21 | Guerra de corações

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Mesmo que eu tente
Não posso deixar de te querer
Eu sei que eu morreria sem você
Eu não posso deixar de
errar na escuridão
Porque estou sendo vencida nesta
guerra de corações
War of Hearts | Ruelle

Mesmo que eu tenteNão posso deixar de te quererEu sei que eu morreria sem vocêEu não posso deixar de errar na escuridãoPorque estou sendo vencida nesta guerra de coraçõesWar of Hearts | Ruelle

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— Muito bons, nossa! — Falei enquanto estava encostada na parede, assistindo pela lateral do ringue os outros boxeadores treinarem. Era tarde da noite, havia pouca gente na academia, Colin queria que eu observasse e aprendesse mais golpes, assim me defenderia caso qualquer pessoa tentasse algo contra mim.

O que aconteceu no pub mexeu com ele assim como mexeu comigo também; baseado no olhar daqueles caras foi por pouco que não aconteceu nada de grave com nenhum de nós. Colin nem imaginava mas depois de tudo o que provei aquela noite, eu fui para o meu apartamento e vomitei toda a comida.

Dois dias se passaram desde que limpamos e ajeitamos o Paul's Tavern. Ambar, Freddie e Sebastian também nos ajudaram. Colin arcou com as despesas e conseguimos deixar tudo o mais parecido com o que sempre foi, e depois de tudo o que passei com Colin, eu não poderia continuar me questionando se ele era perigoso para mim, ou se que aquela arma era suspeita. A verdade era que nada nele era suspeito, a não ser a forma como me olhava, e a forma como não tirou os olhos de mim quando o pub foi invadido, como se quisesse me proteger com sua própria vida, e se precisasse, eu não duvidaria de que ele faria, e por ele eu também faria, mas eu negaria isso a mim mesma até o fim. E de uma coisa eu tinha certeza quando dizem que confiança se constrói com o tempo, eu diria que não é o tempo que constrói a confiança, são as atitudes. E as atitudes que Colin teve comigo em tão pouco tempo eu nunca tive das pessoas que conhecia a anos ou até mesmo a vida inteira, então sim, eu confiava nele.

— Claro, o professor sou eu. — Colin rebateu o meu comentário.

— Estava falando da visão dos Deuses... — Me afastei da parede, e olhei para o abdômen deles. — E não dos golpes. — Completei, ele deu uma risada forçada em resposta.

— Por hoje é só! — Gritou, batendo palma para que seus alunos saíssem do ringue. — Estão liberados.

Com as duas mãos simulei que estava me abanando, demonstrando estar me sentindo quente enquanto ainda penetrava meu olhar em seus abdomens definidos e molhados de suor.

— Eles não são nem de longe mais bonitos que eu. — Ele disse enquanto eu me virava conforme eles andavam, eu agora estava de costas para o ringue, observando eles de costas para nós, descendo as escadas, nos deixando à sós.

— Olha, eu discordo. — Falei contendo o riso e mordendo o lábio.

Era óbvio que eu estava mentindo, mas o meu passatempo era tirá-lo do sério.

Ele fez um movimento brusco me pegando de surpresa, me agarrou pelas costas, segurando meus braços para trás, me impossibilitando de me mexer, fazendo eu soltar um gemido e me prensando junto a ele.

APRICITYWhere stories live. Discover now