Após uma grande decepção, Laura decidiu recomeçar a vida e se mudar do Brasil, país onde nasceu, para estudar fotografia em Londres, e depois do que passou, ela prometeu a si mesma que não daria uma nova chance ao amor, e de todo modo tentaria deixa...
Bem, você quase conseguiu me enganar Me disse que eu não era nada sem você Ah, mas depois de tudo o que você fez Eu posso te agradecer pelo quão forte eu me tornei Porque você trouxe as chamas e me fez passar pelo inferno Eu tive que aprender a lutar por mim mesma Praying | Kesha
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CERCA DE UM MÊS ATRÁS | BRASIL
Samuel era fascinado em esculturas valiosas, e entre as várias que estavam à minha frente no leilão, eu estava de olho em uma específica, uma obra exclusiva, pequena mas muito valiosa, era um pássaro. Depois de passar boas horas esperando pelo momento em que ela seria leiloada, finalmente era a minha hora, aquela escultura tinha que ser minha, eu tinha que comprá-la para ele. Depois de muitas ofertas, consegui fazer a última. E só a levei comigo graças a minha mãe que me emprestou seu cartão, porque sabia que a felicidade de Samuel, era a minha também.
Era noite e o meu motorista particular dirigia em direção a entrada do prédio em que Samuel morava, quando um carro parou em frente a nós e Samuel saiu do banco de trás, eu dei um sorriso ao vê-lo e pedi para que o motorista parasse de dirigir, desci do carro e andei até ele, segurando a estátua em uma das mãos. Ao me ver ele me olhou com surpresa, me abraçando como se não quisesse me soltar nunca mais enquanto dizia que me amava, e em seguida me beijou com tanta intensidade que me fez perder o fôlego, e em momentos como aquele, eu me sentia a mulher mais amada do mundo, e era tão bom pensar que logo estaríamos casados e construindo uma vida juntos.
Pena que nada disso nunca aconteceu, porque isso era apenas o que eu gostaria que tivesse acontecido, mas se eu tivesse uma máquina do tempo e mudasse todas as minhas ações antes desse dia, acho que ainda não teríamos esse resultado, dói pensar que Samuel nunca me trataria minimamente bem, porque isso aqui combinava muito mais com ele:
O meu motorista particular dirigia em direção a entrada do prédio em que Samuel morava, eu me olhava no espelho retrovisor checando se a maquiagem estava legal e ajeitava meu vestido, descendo ele na coxa, até que um carro parou em frente a nós e Samuel saiu do banco de trás, eu dei um sorriso ao vê-lo e pedi para que o motorista parasse o carro um pouco antes, eu não queria que ele me visse ainda, gostaria de pegá-lo de surpresa porque ele pensou que só nos veríamos no dia seguinte.
Saí do carro, segurando o presente junto a cintura e então meu sorriso sumiu ao ver uma mulher colocar o pé para fora do carro em que Samuel havia chegado. Ele estava acompanhado, e eu reconheci imediatamente aquele sapato alto cor púrpura, eram os sapatos da Sofia, os sapatos que eu a dei. O presente em minha mão já não estava mais suspenso junto a cintura, agora estava prestes a cair da minha mão que tremia e suava, mas tentei segurá-lo com firmeza. Tive a confirmação de que era Sofia quando ela saiu por completo e fechou a porta do carro que antes atrapalhava a minha visão. Ela vestia um lindo vestido de seda vermelho, que destacava seu tom de pele marrom claro, seus cabelos escuros e cacheados se movimentavam de acordo com o vento e suas pernas estavam ainda mais alongadas por conta do sapato. Segundo todo mundo, ela era perfeita e eu não conseguiria discordar disso. Ela falou algo no ouvido dele, mas eu não poderia tirar conclusões antes de ver de fato alguma coisa, ela era a minha melhor amiga, então eu tinha que ver, porque eu não queria acreditar na ideia de que poderia estar sendo traída pelos dois, mesmo que no segundo em que vi o sapato eu já soubesse o que estava acontecendo, na verdade eu estava bem ciente. Ele segurou o rosto dela, enquanto trocavam olhares, meu coração parecia estar prestes a explodir a qualquer momento, até que ele a puxou para um beijo, que por sinal era caloroso, cheio de vontade e desejo, diferente dos que eu recebia.
