02 | Invulnerabilidade

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Me ajude, fiz isso de novo
Eu já estive aqui muitas vezes
Machuquei a mim mesmo de novo hoje
E, a pior parte é que não têm ninguém para culpar
Breathe me | Sia

Me ajude, fiz isso de novoEu já estive aqui muitas vezesMachuquei a mim mesmo de novo hojeE, a pior parte é que não têm ninguém para culparBreathe me | Sia

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— Posso saber o que rolou aqui? — Perguntou Sebastian.

— O que deu na sua cabeça para você puxar assunto com a Chloe, hein? — Questionei com o corpo fervendo de raiva.

— Fred ainda gosta dela. — Respondeu a minha pergunta olhando para Freddie.

— Eu não te pedi para fazer isso. — Passou a mão na cabeça. — Que caralho! — Ele praguejou.

A garçonete trouxe até a mesa o hambúrguer que Sebastian havia pedido.

— Mas eu fiz! Não podia deixar você desperdiçar uma das poucas chances que teve de falar com ela depois do que aconteceu.

— Ela não quer papo, porra! — Falou apoiando os cotovelos na mesa. — Que ela não me amava isso eu sei, porque ela deixou isso bem claro no dia em que preferiu me deixar caído no chão. — Arfou. — Mas eu nunca vou superar o fato de que ela está com aquele filho da puta.

— Relaxa! — Pedi.

— Sinal de que sexo bom não segura ninguém. — Falou, tentando esconder que aquilo ainda mexia com ele.

— Sinal de que o sexo não foi tão bom assim. — Disse Sebastian rachando o bico e me fazendo rir também.

A gente brincava com essa situação, mas sabemos que ele ficou mal pra caralho, foi difícil para todos nós porque ele já tinha deixado de lado o lance dos remédios pesados para dormir. A nossa relação sempre foi assim, a gente se zoava, se xingava, às vezes até se agredia, mas se alguém mexesse com um de nós, éramos capazes de irmos até o fim do mundo e deixá-lo em chamas, somente para nos protegermos.

— Vou matar vocês, seus desgraçados! — Ameaçou, ao esticar um braço para cada lado e apertar nossas nucas.

— Fala sério cara, ela nem era tudo isso. — Eu proferi. — Eu sempre te disse isso.

Ele nos soltou e concordou com má vontade.

— Porque chamou ela de ''madame''? — Sebastian perguntou fazendo aspas com os dedos.

— Você acredita que ela é garçonete nova lá no pub do Paul? — Avisei.

— Ela derrubou metade da cerveja do meu copo no Colin.

— Detalhe, ela nem se desculpou. Ainda me olhou com uma puta cara de sonsa. — Tomei um gole do suco e prossegui. — Ela é arrogante e sem educação.

— Ela é muito gata. — Freddie falou, dando uma mordida em seu hambúrguer, parecendo não dar a mínima para o que eu falei.

Ela era a garota mais bonita que eu já tinha visto, mas certamente ninguém precisava saber disso. Abaixo de suas sobrancelhas angulosas e curvas, haviam lindos olhos castanhos, puxados e elevados na parte exterior, trazendo um pouco de sensualidade ao seu rosto cheio, redondo e angelical, suas maçãs do rosto eram saltadas, seu nariz largo e arrebitado e seus lábios carnudos eram o toque final.

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