Vivendo o Pesadelo

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Lumine desejava estar morta. Sabia bem o que iria acontecer, estava presa e indefesa e provavelmente havia perdido o homem que amava enquanto o homem dos seus pesadelos estava bem ali seminu e tocando seu corpo se tivesse algum direito. O toque das mãos de Tartaglia enoja a loira e uma parte dela queria acerta-lo mas a outra tinha medo demais pra isso e mesmo que o machucasse, ela ainda estava presa com as mãos bem amarradas na cama.

- Eu queria muito poder te soltar minha rainha - o príncipe diz hipnotizado pelo corpo dela coberto apenas pela lingerie - mas você ficaria muito assustada pela sua inexperiência, mas se quer que eu te conte um segredo sobre mim...

Ele faz uma pausa pegando um punhal na mesa de cabeceira e o usando pra cortar as alças da calcinha dela, subindo até cortar as alças do sutiã também fazendo uma pausa pra sussurrar no ouvido dela.

- Eu também nunca fiz isso, estava esperando por você - ele solta uma risadinha - claro que eu pensei muito nisso e aprendi o bastante pra te satisfazer, mas nunca quis estar com nenhuma mulher que não fosse você minha rainha.

O príncipe se afasta deslizando as mãos e o olhar pelo corpo de Lumine que sentia as ondas de pânico crescendo "eu preciso sair daqui, isso não pode acontecer" ela pensa lutando pra não chorar, lágrimas não ajudariam ela naquela situação. Sentiu a língua de Tartaglia em seu corpo e seu nojo aumentou, não era como quando Diluc a tocava, não tinha nenhum prazer ali só medo e nojo. Quando ele se aproximou das coxas da loira pronto pra abrir as pernas dela a mesma notou que ele havia deixado o punhal próximo a sua mão direita e que ela conseguia alcançar, discretamente ela envolveu o cabo com os dedos e inclinou a cabeça ligeiramente pra esconder o que fazia porém naquele ritmo ele a estupraria antes que ela conseguisse se soltar "preciso ganhar tempo" ela pensa.

- V-você disse - ela começa vendo ele parar de lamber a parte interna de suas coxas prestando atenção nela - disse que fez coisas por mim, eu quero saber o que foram.

- Claro que quer saber - ele sorri parecendo feliz pelo subto interesse calma de Lumine nele - ah minha rainha, eu me livrei de cada pessoa que já tenha ousado ofender você... Quando seu pai e seu irmão tentaram impedir você de ser uma heroína eu me livrei deles e você livre pra fazer o que quisesse.

O sorriso dele e a forma que ele dizia aquelas palavras faziam parecer que matar a única família de Lumine não era nada demais pra ele, ela teve que se esforçar pra fingir não se abalar com aquilo.

- Eu também fiz com que cada nobre de Snezhnaya contratasse você como médica e quem se recusou... Bem não tiveram um final feliz - ele prossegue - eu até mesmo ajudei aquele orfanato e permiti que cuidasse de criminosos imundos só pra que minha rainha ficasse feliz, teria te dado jóias se você não fosse tão tímida e as aceitasse. Você vai aceitar as jóias agora não vai?

- Claro que vou - Lumine consegue dizer com a voz tão firme quanto conseguia.

- Minha doce rainha - ele diz com um olhar de devoção no rosto - tão perfeita, eu te amo tanto que isso as vezes me enlouquece.

Lumine mantinha o olhar o mais tranquilo possível, uma frieza glacial tomando conta de seu corpo a fazendo não expressar o nojo que estava sentindo enquanto cortava a corda que prendia seu pulso direito de forma desajeitada mas efetiva. Odiava estar nua na cama com Tartaglia, tinha medo, nojo, raiva... Mas pensou no que ele disse sobre seu pai e seu irmão, pensou no que ele havia feito a Dimitri e por fim pensou em Diluc. Não queria viver sem o portador de fios escarlates porém só morreria depois de vingar sua família e a dele, o príncipe era responsável pela desgraça de ambos e ela só se permitiria morrer depois de mata-lo, o ódio frio era o que acalmava seus nervos e clareava sua mente naquele momento.

