capítulo 6

93 14 12
                                    

Capítulo 6.

()

Anne.

Não tive tempo de reagir, ao ver minha chefe adentrando a casa na companhia de Juliana.

Com os olhos cobertos por lágrimas, Sandra se agachou em frente à cadeira de rodas, pegando em uma das mãos do Amado.

-- Nando, sou eu!. -- Você lembra de mim?. -- consegue me ouvir e me entender?.

Em meu primeiro dia de expediente no hospital, pegamos um paciente catatônico por conta da depressão.

Aquilo não era novidade para Sandra, contudo, por tratar-se de Fernando, era possível entender seu desconforto e sua dor.

o olhar fixo de fernando se voltou a amada, e ainda que soubéssemos da impossibilidade de uma reação, todos o olhamos ansiosos.

-- mano, por favor faz um esforcinho e reage; sei que de alguma forma, aí dentro de você, você consegue nos ouvir então por favor nos mostre isso. Juliana disse, com os olhos marejados.

a expectativa era unânime, bem como a frustração.

Sandra encarou o pulso esquerdo de Fernando, analisando rigorosamente cada corte, cada tentativa de suicídio.

-- Nando, eu errei muito com você, não deveria ter ido embora. Sandra iniciou, a tentativa de não sucumbir as lágrimas era Evidente. --eu errei em te abandonar meu amor, me perdoa por favor!. --nós podemos conversar em um lugar mais reservado?. -- nós quatro?. -- você pode nos acompanhar, Anne; tem minha total confiança.

Era possível imaginar os pensamentos que se passavam na cabeça de Juliana, a possível constatação de que sua teoria poderia estar certa, provocava na irmã de meu paciente, um misto de dor e alegria.

Senhor Jonas optou por conversarem na biblioteca privativa do meu paciente.

por mais discretos que os empregados fossem era um assunto confidencial e no fundo, pressinto que seu medo fosse relacionado a geraldo.

fiquei atenta as reações de meu paciente, durante o triste relato de sandra.

ao explorar aquela caixa de lembranças, minha visão a respeito de minha superior mudou drasticamente.

passei a admirá-la ainda mais, fazendo com que meu coração se partisse ao ouvir aquele relato,.

por trás da psiquiatra dedicada aos pacientes, existia uma mulher que perdeu tudo na vida amorosa e familiar por um capricho de uma suposta psicopata.

Aquele relato provocou em mim um embrulho no estômago, tamanha foi a indignação.

Sr Jonas estava com os olhos vermelhos, A Fúria brilhava em seu rosto.

-- eu vou matar a Fernanda!. Juliana exclamou, surpreendendo a todos.

-- pode ter certeza que meu filho não sabe Sandra, ele nunca te abandonaria com um filho apenas para satisfazer a Fernanda. Senhor Jonas Saiu em defesa do filho, enquanto o mesmo permanecia imerso em seus pensamentos.

-- os outros filhos dele precisam saber disso, não vou me opor. -- mas antes de qualquer coisa, preciso acertar minhas contas com a Fernanda e talvez vocês queiram participar da conversa. Sandra sugeriu, buscando alguma reação nos olhos de Fernando que por sua vez não se abalou com a informação de que era pai novamente.

-- vou marcar uma conversa com ela, o Rafael e a Alessandra vão saber depois Com certeza. Juliana disse

-- Mas eu não quero esperar até os dois descobrirem para conhecer o meu neto, e acho que o Fernando também precisa ter contato com o Miguel. A Fúria do Senhor Jonas foi substituída por uma alegria enorme, acontecendo o mesmo com Juliana.

porto seguro.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora