14 - Sem afeto

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🚨ALERTA DE GATILHO🚨

(Este capítulo contém uma cena de violência doméstica e tentativa de abuso sexual)
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Elisa foi se deitar cedo, estava exausta, havia passado a tarde com Joana e Antônia já que Edna e Manuel tinhan ido até a cidade.

No jantar Manuel não esteve presente, Edna parecia preocupada com algo, ela já ia se retirado da mesa rapidamente e mal tocou na comida. Elisa aproveitou e se retirou mais cedo também. Já estava vestida com suas roupas de dormir e lia um livro tranquilamente quando se assustou ao ver sua porta sendo aberta. Ela saltou da cama e sentiu cada parte do seu corpo estremecer com a presença de Manuel. Suas roupas estavam desalinhadas e ele parecia muito bêbado.

Ele se aproximou sem encará-la enquanto retirava seu casaco.

Elisa se sentiu como uma presa próxima de seu predador.

- Re-tire... suas roupas, temos um... assunto pen-dente. - falou de forma automática como se tivesse ensaiado aquela fala, pelo tom usado e as palavras entrecortada, Elisa soube que ele havia bebido além da conta.

Manuel não conseguia olhá-la nos olhos, e ela também não sentia nenhum tipo de afeto por ele, na verdade se sentia intimidada. Nervosa, o livro caiu de suas mãos.

Ele havia retirado todas as peças da parte superior de suas roupas revelando seu peito coberto por pêlos, Elisa sentiu aquele desconforto familiar, como se aquilo fosse algo errado, mesmo Manuel se tratando do seu marido. Seu rosto queimou.

- Ande de pressa, quero... acabar com isso rápido! - ordenou se sentando na cama para retirar as botas.

Elisa engoliu uma lágrima de tensão enquanto um nó se formava em sua garganta. Naquele instante pensou em Fernando, sentia ânsia que ele surgisse pela porta e a salvasse, mas fazia semanas que ele havia partido, nada poderia a salvar.

Ainda paralizada no mesmo lugar o viu retirar as calças e ficar nu, aquilo a deixou mortificada, o pânico era desesperador e crescia a cada instante. Vendo que ela não se movia do lugar, Manuel ficou irritado, talvez movido pelo álcool, ficou mais nítido o quão bruto ele era. Elisa sentiu seu corpo ser puxado com violência, ele apertou sua pele com força e ela caiu sobre a cama. Seu então, marido, se lançou sobre ela ainda lhe apertando os braços, ela implorou:

- Você está me machucando... Por favor me deixe.

Ele pressionou seu corpo sobre o dela sem nenhuma delicadeza, Elisa ainda estava vestida, temia a todo custo que ele a despisse por completo, nunca tinha ficado nua diante de homem e mesmo se tratando de seu marido era algo absurdamente assustador, pôde notar a raiva queimar os olhos dele, era nítido que Manuel não a queria e que aquilo se tratava apenas de um ritual, algo do qual ele estava sendo obrigado a fazer.

- Inferno! Era para ser mais fácil! - praguejou irritado.

Ela ainda gemeu por debaixo dele assustada, enquanto ele lhe apertava entre os joelhos.

Com as mãos livre, ele levou ao alto da gola de sua camisola e rasgou o tecido. O pavor tomou Elisa ao ver seus seios expostos, as lágrimas desceram, sem conseguir pensar com clareza ela se defendeu, ergueu a mão, porém Manuel a segurou com força e ao notar que ela lutaria golpeou seu rosto com um soco.

- A culpa foi sua... Só precisava ficar quieta...

Elisa gemeu ao sentir a dor da mão bruta e pesada queimar sua pele. Sentiu uma gota de sangue brotar no canto de sua boca. Porém a dor maior foi de saber que não adiantaria lutar, ele era seu marido, tinha o direito sobre seu corpo, então deveria ficar quieta que logo aquilo acabaria. Ainda sentindo dor e pânico ela ficou imóvel, mas o gemido de dor e as lágrimas não eram possíveis de segurar.

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⏰ Last updated: Feb 28 ⏰

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