- Pode me soltar vossa alteza? - ela pergunta docemente - quero toca-lo.

Tartaglia ficou surpreso, não esperava que ela se acalmasse tão cedo porém se ela agora enxergava que o amava tanto quanto ele amava ela tanto melhor. Faria o que ela quisesse enquanto ela o amasse.

- Claro minha rainha, como desejar.

Ela habilmente esconde o punhal abaixo do travesseiro enquanto ele solta seus pulsos, a dor do sangue correndo por seus pulsos e mãos depois de ser libertada do aperto das cordas a incomodou momentaneamente.

- Por que vossa majestade fez tudo isso por mim?

O questionamento dela fez o ruivo sorrir.

- Não é óbvio? Fiz por que te amo desde o momento em que eu a vi - ele então desce uma de suas mãos até a intimidade dela - você nunca foi tocada aqui não é? Você ainda é pura e imaculada, esse é o presente que guardou pra mim durante todo esse tempo não é?

Ele estava distraído deslizando os dedos ali calmamente, o olhar lascivo e desejoso passeando ali.

- Pura? - Lumine questiona com um sorriso tão frio quanto o punhal que havia pegado discretamente do pequeno esconderijo embaixo do travesseiro - não vossa alteza, eu já fui tocada aí... Pelo homem que tentou te assassinar... E eu gostei e implorei por mais.

Tartaglia levanta a cabeça surpreso pela mudança na voz dela porém era tarde demais: Lumine afundava a lâmina no pescoço dele, energia electro fluindo furiosamente. Toda a raiva, o medo, o trauma sendo canalizado ali com o único propósito de eliminar a existência do príncipe que a olhava com descrença e dor. Ela se preparava pra voltar a apunhala-lo mais uma vez e outra porém a porta é arrebentada e braços firmes a seguram.

***

Diluc cavalgou a toda velocidade até aquela mansão afastada, quando Jean confessou o que havia feito ele ficou furioso.

" - VOCÊ SABE O QUE FEZ? SABE O QUE ELE VAI FAZER COM ELA? - Diluc grita furioso.

- A sua segurança e a de Mondstadt vem primeiro, eu nem sequer a conheço - Jean se defende - fiz isso por nós e quem te garante que ela não é amante dele esse tempo todo e só queria uma aventura com você?

A raiva queimava Diluc por dentro e ele sentiu que mataria alguém a qualquer momento.

- Só vou perguntar uma vez - ele diz devagar - Onde. Ele. Levou. Ela?

Jean engole em seco, nunca havia visto o ruivo tão furioso antes.

- A mansão antiga da minha família nos limites de Mondstadt.

- Eu vou até lá - ele diz - e quando eu voltar quero que saia daqui e nunca mais volte. Eu não quero te ver nunca mais."

Ele não sabia se Jean iria fazer o que ele havia dito ou não, sua raiva era tão grande que mal notou quantos guardas do príncipe ele matou antes de entrar na mansão. Seu rosto e roupas estavam manchados de sangue e sua raiva cresceu quando ouviu um gemido de dor no segundo andar em um dos quartos "se aquele maldito ousou tocar nela... Se eu tiver chegado tarde demais..." Ele pensa, porém quando ele arromba a porta tudo o que vê é Lumine nua e coberta de sangue apunhalando o príncipe enquanto energia electro crepitação em volta dela.Ele apenas vai até ela a abraçando firmemente, aliviado demais pra se importar com qualquer coisa.

- Sou eu, sou eu - ele diz quando ela começou a se debater e tentar acerta-lo - eu estou aqui.

Ao som a da voz amada e conhecida, a loira finalmente desaba.

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Oe oe oe babys tudo bem com vocês? Único spoiler que eu vou dar: se eu fosse vocês eu não comemorava. Enfim mais um capítulo difícil de escrever entregue e eu real vou precisar de um descanso então não estranhem se atrasar a entrega do próximo. Enfim se gostarem deixem a estrelinha e comentários beijos e até o próximo capítulo ❤️

Chamas Na NeveOnde as histórias ganham vida. Descobre agora