Capítulo 2

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capítulo 2.

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Ane.

ao saber de minha contratação, meus pais ficaram em êxtase

Meu pai fazia tratamento contra esquizofrenia, herdou do meu avô, Era bastante controlado mas achou por bem se manter afastado de mim e da minha mãe pelo menos de maneira direta, com o intuito de evitar crises.

se preocupava comigo, não queria que sua filha crescesse, presenciando seus momentos de insanidade.

o afastamento direto de nós duas não teve o resultado esperado por ele, pois tanto eu quanto minha mãe sempre nos dedicamos a ele inteiramente.

outro medo que tomava conta de meu pai, era outra possível gravidez da minha mãe.

todos os filhos mais novos da família damasceno herdavam a esquizofrenia.

senhor germano não confiava em métodos contraceptivos, por isso, apesar de ambos se amarem, um amor que ultrapassava as barreiras do considerado pelos mais românticos, optaram pelo término, das relações sexuais.

meu pai Estava há pelo menos cinco anos completamente estabilizado, trabalhando com a minha mãe e me ajudando como podia.

Talvez seja por essa razão que eu tenha pego tanto carinho pela psiquiatria, acabei me encantando por esta área da medicina além de ter pego uma certa prática.

Minha avó materna, Marina, conhecia bem o histórico familiar do meu pai, era amiga de infância do meu avô paterno.

Dedicou-se inteiramente a fornecer o melhor tratamento possível ao meu pai, que levava uma vida relativamente normal, se comparado com o meu avô.

Meu pai trabalhava, dirigia, teve um relacionamento duradouro com minha mãe.

Os remédios, a psicoterapia e todo o apoio familiar, tornava o fardo um pouco mais leve.

Aos meus oito anos, minha avó resolveu comprar um terreno para construir duas casas. Em uma delas, minha mãe morava comigo e a outra, minha avó dividia com o antigo genro

Meu pai não podia viver sozinho, Alguém precisava Estar atento às crises de toque que tinha, com o intuito de evitar alguma Alucinação forte ou até mesmo de lembrá-lo de tomar os remédios.

Dona Marina estava no auge de seus 62 anos, esbanjando saúde, exercendo sua profissão de professora.

a figura materna que meu pai tinha como exemplo era minha avó marina.

A esquizofrenia de meu pai se manifestou aos 17 anos.

Senhor Germano não aparentava ser um homem esquizofrênico, era bem cuidado por todos nós e recebia todo o apoio espiritual da parte de Deus também.

Nunca vi um homem com tanta fé em toda minha vida!.

Tudo que alguém na situação de meu pai precisa, é de Amor, carinho e compreensão. Mesmo não sendo algo fácil de lidar, fazíamos o que podíamos.

O único momento que consegui ter medo de meu pai e de sua doença, foi no período em que entrei em depressão, na verdade, o que desencadeou Isso Pois realmente quase terminou de forma trágica.

Desde que se separou do meu pai, minha mãe não se envolvia com ninguém até os meus 14 anos.

Ela conheceu o Igor no supermercado, parecia ser um homem muito simpático que durante muito tempo a tratou como uma princesa.

Com apenas um mês de amizade os dois Começaram a namorar, ele foi mudando o caráter dela aos poucos. Começou a colocar na cabeça da minha mãe que ela não tinha nenhuma obrigação com meu pai, minha avó, foi quem se responsabilizou por ele durante um certo período de tempo.

porto seguro.Where stories live. Discover now