Capítulo 14

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Chicoteada e espancada por ter deixado Feyre vencer a prova.

Alya sabia das consequências quando deixou que a humana vivesse mais um dia. A illiryana era a arma que mataria a patética humana, pelo menos era isso o que Amarantha esperava. E depois que Feyre venceu, Alya teve seu castigo.

Ela não foi curada e as feridas estavam abertas demais para se curarem sozinha, não que adiantasse alguma coisa ter um alto poder de cura, Amarantha a chicotearia mil vezes mais se Alya se curasse. Então, ela passou dias trancada em um quarto distante ao de Rhysand, tremendo de febre, sofrendo com calafrios crescentes e dores perturbadoras. Bem, ela esperava que a humana estivesse pior, mas não o bastante para morrer.

Feyre ainda era um caminho para vingança, um caminho para liberdade.

Agora, depois de fugir novamente da presença de Rhysand, Alya andava mais a fundo nos calabouços. Teias de aranhas esfeitavam as paredes, galhos secos e retorcidos cresciam nas grades de ferro, ratos comiam o que restava dos prisioneiros e insetos acabavam com o resto.

A illiryana era como um feixe de luz acabando com a escuridão do lugar que não via iluminação há muito. Foi quando então, ela empurrou a porta de uma cela em específico.

- Bem, isso é deplorável. - Alya enfiou as mãos nos bolsos da calça.

A humana tinha as pálpebras tremulas enquanto tentava se manter acordada.

- Vá para o inferno - disparou, mas as palavras não passaram de um chiado.

Sua cabeça estava leve e pesada ao mesmo tempo, e certamente se tentasse levantar, cairia.

Alya chegou mais perto, com sua graciosidade felina, se agachando com felicidade diante da humana. Ela farejou, seu rosto se transformando em uma careta de nojo para o canto sujo de vômito.

Ela tenta levar os pés em uma posição mais inclinada, para se afastar ou chutar a cara da illiryana, pelo menos foi isso que Alya deduziu. Porém, Feyre falhou miseravelmente quando Alya empurrou um dedo em sua testa, ela inclina a cabeça ao falar:

— O que diria Tamlin — murmurou ela, devagar e cheia de frieza — se soubesse que sua amada está apodrecendo aqui, queimando de febre?

Alya deslizou o dedo para baixo, suas unhas arranhando levemente o rosto da humana, que tremia em baixo de sua força.

- Ele surtaria se soubesde que eu estou com você, querida.

Feyre manteve o braço oculto nas sombras. A última coisa de que precisava era que descobrissem o quanto ela estava fraca. Não que fosse fácil esconder isso de Alya.

- Saia - falou, e seus olhos arderam quando as palavras queimaram sua garganta.

A illiryana não demonstrou qualquer sentimento. Seja raiva, divertimento ou malícia.

- Venho para oferecer ajuda e você ousa me expulsar.

- Vá embora - repetiu. Seus olhos doíam tanto que era difícil mantê-los abertos.

- Me dê o seu braço - disse ela, baixo demais.

Feyre manteve o braço nas sombras, apenas porque era pesado demais para levantar.

Um grunhido saiu de Alya. Ela segurou o  cotovelo da humana e a forçou para sua própria luz. Feyre morde o lábio para evitar um grito; mordeu com tanta força que tirou sangue. Alya não se importava, até apertou mais forte.

Ela examinou o ferimento, e, depois, repulsa fria surgiu em seus lindos olhos.

- Você é repulsiva até nos machucados.

Invencível | ʳʰʸˢᵃⁿᵈWhere stories live. Discover now