25 | Cicatrizes

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Mas o sol está sempre a brilhar
As nuvens bloqueiam o céu
Oh aguente só mais um dia
Você sabe que encontrará um jeito
Você tem estrelas em seus olhos
Então vamos pintar o céu
Hold On | Extreme music

Mas o sol está sempre a brilharAs nuvens bloqueiam o céu Oh aguente só mais um diaVocê sabe que encontrará um jeitoVocê tem estrelas em seus olhosEntão vamos pintar o céuHold On | Extreme music

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Senti alguém cutucar bruscamente o meu braço, me fazendo acordar. Era Colin, claro que era. Afastei meu corpo do dele e olhei pela janela, tínhamos chegado. Chloe e Freddie estavam correndo pela areia, dava para ouvir suas risadas de dentro do carro, Ambar estava se espreguiçando ainda sentada ao nosso lado, enquanto Sebastian estava em pé esperando ela sair. Tirei o cinto, abri a porta e sai. Ambar e Colin saíram em seguida, cada um por um lado. Tirei o tênis e senti a areia em meus pés, enquanto a brisa soprava em meu cabelo. O sol havia atingido o horizonte, fazendo com que tudo ficasse envolto por um tom alaranjado. Essa era uma das vistas mais belas.

O céu laranja refletindo no mar, a praia deserta com a isolada casa de dois andares que íamos ficar; prestei atenção no barulho das ondas, era quase uma terapia para mim. Eu estava com as pessoas que amava, fazia muito tempo que não me sentia tão bem assim, na verdade não conseguia me lembrar se algum dia já me senti assim. Eu só esperava que esse fim de semana fosse incrível, como esse lugar era. Deixamos então as malas e as comidas que trouxemos de lado, queríamos curtir um pouco a praia.

— Quanto tempo eu dormi? — Perguntei para Colin.

— Acho que umas três horas.

— Tudo isso?

— Você deveria saber que dorme profundamente quando está comigo.

— Imbecil... — Eu disse, revirando os olhos.

Eu sabia que isso era verdade.

— Um mergulho? — Ambar nos perguntou.

— Vamos, vamos, vamos! — Chloe deu alguns pulinhos.

Eu nunca a vi tão feliz.

— O mar aqui é muito gelado, acho melhor não entrarem. — Freddie falou se aproximando de nós.

— Não é possível que viemos para praia e não vamos entrar no mar. — Chloe disse de um jeito meigo.

— Estou dizendo que a água está gelada pra caralho. — Freddie deduziu.

— Não está. — Ambar parecia convicta.

Enquanto eles conversavam, eu me perdia em pensamentos, memórias.

Todos estavam de pé, mas eu me sentei na areia ao respirar fundo e Colin sentou ao meu lado esquerdo. A brisa batendo contra nossos corpos.

— O que foi? — Perguntou, me olhando.

— Nada. É, que eu morava em frente a praia.

Eu perdi a conta de quantas vezes o barulho das ondas do mar foi a minha única e melhor companhia, quando eu lia meus livros de romances ou reclamava minhas dores e frustrações em meus pensamentos.

APRICITYWhere stories live. Discover now