! – Comprimenta de volta Ban.

...

Ambos só voltam ao silêncio desconfortável que mais cedo ou maus tarde Jeovan teria que quebrar.

***

Os três acabam descendo uma ladeira do bairro que levava à sorveteria 'Sorvete De Guilhermo'. Eles entram no local se sentando na mesa mais próxima do balcão do local em cores aquarela. Um homem aparece em segundos para atendê-los.

– Hola amigos, ¿qué quieren para hoy? ¿Chocolate, brigadeiro, nido, nata, nata con copos, o ese tradicional açaí? – Perguntava o dono Guilhermo (O espanhol) animado pelos pedidos dos jovens conhecidos.

– Seu Guilhermo, Jeovan e eu queremos o de sempre, dois copos gigantes de açaí, especialidade da casa. – Responde Elena em nome dela e de Jeovan que nem se metia concordando com tudo que sua melhor amiga pedia.

– Lo de siempre, hmm... este tipo no sé, ¿cómo se llama? – Pergunta Guilhermo o nome de Ban.

– O que ele falou? – Pergunta Ban a Jeovan.

– Ele fala em outra língua diferente da nossa, eu não entendo, mais acho que ele perguntou o seu nome. – Traduz Jeovan.

– Ah, eu me chamo Ban. – Responde Ban ao seu Guilhermo que o entende.

– Ban, ¿qué quieres? – Pergunta Guilhermo deixando Ban indeciso, mesmo tendo entendido a pergunta não sabia os sabores de cor, na verdade não sabia nem o que era sorvete.

– Seu Guilhermo pode trazer o mesmo pedido pra ele também. – Pede Jeovan em nome de Ban sentindo o seu desconforto.

– Un minuto. – Guilhermo sai indo preparar os pedidos.

Jeovan em um ato de tentar acalmar Ban pega na mão dele dando tapinhas de leve. Ban não sabia o que ele tentava fazer, mais aquilo o acalmava, aquele sorriso gentil que começava a se acostumar o fazia borbulhar, só gostava da sensação, gostava que seu amigo mais próximo tentasse o acalmar.

– Então Jeovan... Como eu disse antes você faz muito falta lá no restaurante, o Ricardo tá fazendo o pessoal enlouquecer incluindo a mim. Eu queria muito que voltasse! – Desejava Elena cortando o clima entre os dois.

– Foi mal Elena mais pra lá eu não volto, não quero ser humilhado de novo, e o Ricardo tinha razão, eu não servia pra nada alí. – Dizia Jeovan expressando sua mágoa mais sem deixar o seu sorriso precioso sumir que fazia o coração de sua melhor amiga palpitar, sua tristeza tocava.

– Ya llegué queridos ahora disfruten lo mejor de lo mejor. – Pedia Guilhermo chegando com os três copos de açaí ao seus fregueses.

– Valeu Seu Guilhermo, o senhor é o Melhor! – Elogia Jeovan provando uma colherada de seu açaí. Guilhermo sorri agradecido saindo a bancada dos fregueses novos que chegavam na sorveteria.

– Hmm... Delicioso! – Expressa Elena a sua satisfação provando a primeira colherada do seu açaí.

– Verdade, parece bem consistente. – Percebe Jeovan olhando o seu copo cheio até as bordas que caíam pingando na mesa pela quantidade, foi aí que tinha se lembrado de algo importante que poderia acontecer se Ban provasse aquilo.

– BAN!!! – Grita Jeovan pegando o copo da mão de Ban que já estava prestes a experimentar o açaí. Jeovan tira a colher da mão dele vendo os fregueses assustados com seu comportamento um tanto suspeito.

Acima Do Oceano [Concluído]Where stories live. Discover now