Proximidade

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Diluc e Lumine já haviam atravessado as fronteiras de Mondstadt e logo estariam no lar do ruivo desde que ele conseguia se lembrar. Por sorte o casal não teve contratempos em sua longa viagem e naquele momento Lumine observava a macia grama verde esmeralda sob o sol brilhante das terras regidas pelo elemento anemo, a brisa fresca bagunçava os fios loiros da mulher enquanto ela contemplava a paisagem se formando ao longe: as árvores com as folhas verdes brilhantes, o sol brilhando no céu azul límpido, alguns metros a frente uma árvore com frutos do por do sol que pareciam especialmente deliciosos. Notando o olhar de Lumine, Diluc desce do cavalo e se vira pra ela estendendo a mão pra que a mesma também descesse do cavalo.

- Vem comigo - ele diz suavemente.

Ela aceita a mão dele e ao se aproximarem eles se sentam debaixo da árvore após Diluc estender a mão pegando um dos frutos mais maduros e tirando uma pequena adaga do cinto ele se põe a fatiar o fruto, estendendo uma fatia até os lábios dela.

- Prove - o ruivo diz - frutos do por do sol cultivados aqui em Mondstadt são especialmente doces.

Timidamente Lumine morde a fatia que Diluc estendia pra ela, os lábios tocando a pele dos dedos dele enquanto o sabor doce e fresco invadia sua boca a fazendo soltar um suspiro surpreso pelo gosto bom. O portador de fios escarlates sorri vendo a satisfação na expressão da loira, era um sorriso pequeno porém ele sentia algo quente brotando em seu peito e se espalhando rapidamente "será que eu... Será que eu já a amo?" Ele se pergunta ficando surpreso com a própria conclusão "talvez eu devesse só..."  Deixando o fruto e a adaga de lado ele volta seu olhar carmesim com intensidade pra ela.

- O que foi? - ela pergunta sorrindo um pouco incerta.

Diluc não diz uma palavra sequer, apenas se aproxima colocando uma de suas mãos grandes na bochecha da loira a beijando com uma paixão lenta e incandescente. O gosto doce do fruto ainda permeava os lábios de a língua de Lumine aumentando a satisfação do ruivo enquanto a língua de ambos se enroscavam, ele sentiu seus longos cabelos serem soltos por ela que acariciava os fios enquanto se deliciava com a língua acetinada de Diluc sobre a sua, a brisa fresca fez os fios escarlates e dourados se misturarem formando um belo padrão de fios de ouro e seda vermelha. Mal notaram quando acabaram deitados sobre a grama, o corpo do portador de fios escarlates levemente pressionado sobre o pequeno da loira, as mãos de Lumine pousadas no peito de Diluc se deliciando com a firmeza dos músculos que sabia estarem abaixo daquele tecido. Sem fôlego, os dois acabam se separando.

- Tão lindo - Lumine diz acariciando o rosto do ruivo, sentia como se estivesse bêbada tamanha a intensidade dos seus sentimentos.

- Não diga coisas assim - ele diz desviando o olhar, seu rosto e pescoço ganhando uma cor semelhante a de seus cabelos, ele não ligava muito pra própria aparência porém tinha consciência o suficiente pra saber que seu rosto era considerado agradável aos olhos.

- Por quê? Você já deve ter ouvido isso muitas vezes antes - ela constata com uma leve pontada de ciúmes em seu peito.

- Sim mas... É diferente quando você diz - Diluc fala tentando conter a vergonha, ele não era bom em lidar com sentimentos. Suas habilidades se resumem as lutas, negócios e investigações.

- Não pode ser diferente - Lumine insiste - ainda é verdade que você é lindo, então por que é difícil aceitar o meu elogio?

- Por que quando você me elogia - ele começa com os olhos flamejantes derretendo os ouro dos olhos dela - eu me importo.

A loira fica sem palavras diante da intensidade que o ruivo emanava, os sentimentos não ditos dele emanavam em ondas pro corpo dela causando arrepios agradáveis.

- Não vê Lumine? - ele questiona firme - não percebe o que faz comigo?

- Eu consigo sentir - ela engole em seco antes de continuar - consigo sentir a intensidade que vem de você, mas eu não sou boa nem experiente com essas coisas então preciso que me diga o que sente.

O rosto de Lumine também ganha cor enquanto o coração de Diluc acelera impossivelmente rápido em seu peito, a respiração dele se torna pesada e é preciso um esforço genuíno do ruivo pra que não tomasse os lábios dela ali mesmo. Ele tentava achar as palavras certas, sabia o que deveria dizer mas não conseguia naquele momento.

- Eu sinto tantas coisas - ele estremece enquanto fala - tantas coisas que não senti antes por ninguém.

- É assustador pra você tanto quanto é pra mim? - ela questiona - estar ligado assim a alguém em pouco menos de um mês?

- É - ele responde simples escondendo o rosto quente na curva do pescoço dela - mas eu gosto disso.

As palavras dele derretem Lumine por inteiro e a necessidade súbita de beijar o ruivo toma conta dela, como se adivinhasse os pensamentos da loira, Diluc beija os lábios dela novamente com um desejo abrasivo. Ambos desejavam que o mundo parasse naquele momento porém não era possível e infelizmente tiveram que se separar, recuperando o fôlego os dois seguem pelo caminho.

- Minha casa fica não muito longe da cidade - o portador de fios escarlates diz - se continuarmos em um bom ritmo podemos chegar antes do fim de tarde.

***


Tartaglia tentava controlar os nervos. A irritação o tomava dia após dia, cada dia um pouco mais forte "eu quero a minha futura rainha de volta"  ele pensa acariciando a mecha preciosa dos fios dourados da mulher enquanto pensava. A lembrança obsessiva do dia em que a levou até seus aposentos permeava a mente do ruivo, ele não entendia o por que de ela ter o acertado na cabeça "oh... Eu quase me esqueci que ela nunca foi tocada por ninguém, provavelmente ficou assustada com os próprios desejos" ele sorri imaginando a inocência pura que ela havia preservado até ali, sabia que ela era virgem e se orgulhava de que sua futura rainha seria tocada apenas por ele.

"Ela deve ter guardado esse presente apenas pra mim... Oh Lumine, eu vou te fazer tão feliz"  o príncipe pensa sorrindo, ele mal notava os dedos frios da obcessão e loucura se afundando em sua mente... Ou talvez notasse e não se importasse. Havia em seu colo uma caixa dourada e adornada com jóias onde repousava algumas coisas de Lumine que ele havia guardado ao longo dos anos: a mecha de cabelo, pequenas tiras do tecido do vestido que ele rasgou quando a levou pro seu quarto, uma fita de cabelo que caiu dos fios loiros dela e ele recolheu e por fim um lenço com um pouco do sangue dela. Tartaglia sorriu se lembrando do dia em que um de seus espiões trouxe isso até ele, Lumine havia cortado o dedo enquanto cozinhava e quando aquele lenço foi descartado seu espião trouxe até ele "até seu sangue é perfeito... Com certeza teremos herdeiros fortes e seremos uma família feliz" o ruivo pensa analisando o sangue já marrom pelo tempo.

Tudo o que importava para o príncipe era eliminar o homem que havia levado sua rainha pra longe dele.

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Oe oe oe babys tudo bem com vocês? Aaah os DiLumi cada vez mais boiolas e eu senti o Diluc segurando um eu te amo? Tartaglia cada vez mais obcessivo, o cara é realmente doente e psicótico socorro. Enfim se gostarem deixem a estrelinha e comentários beijos e até o próximo capítulo ❤️

Chamas Na NeveOnde as histórias ganham vida. Descobre agora