Capítulo 13

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Ao lado de Rhysand, Alya trajava roupas simples de uma guerreira, sem armas que pudessem ser vistas ou sem quaisquer armas em seu corpo.

Os sons de uma multidão gritando reverberavam pela passagem assim que a humana apareceu, sua escolta nem mesmo tinha armas, eles não se incomodaram com armas empunhadas conforme a empurravam para a frente. Alya observou que a garota nem mesmo estava acorrentada. Ela arqueou as sobrancelhas em escárnio repleto de deboche frio, alguém ou algo poderia a pegar antes que pudesse se mover 10 metros, poderiam até mesmo a estripar segundos depois de tentar alguma burrice.

Um labirinto foi exposto de túneis e trincheiras que percorria o chão. A multidão, enfileirada ao longo das margens, bloqueava a visão da humana quando a mesma foi atirada de joelhos diante da plataforma de Amarantha.

Alya já sabia qual seria a prova da humana. Amarantha se certificou de contar no dia anterior.

Em volta da plataforma havia um grupo de seis machos feéricos destacados da multidão principal. Pelos rostos frios e lindos, pelo eco de poder que ainda emanava dos seis, podia perceber que eram os outros Grão-Senhores de Prythian. Surpreendentemente existia uma fêmea feérica ao lado de Rhysand, a única que estava entre eles.

Apesar de tudo, Amarantha gostava de manter Rhysand e Alya juntos, como um lembrete de que ambos eram suas cadelas.

Amarantha só precisou erguer a mão para a multidão vociferante se calar. O ambiente ficou tão silencioso que Alya podia ouvir o coração da humana batendo.

- Então, Feyre - disse a rainha feérica. Ela apoiava uma mão no joelho de Tamlin, aquele anel tão vulgar quanto o próprio gesto. - Sua primeira tarefa está aqui. Vejamos quão profunda é sua afeição humana.

Ela trincou os dentes e quase os exibiu para Amarantha. O rosto de Tamlin permaneceu inexpressivo, pelo menos era assim que Feyre via, mas, Alya podia ver o desespero congelante que o tomava cada dia.

- Tomei a liberdade de descobrir algumas coisas a seu respeito - cantarolou Amarantha. - É justo, você sabe. Acho que vai gostar desta tarefa - disse Amarantha. Ela gesticulou com a mão, e o Attor deu um passo adiante para separar a multidão, abrindo caminho até a borda de uma trincheira. - Vá em frente. Olhe.

Ela obedeceu. As trincheiras, provavelmente com 6 metros de profundidade, estavam escorregadias com lama; na verdade, pareciam ter sido escavadas na lama. As trincheiras formavam um labirinto por todo o chão da câmara, e o caminho fazia pouco sentido. Estava cheio de poços e buracos, os quais sem dúvida davam para túneis subterrâneos e... Mãos se chocaram contra suas costas, ela gritou quando teve a sensação nauseante de cair antes de ser subitamente erguida por garras duras como ossos para cima e para cima, até o ar. Risadas ecoaram pela câmara quando ela pendeu do aperto do Attor, a batida das asas poderosas ecoando pela arena. O Attor voou até a trincheira e a soltou de pé.

Mais risadas, mesmo quando ela permaneceu de pé. 

Amarantha abaixou o olhar para a humana, sorrindo aquele sorriso de serpente.

- Rhysand me disse que é caçadora, uma sobrevivente - disse Amarantha. - Cace isto. - O seu sorriso aumentou ainda mais. - Enquanto tenta fugir de Alya.

Os feéricos comemoraram, Rhysand precisou fingir que não foi surpreendido pela notícia. Ele não sabia, não sabia que Alya participaria disso, enquanto a assistia caminhar para o labirinto, implorava para que a mesma mantivesse a humana viva, por um bem maior.

Apostas começaram quando Alya caiu com elegância no labirinto, as botas afundando na lama, nenhum sinal de arma, mas ainda representava uma grande ameaçava para Feyre. Eles apostavam na vida dela, em quanto tempo duraria depois que Alya decidisse contar sua garganta.

Invencível | ʳʰʸˢᵃⁿᵈWhere stories live. Discover now